sexta-feira, 30 de maio de 2014

Novas gerações em risco



Novas gerações em risco

Paiva Netto

Inspirados na vibração da pureza de alma provinda das crianças, refletimos seriamente sobre o futuro das novas gerações, ameaçadas, desde já, pela prática hedionda de crimes como a exploração sexual. Sem contar o crescimento da violência envolvendo-as, aí também campeiam as inomináveis pedofilia e efebofilia, até em ambientes nos quais devem imperar a segurança e o desenvolvimento socioafetivo: o lar e a escola. 
Esses problemas não mais se restringem a meninos e meninas que se encontram tristemente abandonados pela rua. Há crianças que vivem em moradias aos pedaços, nas favelas, embaixo dos viadutos, como vemos na mídia, ou mesmo outras que residem em belos apartamentos e casas que são, no entanto, tão indigentes, tão carentes quanto aquelas que não têm um travesseiro sobre onde reclinar a cabeça.
Urge que todos, cidadãos e órgãos constituídos, busquem alternativas que façam expandir o Dia da Criança para os 364 restantes do ano.
Não me canso de afirmar que a estabilidade do mundo começa no coração da criança. 


José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

terça-feira, 27 de maio de 2014

Grupo Bandeirantes divulga campanha solidária da Legião da Boa Vontade



 
Rio de Janeiro, RJ — A campanha Fiz um gol pela infância brasileira!, da Legião da Boa Vontade (LBV), que visa arrecadar recursos para as ações socioeducacionais desenvolvidas pela Instituição, vem conquistando cada vez mais apoio dos grandes veículos de comunicação.
Grupo Bandeirantes de Comunicação passou a divulgar a iniciativa nas rádios Band News, MPB FM e Bradesco FM. Além das emissoras de rádio, o grupo também destacará a campanha na TV Bandeirantes, durante os programas Os Donos da Bola, apresentado por José Carlos Araújo, o GarotinhoBrasil Urgente, comandado por Datena; e Jogo Aberto apresentado pela jornalista Larissa Erthal e os ex-jogadores Djalminha e Pedrinho.
Outro apoio que a iniciativa da Legião da Boa Vontade recebeu é do site Terceiro Tempo, do jornalista Milton Neves, que apresenta, no rádio e na TV do grupo Bandeirantes, programa com o mesmo nome.


 Foto: Priscilla Antunes
 Rodolfo Schneider, diretor de Jornalismo da Band no RJ, com crianças atendidas pela LBV. 

Realizada a cada quatro anos, a campanha conta com a adesão de astros que atuam no futebol brasileiro e no exterior.Todos cederam, integralmente, à LBV os direitos de imagem e o cachê a que fariam jus pela participação na iniciativa, com o objetivo de que estes sejam revertidos em favor da manutenção e do aprimoramento dos programas socioeducacionais desenvolvidos pela Instituição no país.
Campanhas humanitárias e de Entidades notoriamente voltadas para ajudar o próximo sempre terão apoio do Grupo Bandeirantes de Comunicação. A LBV tem feito um trabalho brilhante e merece nossa parceria”, ressaltou o jornalista Rodrigo Schneider, diretor de Jornalismo da Band no Rio e responsável pelo noticiário do canal aberto de TV.












Zico e Juninho Pernambucano vestem a camisa da LBV assinada por eles e outros astros da Seleção Brasileira

Juninho Pernambucano (à esquerda) e Zico com a camisa da LBV. 

Rio de Janeiro, RJ — Sempre simpáticos e muito solícitos, os ex-jogadores Zico, um dos maiores ídolos do futebol brasileiro, e Juninho Pernambucano, atualmente comentarista esportivo, apoiaram a Campanha Fiz um gol pela infância brasileira!, iniciativa solidária da Legião da Boa Vontade (LBV).

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Nessa segunda-feira, 26, no estúdio da Rádio Globo, os esportistas vestiram a camisa da campanha da LBV, autografada pelos astros da Seleção Brasileira, além de diversos esportistas de destaques no nosso País e no exterior. Na oportunidade, eles reforçaram o convite para que a população também colabore com a Legião da Boa Vontade.

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Vale destacar que a iniciativa solidária da Legião da Boa Vontade ganhou ainda a adesão das mídias cariocas e dos profissionais da imprensa esportiva, a exemplo dos radialistas Felipe Cardoso, que apresenta o programa Futebol de Verdade, e Hugo Lago, narrador esportivo, ambos da Rádio Globo, que divulgam na emissora a campanha da LBV.


segunda-feira, 26 de maio de 2014

A grande família Humanidade



A grande família Humanidade
Paiva Netto

Embora a realidade contemporânea ofereça-nos panorama de violência doméstica; de número cada vez maior de jovens envolvendo-se com drogas; da própria descoberta da sexualidade, pelas crianças, pulando etapas importantes na sua formação psicológica; na contramão desses tristes fatos, pesquisas também relatam que até mesmo “os mais modernos”, na hora em que a porca torce o rabo, vão procurar apoio na casa da mamãe ou da vovó...
Respeito a opinião dos que apontam como certa a falência da família. Todavia, questiono o raciocínio de afirmarem que o seu valor, no fortalecimento da sociedade, chegou ao fim. Ora, ela não existe sem a família. E nenhuma transformação na Terra tem sido pacífica.
No 9o Congresso da Mocidade Legionária da LBV, 1984, declarei que – num mundo constantemente ameaçado pela selvageria, convém lembrar que, pela queda das barreiras de espaço e tempo, quanto mais anunciam seu fim, a família cresce e passa a chamar-se Humanidade. Não estamos, no século da bomba de hidrogênio, a coberto de coisa alguma, mesmo que aconteça aos antípodas... Num período de profundas mutações, todos precisam de auxílio. O “bloco do eu sozinho” deixará de ter vez, apesar da globalização e das muitas análises contraditórias feitas sobre ela. Não são apenas os videntes de fim de ano que erram... Os analistas dos fatos sociais, políticos e econômicos também. A carência crescente de bom senso no mundo forçará o ser humano, por intensa necessidade, a recompor a família, família universal, a Humanidade, ainda que tendo algumas ovelhas transviadas.…

E a família? Sobrevive!
A família está acabando? Não. Está evoluindo, como é natural. E dentro de toda a confusão desta passagem de milênio, por mais incrível que pareça aos apressados, ela está, embora aos trancos e barrancos, à procura de Algo, que um dia descobrirá ser Deus — com um nome ou nome algum —, que é Amor, sem o qual o indivíduo não pode subsistir dignamente, porquanto, querendo ou não, faz parte Dele. Anotou Paulo Apóstolo, na Segunda Epístola aos Coríntios, 6:16: — “Vós sois o Templo do Deus vivo”.

Sem traulitada no crânio
E continuei: Nada sobrevive sem Amor. Um dia, chegaremos a essa feliz compreensão. A mudança dos costumes é um procedimento mais antigo do que muita gente pensa... Está causando espécie, porque a sua rapidez aumentou bastante e a mídia aí está em plena ação. Vejam bem como o processo é remoto: quando um primata qualquer resolveu não mais usar traulitada no crânio para seduzir a sua escolhida, certamente alguns daquele tempo temeram “tamanho absurdo”: “Isto é um perigo, onde é que está o respeito? Dessa maneira a família está fadada ao mais triste fim”.
E não foi nada disso... O que ocorria era efeito da evolução. Afinal, mulher não é caça. A família só acabaria caso não houvesse Amor Fraterno. E este não termina jamais, visto que está para o espírito como o oxigênio para o corpo.

A consideração de Fernanda
Gosto de citar o exemplo da grande atriz Fernanda Montenegro, quando, num programa de TV, perguntaram-lhe: “Você acha que o teatro está acabando?”. Com finura respondeu: “O teatro é como a família; desde pequena ouço falar que ela vai acabar, e ela continua aí”.
Certíssima, a querida Fernanda: a família evolui, porém não morrerá nunca. O Amor, se autêntico, sempre vence! Pode demorar, mas triunfa, mesmo porque temos várias existências que se vão complementando até a nossa integração total em Deus, que é – como com insistência repetimos – justamente Amor (Primeira Epístola de João, 4:8). Numa época de tanta azedia, é vital que mais se acredite nele. Em períodos de intensas reformas, geralmente se peca pelo exagero. Aí então é que o Amor se torna imprescindível. Quando há seca, suplicamos chuva.
Ora, a violência alcançou planos absurdos. Contudo, virá a época de equilíbrio. Todo excesso cansa, enfara e é lançado fora. Quanto mais se estende um elástico, mais ele volta sob o impacto da esticada que se lhe deu. E pode atingir a face de quem o puxou com ímpeto. É conclusão da Física. A Terceira Lei de Newton, plenamente em vigor.

José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

sábado, 24 de maio de 2014

Centro Educacional da LBV e outros pontos turísticos no Rio recebem iluminação especial para a Copa

Fachada do Centro Educacional José de Paiva Netto, da LBV no Rio de Janeiro, com a iluminação comemorativa da Copa. 

Copa se aproxima. E não são apenas as pessoas que já começam a montar o vestuário verde e amarelo. NoRio de Janeiro, uma das cidades-sede da competição mundial, vários pontos turísticos estão sendo iluminados com as cores do Brasil. A iniciativa ocorre por meio da parceria entre a Super Rádio Brasil e a Prefeitura do Rio de Janeiro, por intermédio da Rio Luz.
Centro Educacional José de Paiva Netto, da LBV no Rio de Janeiro, RJ, foi um dos locais escolhidos para receber a iluminação cenográfica. A novidade chamou a atenção de pais e alunos, além de pessoas que residem próximo à unidade. “A escola da Legião da Boa Vontade está ainda mais bonita!”, disse a sra. Yolanda Motta, moradora de Del Castilho.
Ponto de referência na zona norte da Cidade Maravilhosa, a unidade da Legião da Boa Vontade na capital fluminense atende centenas de crianças em situação de vulnerabilidade social, que recebem educação de qualidade em período integral. Com mais de 5 mil m² de área construída, pais e responsáveis têm um local seguro para deixar os filhos enquanto trabalham, além de uma escola de qualidade e educação de excelência para eles.
ILUMINAÇÃO PELA CIDADE
Além do Centro Educacional da LBV, outros pontos turísticos cariocas receberão as tonalidades da bandeira brasileira, entre eles, o Forte de Copacabana, no Posto Seis, a Igreja Nossa Senhora da Penha e as seis passarelas de pedestre doParque do Flamengo, que ficarão com essa iluminação até o fim do Mundial.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

O Libertador Divino



O Libertador Divino

Paiva Netto

A verdadeira alforria do ser humano e de seu Espírito imortal será aquela fortalecida pela cultura do respeito mútuo, cuja riqueza consiste na multiplicidade de ideias em favor da Paz entre todos. Igualmente virá pela Instrução e pela Educação, iluminadas pelo sentido da Espiritualidade, que é Amor e Justiça, Ciência e Amor, para todas as etnias. Libertar-se é ter, acima de tudo, discernimento espiritual, de preferência em consonância com esta instigante sugestão de Jesus, o Sublime Reformador: “Buscai primeiramente o Reino de Deus e Sua Justiça, e todas as coisas materiais vos serão acrescentadas” (Evangelho, segundo Mateus, 6:33). Porquanto, de uma maneira ou de outra, todos reconhecem Nele personalidade ímpar. 
A Sua passagem pelo planeta tem afastado da soberba o sentimento de multidões inumeráveis: “Quem quiser tornar-se grande entre vós, seja esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja esse servo de todos” (Evangelho, segundo Marcos, 10:43 e 44).
“Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra” (Evangelho, segundo João, 8:7).
Ora, quem não erra neste mundo?!...
Jesus projetou-se na História para ensinar-nos, com o Seu próprio exemplo, um roteiro ideal para a Paz: “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35).

Mensagem aos crentes e ateus
A mensagem desse Excelso Benfeitor sobrepaira além de religiões, ideologias, etnias. Fala às almas de crentes e ateus e nada tem a ver com os excessos de diferentes gerações que se martirizaram pelos séculos. Os seres humanos deveriam ecumenicamente estudá-la, esmiuçando o Seu pensamento ético, social, econômico, filosófico, político e religioso, singularizado no gesto de socorrer, na angústia e no desespero, as viúvas e os órfãos, os sedentos e os famintos, os nus, os enfermos e os presos, de corpo e de Alma (Evangelho, segundo Mateus, 25:34 a 40).
A nossa homenagem, pois, ao Libertador Divino, que primeiro nos alforria de nós mesmos, indicando-nos o caminho da Luz Celeste. A síntese do Seu Evangelho, a Solidariedade, emancipa as criaturas de todas as origens, visto que as transforma de dentro para fora: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor. Mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto aprendi com meu Pai vos tenho dado a conhecer” (Evangelho, segundo João, 15:15).

A essência da Fraternidade
Que a noção de Sua elevada sapiência possa levar-nos a melhor compreendê-Lo, para melhor senti-Lo no Seu ingente esforço pelo congraçamento dos povos, de modo que venha a acontecer, na essência da Fraternidade, “um só Rebanho para um só Pastor” (Evangelho, segundo João, 10:16), que é Deus, ou, para os que Nele não acreditam, a aspiração mais exalçada de que tanto carecemos para que haja a continuidade da vida no planeta que nos acolhe. É a harmonia de gente amadurecida, formada por negros, brancos, amarelos, mestiços, enfim, seres humanos e espirituais, porquanto só existe uma raça, a Raça Universal dos Filhos de Deus. Afinal, desde a monera, quem não é miscigenado neste mundo?
Eis a mais inadiável caridade que Ele nos oferece nesta época de tanto egoísmo: para libertarmo-nos, precisamos libertar; para salvarmo-nos, necessitamos salvar. É a Lei da Reciprocidade (de que também falava Confúcio — 551-479 a.C.). “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Evangelho, segundo Mateus, 7:12).

José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

domingo, 11 de maio de 2014

Hipácia, mãe de filósofos



Hipácia, mãe de filósofos

Paiva Netto

Nada mais potente que o coração materno. Em homenagem ao Dia das Mães, presto modesto tributo a elas por meio de uma pioneira mulher na matemática, na astronomia e ícone da filosofia na Antiguidade. Na História Eclesiástica, escrita no século 5o pelo historiador Sócrates, o Escolástico (não confundi-lo com outro Sócrates, príncipe dos filósofos), encontramos este importante registro: “Havia em Alexandria uma mulher chamada Hipácia (aprox. 355-415), filha do matemático, astrônomo e diretor do Museu de Alexandria, Teón (335-395), que fez tantas realizações em literatura e ciência, que ultrapassou todos os filósofos da época. Tendo progredido na escola de Platão e Plotino, ela explicava os princípios da filosofia a quem ouvisse, e muitos vinham de longe receber os ensinamentos”.
Segundo pesquisadores, Hipácia era uma mulher de beleza singular. O ano do seu nascimento é controverso. O mais aceito é 355, e há os que citam 370. Apesar de pagã, tinha entre os alunos vários cristãos, demonstrando, desse modo, espírito ecumênico. Por sinal, é por intermédio de um deles, Sinésio de Cirene (370-413), futuro bispo de Ptolemaida, que possuímos hoje registros mais fidedignos a respeito da única mulher a dirigir o Museu de Alexandria. Em um dos seus escritos refere-se a ela como “minha mãe, minha irmã, mestre e benfeitora minha”.
Numa época em que a intelectualidade feminina não era reconhecida, as teses de Hipácia influenciaram muitos poderosos. Suas palestras não ficavam apenas no âmbito filosófico, pois era procurada também a fim de opinar sobre assuntos políticos e da comunidade.
Em ambiente de forte intolerância religiosa, Hipácia começou a incomodar. No ano de 415, acusada de praticar magia negra, foi arrastada pela turba ensandecida até a igreja de Cesarión. A brutalidade usada para tirar-lhe a vida provocaria espanto aos mais terríveis carrascos de todos os tempos. Considerada mártir da ciência, muitos apontam o fato como marco inicial da Idade das Trevas.
Ascética e celibatária, Hipácia não deixou herdeiros, mas, como reiterei em 1987, há muitas formas sublimes de ser Mãe, inclusive dar à luz grandes realizações em prol da Humanidade. Foi o caso de Hipácia. Sua dedicação às questões metafísicas gerou filhos a perpetuar nas mentes a constante necessidade de buscar respostas às indagações que sempre nos afligiram: De onde viemos, por que vivemos e para onde voltaremos um dia, após a “morte”?
   
José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com