sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Dia dos Pais e segurança

Paiva Netto


No segundo domingo do mês de agosto, comemoramos no Brasil o Dia dos Pais, cuja prioridade deve ser a de preparar devidamente seus filhos para o porvir, pavimentando para eles uma era melhor. Por isso, convido-os a refletirmos juntos sobre alguns relevantes pontos.
A crescente violência urbana, a irresponsabilidade no trânsito, que segue multiplicando vítimas, as relações fragilizadas entre determinados países, a fome em muitas partes do planeta, enfim, esses e outros fatores indicam que se deve repensar atitudes e providências na construção cotidiana da paz global.
Na nova edição do meu livro Cidadania do Espírito, ainda nos originais, comento que, em certos casos, o fim da guerra fria em pouco ou nada arrefeceu rancores e ódios humanos, sociais, políticos, econômicos, religiosos. O 32o presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt (1882-1945), em 5 de setembro de 1939, após a lamentável irrupção da Segunda Guerra Mundial — que ocorreu em 1o de setembro, com a invasão da Polônia pelas tropas alemãs de Adolf Hitler (1889-1945) —, dirigiu-se ao povo norte-americano em discurso transmitido pelo rádio, destacando: “Quando a paz é quebrada em qualquer lugar, a paz de todos os países de todos os lugares é ameaçada”.
Conforme escrevi em Reflexões e Pensamentos — Dialética da Boa Vontade (1987) e também na Folha de S.Paulo, em 11 de dezembro de 1988, o combate à violência no mundo começa na luta contra a indiferença à sorte do vizinho. Não sou pessimista, acredito no futuro. Mas ainda há insegurança e crueldade por toda a parte.

Maiores predadores
Fala-se em Paz. Contudo, mensagem de expressivo sentido encontra-se na Primeira Epístola do Apóstolo Paulo aos Tessalonicenses, 5:3: “Quando andarem dizendo: ‘Paz, segurança!’, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vem a dor do parto àquela que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão”.
Não estejamos nós contribuindo para a concretização desse quadro, incluído o fato de que pela nossa ação diária somos os maiores predadores do nosso lar coletivo, a Terra, e nisso se concentra o pior perigo. Temos de interromper o emporcalhamento (Isaías, 24:1, 5 e 6) do que nos cerca e, por consequência, parar de destruir vidas. Uma sugestão aos que não têm medo de pensar: leiam, por favor, os fraternos alertamentos do Evangelho e do Apocalipse do Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, sobre a transição dos tempos, até mesmo “a Grande Tribulação, como nunca houve, desde a fundação do mundo, nem jamais se repetirá”, de acordo com a Sua advertência no Evangelho, segundo Mateus, 24:3 a 28; Marcos, 13:3 a 23; e Lucas, 21:7 a 24.

Amor e repreensão
As anomalias climáticas são justamente grave anúncio sobre a realidade das admoestações do Professor Celeste no Novo Testamento da Bíblia Santa. (...) Ora, quem adverte ama. Razão por que Jesus, na Carta à Igreja em Laodiceia, declara: “Aqueles a quem amo, repreendo e castigo” (Apocalipse, 3:19).
Diante disso, o Livro das Profecias Finais pode ser entendido como carinhosa e preocupada admoestação, por conseguinte, um recado do Amor de Deus às Suas criaturas. Perseveremos nos sublimes ensinamentos do Pai Celestial, os quais nos fortalecem para enfrentar com bravura tempos de grande provação, fundamentando nossas esperanças no Divino Criador, que nunca nos abandona. Lembremos sempre a assertiva do saudoso fundador da Legião da Boa Vontade, Alziro Zarur (1914-1979): “Não há segurança fora de Deus”.

Coração generoso
O teólogo e professor Leonardo Boff ao lançar, em São Paulo, o seu livro Francisco de Assis e Francisco de Roma: uma nova primavera na Igreja?, ressaltou que “ser Francisco de Assis corresponde à Tradição de Jesus Cristo e à exigência evangélica. É a opção pela simplicidade e confraternização entre todos os povos, a natureza e o planeta Terra”.
O distinto professor Boff mandou-me, com a generosidade de sempre, um exemplar com esta dedicatória: “Para Paiva Netto, que sua mensagem de paz seja reforçada pelo Papa Francisco”.
Comovido e grato.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 


Hiroshima

 

Paiva Netto


Em 6 de agosto de 2016, precisamente às 8h15, completam-se 71 anos do lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima, depois foi a vez de Nagasaki, também no Japão. Data que jamais será varrida das consciências sob risco de que — esquecidos desse abominável atentado à vida humana — o repitamos num grau de intensidade ainda maior, devastando não apenas uma cidade, mas o próprio planeta.

Um pouco de história
Agosto de 1945. Na Europa, Hitler (1889-1945) se encontrava derrotado e morto. Berlim, destruída e ocupada pelos russos. Em 25 de julho, dias antes do impacto de “Little Boy” — apelido do petardo de cinco toneladas que matou cerca de 100 mil pessoas em solo japonês —, o presidente norte-americano, Harry Truman (1884-1972), decide usar contra o naquele tempo inimigo asiático o que ele mesmo designou em seu diário como “a coisa mais terrível já descoberta”.
Paul Tibbets (1915-2007) foi o piloto da marinha escolhido para comandar o B-29 que decolou da ilha de Tinian. O avião, batizado com o nome de sua mãe, Enola Gay, levantou voo às 2h45min. Ao seu lado, na missão que entraria para a história e mudaria a geopolítica do século 20, estava o copiloto Robert Lewis, autor da famosa exclamação: “Meu Deus, o que fizemos!”.
Décadas se foram. Todavia, o relato de muitos sobreviventes a respeito do sofrimento atroz por que passaram, é, sem dúvida, uma das mais importantes bandeiras na luta pelo desarmamento e pela não proliferação de armas nucleares.

“O perigo é real” 
Contudo, acontecimentos diversos continuam sugerindo que a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial não é ilusória. A Humanidade corteja a morte. Basta lembrar os maus-tratos que promove contra sua própria moradia. A paz quase que não tem passado de figura de retórica. Em grande parte da trajetória humana, o período em que ela prevaleceu é ínfimo. Se é que já houve verdadeira paz neste mundo... Somente na Alma de alguns bem-aventurados é que tem conseguido habitar. Por isso, com certeza, advertiu o papa João Paulo II (1920-2005), numa memorável alocução, na década de 1980, que “o perigo é real”.
A concórdia entre religiosos é a primeira a ser conquistada. A paz de consciência dos seres terrenos, gerada por uma nova postura ecumênica, porquanto altamente fraterna, prenuncia a paz social, a paz entre as instituições e a desejada paz mundial, sob a proteção do Pai Celeste, o maior diplomata da história deste orbe, não obstante nosso recorrente mau uso do livre-arbítrio. Para os que riem dessa realidade, uma pequena recordação do cético Voltaire (1694-1778): “Se Deus não existisse, precisaria ser inventado”.

John Kennedy e a Paz
Muitas nações não estão diretamente envolvidas nos conflitos armados que nos flagelam, porém todas sofrem a opressão do medo ou da miséria, pela violência dos armamentos novos ou pelo desvio global de verba para a indústria da morte. Tudo isso em prejuízo da justa economia que gera instrução, educação, espiritualização, segurança, alimentação e saúde dos povos. Portanto, a guerra nos ofende a todos nestes tempos de comunicação rápida e de temporais de informações, que ameaçam, com seus raios e trovoadas, dar curto-circuito nos cérebros. Daí a inclusão que faço, neste bate-papo com vocês, do pensamento de John Kennedy (1917-1963): “Só as armas não bastam para guardar a paz. Ela deve ser protegida pelos homens (...). A mera ausência de guerra não é paz”.
A Terra só descobrirá a Paz quando viver o Amor espiritual e souber reconhecer a Verdade Divina. No entanto, a Divina Verdade de um Deus que é Amor. Não a de um ser brutal e vingativo, inventado pelos desatinos humanos.
De fato, o perigo continua real. E nós, como tontos, no meio dele, nessa “briga de foice no escuro”. Quousque tandem, Catilina?” 
É essencial salientar as propostas e ações de autêntico entendimento. Conflitante rota para os povos será a do remédio amargo.
Por isso mesmo, não percamos a esperança. Perseveremos trabalhando “por um Brasil melhor e por uma Humanidade mais feliz”. Eis a direção da vitória. E não se trata de argumento simplório. A vida ensina, mas quantos de nós aprendemos a tempo?
As soluções dos graves problemas de nossa sociedade passam pela devida valorização do Capital de Deus, ou seja, o Espírito Eterno do ser humano. Do contrário, acabaremos por enfrentar um conflito mundial maior que as duas grandes guerras do século 20 que, numa análise histórica, podem ser classificadas como uma só dividida em duas partes. Que Deus nos livre da terceira! 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 
  

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Sentido da Solidariedade

Paiva Netto


A Solidariedade anima o ser humano. Alguns pensam que seja uma coisa abstrata. Não é. Você de repente está muito bem de vida, daqui a pouco não está mais. Um vizinho lhe arranja alimento para seus filhos. Veja a Solidariedade ativa nesse ato! Você vive distante, de súbito, sente no coração o desejo de se formar, digamos, em medicina, não tem o apoio de ninguém. Põe o pé no caminho, chega ao destino procurado e encontra pessoa amiga que o incentiva. E, depois de muita luta, alcança a vocação ambicionada. Apesar de haver quem diga: “Não, eu me fiz sozinho!”. Duvido! Esses deveriam olhar para si próprios e ver se estão nus, porque as roupas que vestem passaram por muitas mãos. O tecido, antes, foi um vegetal qualquer perdido no campo; o botão compôs o corpo de um pobre animal. Seu cabelo precisa ser cortado. Deve-se tudo isso ao barbeiro, à costureira, ao alfaiate, ao operário, ao empresário... Devemos sempre algo a alguém. Observem o quanto a Solidariedade permeia a vida humana.
Mas ainda existem aqueles para quem esse fator não seja ação de política social.
Por isso é que, se pararmos um pouco e meditarmos, voltados para a História, poderemos concluir a razão pela qual, talvez, ideologias brilhantes, na hora do “ver para crer”, apresentam resultado aquém do previsto, deixando os seus mais nobres idealistas frustrados. Por quê? Porque faltou Solidariedade no coração de alguns dos seus executores. Isso para não falar em Caridade, poderoso sentimento que soberanamente envolve todos os demais. (...) Há os que até agora a consideram delírio de “desvairados” religiosos ou místicos “impostores”. Binet-Sanglé (1868-1941), autor de A loucura de Jesus, de certa forma pensava assim. Hoje, na Vida Espiritual — onde fatalmente caem as escamas que ensombrecem o entendimento dos Assuntos Divinos enquanto permanecemos na carne — pode estar revendo seus conceitos.
Sem Solidariedade e sem espírito de Caridade, estratégias de Deus, ninguém irá para a frente. O tempo mostrará aos mais céticos (...). Um dia serão quesitos fundamentais da Política (com P maiúsculo).

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

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sábado, 20 de agosto de 2016

Cuidado, estamos respirando a morte!

Viver no presente momento é administrar o perigo.


Paiva Netto

Atualmente, em vastas regiões da Terra, o simples ato de respirar corresponde à abreviação da vida. Sofrimentos de origem pulmonar e alérgica crescem em progressão geométrica. Hospitais e consultórios de especialistas vivem lotados com as vítimas das mais diferentes impurezas.
Abeirar-se do escapamento de um veículo é suicídio, tal a adulteração de combustível vigente por aí. Isso sem citar os motores desregulados...
Cidades assassinadas
Quando você se aproxima, por estrada, via aérea ou marítima, de grandes centros populacionais do mundo, logo avista paisagem sitiada por oceano de gases nocivos. 
Crianças e idosos moram lá... Merecem respeito. 
No entanto, de maneira implacável, sua saúde vai sendo minada. A começar pela psíquica, porquanto as mentes humanas vêm padecendo toda espécie de pressões. Por isso, pouco adiantará cercar-se de muros cada vez mais altos, se de antemão a ameaça estiver dentro de casa, atingindo o corpo e a psicologia do ser.
Em cidades praieiras, a despeito do mar, o envenenamento atmosférico avança, sem referência à contaminação das águas e das areias... O que surpreende é constituírem, muitas delas, metrópoles altamente politizadas, e só de algum tempo para cá seus habitantes na verdade despertarem para tão terrível risco.
Despoluir qualquer área urbana ou rural deveria fazer parte do programa corajoso do político que realmente a amasse. Não se pode esperar que isso apenas ocorra quando se torna assunto lucrativo. Ora, nada mais proveitoso do que cuidar do cidadão, o Capital de Deus. 
As questões são múltiplas, mas esta é gravíssima: estamos respirando a morte. Encontramo-nos diante de um tipo de progresso que, ao mesmo tempo, espalha ruína. A nossa própria.
Comprova-se a precisão urgente de ampliar em largo espectro a consciência ecológica do povo, antes que a queda de sua qualidade de vida seja irreversível. Este tem sido o desafio enfrentado por vários idealistas pragmáticos.
Entretanto, por vezes, a ganância revela-se maior que a razão. O descuido no preparo de certas comunidades, para que não esterilizem o solo, mostra-se superior ao instinto de sobrevivência. (...)

A poluição que chega antes
A infinidade de poluições que vêm prejudicando a vida de cada um deriva da falência moral que, de uma forma ou de outra, inferniza a todos.
Viver no presente momento é administrar o perigo. Mas ainda há tempo de acolhermos a asserção de Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944): "É preciso construir estradas entre os homens".
Realmente, porque cada vez menos nos estamos encontrando nos caminhos da existência como irmãos. Longe da Fraternidade, não desfrutaremos a Paz.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 


quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Receita de um jovem para os jovens

 

Paiva Netto


Em 1961, escrevi um documento* à Mocidade Brasileira, quando, àquela altura, já desempenhava o papel de secretário particular do saudoso proclamador da Religião do Terceiro Milênio, Alziro Zarur (1914-1979). Na ocasião, com apenas 20 anos, convidei-a a cerrar fileiras no grande Ideal da Boa Vontade, “por um Brasil melhor e por uma Humanidade mais feliz”. A pedido de meus editores, trago a seguir a referida mensagem, que me sugeriram chamar “Receita de um jovem para os jovens”: 
Jovem esclarecido do Brasil: Tu que lutas pelo bem-estar do povo brasileiro, por que te enganas? Só o Novo Mandamento de Jesus trará o equilíbrio social à nossa Pátria!
Moços de Boa Vontade: O Brasil já foi colônia; depois, vice-reino; a seguir, reino unido ao de Portugal e Algarves; veio o Império; a República; uma escadinha ascensional construída por aqueles que viam nestas mudanças a solução dos problemas que esmagam o povo. A maioria morreu desiludida. Por quê? Ora! Nenhum se lembrou de que só o Amor de Jesus realiza as modificações para o progresso.
Estudante do Brasil: Desperta para o Mestre! 
Não te convidamos para seguires um Jesus estático, incompreensível, ausente! Não! O Jesus do Novo Mandamento – “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” – é o Jesus reforma para o melhor, Jesus antimiséria, Jesus cumprimento das Leis de proteção aos humildes. 
Ele te espera com as ferramentas do progresso na Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo!
Jovem de Boa Vontade que procuras o equilíbrio social, raciocina comigo: no cenário mundial, cada povo, cada continente tem sua função no mundo, como o sabem os Iniciados Espirituais:
A Ásia: a função metafísica;
A Europa: a função racional;
A Rússia: a função revolucionária;
Os Estados Unidos: a função econômica;
O nosso Brasil: a função cósmico-pacificadora.
E como transmitir essa Paz? Não será através da paz armada, e, sim, com o cumprimento do Mandamento Novo de Jesus, revelado pela Religião do Amor Universal.
_________________
* Publicado na Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro, em 15 de outubro de 1961 – domingo.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Centro Educacional da LBV do RJ inaugura Laboratório de Ciências

No local, os alunos vão desenvolver, na prática, conteúdos e teorias aprendidos em sala de aula.

Simone Barreto

Rio de Janeiro, RJ — Sempre pensando em oferecer novos espaços para aprimorar cada vez mais o ensino de qualidade, o Centro Educacional José de Paiva Netto inaugurou no dia 22 um Laboratório de Ciências para os alunos do Ensino Fundamental II.

No local, eles vão desenvolver, na prática, conteúdos e teorias aprendidos em sala de aula. Uma vivência saudável estimulando experiências científicas, como: medição de ph, reagentes, elementos químicos, entre outras, com materiais básicos (microscópios, pipetas, tubos de ensaio, béquer, balões, termômetros, lupas etc). O laboratório também está aceitando doações desses tipos de materiais.

Já no primeiro dia, os alunos do 9º e 8º anos realizaram algumas experiências, sob a condução do professor de Ciências Felipe Barbosa: “Fiquei muito feliz com o empenho da escola, o apoio que venho recebendo, que todos os professores têm, esse investimento que a Instituição está fazendo para que tenhamos recursos para ensinar aos nossos alunos, para que eles sejam profissionais diferenciados, seres humanos diferenciados. Como o próprio idealizador da Escola [José de Paiva Netto] fala: ‘Aqui se estuda. Formam-se Cérebro e Coração’. É importante despertar a curiosidade deles e trazer o conhecimento pedagógico para a vida real, não só o conhecimento dos livros ou algo que vai usar nas provas, mas algo importante para o dia a dia, de um familiar deles, algo que possa mudar o mundo”, concluiu o educador.

 


Foto: Priscilla Antunes
No olhar dos alunos, a curiosidade e a satisfação eram visíveis com mais esse espaço educativo 
No olhar dos alunos, a curiosidade e a satisfação eram visíveis com mais esse espaço educativo. Cíntia Monteiro, que fez experimento com o medidor de PH, disse: “É legal vir aqui, fazer o que você aprende em sala de aula do que ficar só imaginando. Sempre prezei a prática. Adorei, é bom um lugar assim, é seguro e a gente pode fazer várias coisas no laboratório”.
Sobre o cuidado com o local e incentivar os futuros educandos que também vão aprender ali, Arlan destacou: “É importante para nossas vidas para aprendermos como tudo funciona ao nosso redor. Nós já estamos no último ano e temos que aproveitar bastante, dar exemplo para os outros que estão chegando”. É isso mesmo!
No Rio de Janeiro, o Centro Educacional José de Paiva Netto, da Legião da Boa Vontade está localizado na Av. Dom Hélder Câmara, 3059 – Del Castilho.  Para outras informações, ligue: (21) 3297-7100.



terça-feira, 9 de agosto de 2016

Reflexão sobre o Dia dos Pais

 

Paiva Netto


Neste domingo comemoraremos o Dia dos Pais. Em 12 de agosto de 2000, no Rio de Janeiro/RJ, preparei uma mensagem que enderecei a eles, deste e do Mundo Invisível, pois os mortos não morrem. Selecionei alguns trechos para apresentá-los a vocês, caros leitores.
Ao observar o crescimento orgânico e estruturado da Legião da Boa Vontade, e tudo o que dela brotou, continua despontando e ainda surgirá do trabalho de Fé Realizante e Boa Vontade, nossa Alma se comove porque vemos progredir a semente lançada por Alziro Zarur (1914-1979), da qual estamos com extremo cuidado tratando, para que se desenvolva com a brandura e honre a grandeza das questões divinas.
Diante disso, percebemos a magnitude do Criador, o Pai de todos nós, e a comprovação de Sua onisciência, onipresença, onipotência, onidirigência e majestade.
Para o leal trabalhador da seara do Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, na Terra e no Plano Espiritual, são oferecidos raros momentos de repouso. Novas tarefas são anunciadas pela Espiritualidade Maior para os dedicados discípulos do Provedor Celeste, resultantes de decisões supremas relativas a sentenças decorrentes das ações humanas e espirituais, somadas e multiplicadas no transcorrer dos milênios. Não é sem motivo esta advertência do Excelso Taumaturgo, no Seu Evangelho, segundo Mateus, 16:27: “A cada um de acordo com as suas próprias obras”. Nada mais, nada menos.
Sinos poderosos, cujos toques nos chegam de regiões onde os horizontes não conhecem limites, persistem em proclamar os Tempos anunciados desde o Antigo Testamento da Bíblia Sagrada e nos respeitáveis textos de todas as crenças, destinados aos filhos do Altíssimo, criados para a fortuna inesgotável que de Deus provém.
Nossa missão — e a de muitos idealistas pelo mundo — é colaborar no direcionamento de tanta gente para as glórias do Sublime Reino que baixam a este orbe, profetizadas pelo Anjo ao soar da Sétima Trombeta: “O reino do mundo se tornou de nosso Deus e do Seu Cristo, e Ele reinará pelos séculos dos séculos. Amém” (Apocalipse, 11:15). Aqueles sinos plangem, convocando o fim de um tempo em que o egoísmo foi soberano e atraindo as matinas de uma era nova, em que o Espírito se sobreporá às convocações da excessiva materialidade. (...)
Louvado seja Deus!

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

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sábado, 6 de agosto de 2016

Compartilhar o pão (Final)

Paiva Netto


Vivemos um clima de renovação tecnológica jamais vista, mas também de ganância exacerbada. Todavia, os seres de Boa Vontade aguardam confiantes, como primícias do Senhor, tempos melhores. Daí ser muito saudável o reacender da esperança a cada ano que começa.
Diante da imensidão do Universo de Deus, os ideais de vaidade e de domínio humanos não possuem futuro.
Ao serem atravessadas as águas do “rio da morte”, desfazem-se as quimeras de uma Ciência quando sem entranhas, os terrores de crenças quando carregadas de preconceitos e intolerâncias, além de todo espírito de concorrência desalmada e o conceito bélico, que separam as pátrias. Isso até que o Sol da Caridade, que é Jesus, espante as trevas da ignorância insolente e, abrindo-lhes a visão espiritual, faça os seres humanos inferirem que apenas o exercício das divinas leis da Fraternidade Ecumênica e da Solidariedade Social trarão Paz à Terra. Nesta época, o ensino sublime do Evangelho-Apocalipse terá, finalmente, acalmado os corações, que encontrarão no Regaço de Deus o descanso para os seus Espíritos infrenes. Nessa época, esperada por tantos missionários do Bem, a Humanidade terá entendido que de nada adianta ilustrar a mente se o coração for esquecido e que é delírio completo desejar o progresso da sociedade se os princípios da confiança e do respeito forem avis rara nas relações interpessoais.

Sede de simplicidade
Ernesto Renan (1823-1892), filósofo, historiador e livre-pensador francês, citado por Humberto de Campos (1886-1934) em carta a Gastão Penalva (1887-1944), seu colega da Academia Brasileira de Letras, preconizava que “o cérebro queimado pelo raciocínio tem sede de simplicidade, como o deserto tem de água pura”.
Assim ocorre com a Verdade Divina, da qual o Espírito humano não pode abrir mão. Tanto que, quando ele estiver exausto de inutilmente lutar contra a própria libertação, ela, a Verdade Divina, virá iluminá-lo com a sua luz, delicada e serenamente. Jesus viveu entre nós 33 anos. Contudo, consoante o prosador grego Luciano de Samósata (125-192) anotou, “a vida humana vale mais por sua intensidade de aprendizado do que por sua extensão”. Desde que ela cesse unicamente na hora marcada por Deus, pois “o suicídio não resolve as angústias de ninguém”, ensinava Alziro Zarur (1914-1979).

Cidadão Celeste
Ora, minhas Irmãs e meus Amigos, minhas Amigas e meus Irmãos, façamos, então, o Bem, porque o tempo continuará passando.
Estamos corpo, mas somos Espírito. Isso nos leva a concluir que Protágoras (480-410 a.C.), filósofo grego da escola sofista,­­­­ não alcançou a amplitude universal da criatura quando afirmou que “o homem é a medida de todas as coisas”.
Com o pensamento elevado ao nosso Divino Mestre, caminhemos mais adiante e digamos que o Espírito Eterno, que habita o corpo humano, ele sim, é a medida de todas as coisas, porquanto é Cidadão Celeste.
Mulheres, Homens, Jovens, Crianças e Espíritos, Almas Benditas, de Boa Vontade, o nosso esforço é levar ao povo as fórmulas divinas do Amor e da Verdade, da Humildade e da Esperança, da Justiça e da Paz, que emanam dos ensinamentos do Educador Sublime: Jesus. É o Pão Espiritual que fazemos questão de dividir com todos. Quando tivermos conscientemente aceitado isso, não na superfície, mas no imo de nossa Alma, estaremos prontos para proclamar a Política de Deus ao Espírito Imortal do ser humano.
O segredo é confiar em Jesus! O Grande Amigo que não abandona amigo no meio do caminho. Eis o início de tudo. Conforme dizia o velho Goethe (1749-1832), “no princípio, a ação”. O valor se prova com o trabalho.
Então, as lamentações de Jeremias sobre Jerusalém encontrarão seu término, e “haverá um só Rebanho para um só Pastor” (Evangelho, segundo João, 10:16), que é o Cristo.
Que a Paz e a decisão de Deus estejam, agora e sempre, em todos os corações, porque grandes vitórias se aproximam, se fizermos por merecê-las. E tornemos o ano novo uma essencial Ressurreição.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 


terça-feira, 2 de agosto de 2016

Compartilhar o pão (I)

 

Paiva Netto


A Legião da Boa Vontade, que surgiu no plano das formas sob a batuta do jornalista, radialista e poeta Alziro Zarur (1914-1979), sempre se fundamentou nas ações do Amigo Celeste de amparo às camadas material e espiritualmente mais sofridas da sociedade, tendo como lema “Salve o Natal Permanente de Jesus, por um Brasil melhor e por uma Humanidade mais feliz”.
Na madrugada de 4 de fevereiro de 2000, com o pensamento inspirado em tantas mensagens que vários pensadores produziram pelos milênios, refletindo uma vez mais sobre o alto significado altruístico dessa data espiritual não menos mística, transpus para o papel algumas palavras motivadas pela grandeza eloquente dessa Obra, que nos confraterniza.

Manjedoura e Ressurreição
No mundo, existe ainda muita violência, mas não podemos deixar morrer a vibração de esperança que mantém os corações unidos.
Além da mesa farta e da alegre presença dos familiares, compartilhemos o pão da Boa Nova do Divino Mestre, a alimentar os corações com Paz e Fraternidade, veredas seguras pelas quais ansiamos por caminhar.
Na manjedoura, acendeu-se uma luz, que cresceu no Calvário para clarear a consciência terrestre. Essa Divina Luminosidade glorificou o destino humano na Ressurreição e encheu de esperança o mundo quando Jesus subiu aos Céus e os Anjos anunciaram aos galileus, comovidos e atônitos, que, da mesma forma, o Cristo retornaria à Terra (Atos dos Apóstolos, 1:8 a 14).
“8 (...) recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra.
“9 Tendo dito estas palavras, foi Jesus alçado à vista deles, e uma nuvem O recebeu e O ocultou da visão de todos.
“10 E, estando a multidão com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois Anjos vestidos de branco se puseram ao lado deles
“11 e lhes perguntaram: Galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós ao Alto foi elevado, assim virá do mesmo modo como O vistes subir.
“12 Então, voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado.
“13 E, entrando, subiram ao cenáculo onde se reuniam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Alfeu; Simão, o Zelote; e Judas, filho de Tiago.
“14 Todos estes perseveravam unânimes em oração e súplicas, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos Dele”.

Humanidade distraída
Os séculos transcorreram, com alegrias e tristezas, derrotas e vitórias e os constantes chamamentos do Mundo Superior a uma vida melhor para todos os povos. Porém, os ambientes de tirania e de ambição continuaram surdos aos apelos de Deus. Por isso, ainda hoje, não ouvem os prantos do Cristo sobre a Humanidade desatenta: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram mandados! Quantas vezes quis Eu juntar os teus filhos, como a galinha protege os seus pintinhos debaixo das asas, e tu não o quiseste!” (Evangelho, segundo Mateus, 23:37).
Jerusalém simboliza atualmente toda a Humanidade distraída. Entretanto, a Claridade do Cristo continuou descendo como bálsamo para o Espírito de todos, mesmo para os que têm desprezado a mensagem Dele, mas principalmente para aqueles que estão perseverando até ao fim, consoante a Sua promessa aos fiéis de Esmirna: “Sê fiel até à morte, e Eu te darei a Coroa da Vida” (Apocalipse, 2:10).
(Continua)

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

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