sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Um amigo que retorna

Um Amigo que retorna
Paiva Netto


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Comentarei hoje com Vocês sobre a volta de um Grande Amigo da Humanidade. É assunto que muita emoção traz às nossas Almas. Independentemente da linha de pensamento que qualquer um de nós adote, é unânime em nossos corações o anseio de ter por perto alguém que nos direcione por bons caminhos, nos exemplifique elevados caracteres de convivência espiritual, humana e social.
Observo no retorno de Jesus, o Cristo Ecumênico, isto é, Universal, o Divino Estadista, ao planeta Terra uma bem-aventurança para todas as comunidades.
Em minhas palestras pelo rádio, pela televisão, pela internet e pela imprensa, tenho sempre procurado analisar esse Sublime Acontecimento. Em uma delas, no meu livro “Apocalipse sem medo”, ainda antes de ingressarmos no atual milênio, assim considerei:

TEMPO DE DEUS
Jesus ressuscitou ao terceiro dia. Vejam bem: ressuscitou! (Evangelho, consoante Lucas, 24:1 a 12):
“1 No primeiro dia da semana, as mulheres que tinham acompanhado Jesus desde a Galileia foram ao túmulo, de madrugada, levando os aromas que haviam preparado.
“2 E acharam a pedra removida do sepulcro;
“3 todavia, ao entrar, não acharam o corpo de Jesus.
“4 Estando perplexas com o acontecimento, surgiram-lhes à frente dois Anjos com vestes resplandecentes.
“5 Tomadas pelo temor, baixaram os olhos para o chão. Eles então lhes falaram: Por que procurais entre os mortos Aquele que vive?
“6 Ele não está aqui. Ressuscitou! Lembrai-vos do que vos prometeu, quando ainda se encontrava na Galileia.
“7 Ele vos advertiu que o Filho de Deus seria entregue nas mãos de pecadores e, crucificado, ressuscitaria ao terceiro dia.
“8 Então se recordaram das Suas palavras.
“9 Voltando do túmulo, anunciaram todos estes fatos aos onze e àqueles que ali estavam.
“10 Eram Maria Madalena, Joana, Maria, mãe de Tiago. Também as demais que vieram com elas confirmaram tais maravilhas aos Apóstolos.
“11 Esses relatos lhes pareciam como um delírio, e não deram fé ao testemunho delas.
“12 Pedro, contudo, levantou-se e correu ao sepulcro. Lá chegando, nada mais viu além dos lençóis de linho. Retirou-se então para casa, maravilhado com o que ocorrera”.

A DIVINA REFERÊNCIA
Jesus, ao terceiro dia, voltará. Mas no Tempo Dele, não conforme a contagem humana, que é cheia de equívocos. Que o diga Dionísio Exíguo (470-544). Errou nos cálculos que foram usados por Gregório XIII (1502-1585), na sua reforma do calendário, em 1582. O Cristo não se pode valer de uma cronologia que já nasceu errada e que, ainda mais, não é utilizada por muitas das nações.
Digamos, para argumentar, que o Tempo, para análise dos assuntos proféticos, deveria ser contado desde que a Terra surgiu no Universo. A partir dessa marcação, encontraríamos a data correta para a época do Retorno de Jesus, posto que assim estaríamos de acordo com o Planejamento Divino, segundo o qual este planeta foi estruturado.
Acima de tudo, não podemos nos esquecer de que o Cristo retorna todos os dias nos corações de Boa Vontade, mesmo nos daqueles que não O louvam declaradamente, porque Ele é uma Sagrada Referência ao Bem, para o qual não devem existir fronteiras intransponíveis. É um fenômeno espiritual que se dá conosco, para o qual precisamos exercitar olhos de ver e ouvidos de ouvir, como aconselha o Celeste Professor nas mensagens às Sete Igrejas da Ásia, que hoje estão no mundo inteiro envolvendo a Política, a Ciência, a Filosofia, a Economia, a Religião, a Arte, o Esporte e assim por diante.
“— Quem tem ouvidos de ouvir ouça o que o Espírito diz às igrejas do Senhor. Ao vencedor, darei a comer dos frutos da Árvore da Vida Eterna que se encontra no paraíso de meu Deus” (Carta de Jesus à Igreja em Éfeso, Apocalipse, 2:7).

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.brwww.boavontade.com

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Spinoza, Lao-tsé e natureza da matéria

Spinoza, Lao-tsé e natureza da matéria

Paiva Netto

Na página “Ciência e Fé na trilha do equilíbrio”, explanei sobre Baruch Spinoza (1632-1677), autor de amplos sistemas metafísicos que influenciaram e influenciam grandes pensadores. “Ignoro por que a matéria deva ser indigna da natureza divina, já que fora de Deus não pode existir nenhuma substância dotada de natureza divina... Por isso, de forma alguma se pode asseverar que... a substância extensa... é indigna da natureza divina, desde que eterna e infinita”, destacou o famoso filósofo.
Em minha coluna, datada de 29 de abril de 1993, escrevi que, durante muito tempo, a matéria foi considerada obstáculo ao Espírito. Contudo, agora deixará de ser, à medida que percebermos e respeitarmos sua função superior. (...)
O malefício não se encontra na matéria, ou no que dela restou depois da reforma da Ciência Física instituída por Einstein (1879-1955), mas no uso que dela fizermos.
O mal, que ainda dificulta aos cérebros excessivamente céticos vislumbrar os mais extensos horizontes na esfera do Espírito, é querer apenas aceitar os fatos do ponto de vista físico absoluto. Não querem admitir, nem mesmo como argumento, que o “Tudo”, na verdade, está submetido à ação de Sublimes Poderes, que nos colocam em postura distinta da que têm como probabilidade legítima, visto que a perspectiva restrita à matéria, no entanto, não passa de enorme delírio, ao contrário do que alguns pensam da visão espiritual da Ciência. O que se compreende como inexistente é o real. (...) A respeito do assunto, comenta o físico Juliano Carvalho Bento, que me honra com a sua leitura e audição: “A Ciência hoje prova que podemos observar no ‘nada’ físico, ou seja, no vácuo absoluto (que por si só já não é possível detectar na Natureza por somente existir em condições ideais), a existência de um resíduo de energia que, pela física clássica ou newtoniana, não pode ocorrer. Isso só foi possível verificar com o advento da Mecânica Quântica, pois, se esse vácuo total existisse, estaria contrariando o Princípio da Incerteza de Heisenberg (um dos pilares da física dos quanta), que evidencia que sempre deve existir uma energia mínima no cosmos. Uma comprovação desse fato se deu com o chamado efeito Casimir, no qual se detectou que duas placas metálicas paralelas neutras no vácuo se atraem pelo fato de surgir uma força proveniente desta energia do vazio. O suposto nada esconde muita coisa. Como assegura Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, em Seu Evangelho, segundo Mateus, 10:26: ‘(...) nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido’”.

ATUAÇÃO DO INVISÍVEL NO VISÍVEL
No “Tao Te Ching”, também chamado de “O Livro do Caminho e da sua Virtude”, o filósofo chinês Lao-tsé (570-490 a.C.) ensinou:
“Trinta raios convergentes no centro,/ Tem uma roda,/ Mas somente os vácuos entre os raios/ É que facultam seu movimento./ O oleiro faz um vaso, manipulando a argila,/ Mas é o oco do vaso que lhe dá utilidade./ Paredes são massas com portas e janelas,/ Mas somente o vácuo entre as massas/ Lhes dá utilidade –/ Assim são as coisas físicas,/ Que parecem ser o principal,/ Mas o seu valor está no metafísico”.
O tema é realmente instigante e nos leva a exalçadas reflexões sobre a existência humana e o papel que desempenhamos na contextura do Universo.

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.