segunda-feira, 24 de outubro de 2016

A Paz de Deus em nós

 

Paiva Netto

Esse foi o tema escolhido pelo povo para celebrar os 24 anos do Templo da Boa Vontade (TBV), comemorado em 26 de outubro de 2013 e que teve movimento intenso, conforme destacou o Jornal de Brasília. Paz esta “que o mundo não vos pode dar” (Evangelho de Jesus, segundo João, 14:27) e que as exigências da vida moderna, aliadas à crescente onda de violência em todo o planeta, seja no âmbito particular seja no público, têm dificultado à criatura humana desfrutá-la em sua plenitude.
Por sinal, um dos fundamentais contributos do Templo da Paz é devolver ao cidadão o equilíbrio d’Alma, por meio do silêncio interior, fazendo com que desperte, em si mesmo, a essência do Pai Celestial que o sustenta, pois fomos, em Espírito, criados à Sua imagem e semelhança.
Somos, então, imortais, pois a Vida continua após o fenômeno chamado morte. Fato que fortalece a nossa crença de que os mortos não morrem.

Paz não é utopia
Com o TBV temos interiorizada a Paz de Deus, prometida por Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, nos corações. Com o Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV, estamos convidando os seres humanos e espirituais a exteriorizarem, de maneira mais incisiva, essa mesma Paz que o mundo, até os dias que correm, não ousou experimentar.
A proposta do TBV não é utopia. A Fé Realizante que ele inspira nos seus frequentadores proporciona serenidade, esperança, saúde material e espiritual. Aliás, de acordo com pesquisa divulgada nesse período pelo Datafolha, para 85% dos brasileiros, acreditar em Deus, num Ser transcendente, torna as pessoas melhores. (...)
Que a Paz de Deus — que se singulariza na satisfação do dever cumprido — possa estar e permanecer sobre todos, eternamente!

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 


sábado, 22 de outubro de 2016

Seres humanos de Paz

 

Paiva Netto

Pela relevância das contribuições que trouxeram aos povos, volto a falar-lhes sobre três expressivas figuras da Humanidade, celebradas no início de outubro: Mohandas Karamchand Gandhi (1869-1948), dia 2; Hippolyte Léon Denizard Rivail, mais conhecido como Allan Kardec (1804-1869), dia 3; e São Francisco de Assis (1181-1226), Il poverello, dia 4. Esse último, patrono da LBV. Cada um, no seu tempo e campo de trabalho, soube atuar com intensidade em prol da Paz. Gandhi, advogado indiano, liderou a libertação de seu povo, pregando a não violência; Kardec, pedagogo francês, codificou a ciência dos Espíritos ao raciocínio humano; São Francisco de Assis, jovem idealista italiano, compartilhou amor universal com todos os reinos da Natureza.
Eles representam muito do que o mundo tanto carece: perseverança diplomática no bem geral, espiritualidade superior nas ações diárias e caridade integral que respeita e ampara indistintamente. Aprendamos suas lições.

 

Hebe

Expresso aqui nossa homenagem à querida Hebe Camargo, alegria da televisão brasileira, que, em 29 de setembro, completou mais um aniversário na Pátria Espiritual. Guardo com carinho na memória as ocasiões em que nos recebeu. Uma delas foi na TV Bandeirantes, em 9 de julho de 1983. Com grande simpatia, disse-nos que seu programa era “de muita sintonia em torno do amor”. Estive lá convidando os telespectadores dela para o 8o Congresso Mundial da Mocidade Legionária e dos Soldadinhos de Deus, que se realizaria nos dias 15 e 16 de julho daquele ano, em Santo André/SP. No ensejo, tocada pela vibração de entusiasmo da plateia que nos acompanhava, comentou, com seu natural espírito incentivador: “A gente não pode perder a fé, tem que acreditar sempre no momento seguinte, na vida da gente. E acreditar muito no amor e na união entre as pessoas”.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 


domingo, 16 de outubro de 2016

Espírito, cérebro e comando

Paiva Netto

Retorno hoje a um assunto que merece atenção.
Aos poucos, a criatura humana vai aumentando a consciência de que a continuidade da vida após a “morte” não é um conceito que interessa apenas aos que professam alguma crença religiosa ou filosófica, mas é objeto de estudo sério para todos. A compreensão correta de que somos, acima de tudo, Espírito intensifica a força de vontade no enfrentamento de tudo o que não seja recomendável à nossa existência, coletiva ou individual.
Para ilustrar convenientemente esse poder de que dispomos, observem este ensinamento do dr. André Luiz, na obra Evolução em dois mundos, por intermédio dos conhecidos médiuns Chico Xavier (1910-2002) e Waldo Vieira (1932-2015): “O Espírito encontra no cérebro o gabinete de comando das energias que o servem, como aparelho de expressão dos seus sentimentos e pensamentos, com os quais, no regime de responsabilidade e de autoescolha, plasmará, no espaço e no tempo, o seu próprio caminho de ascensão para Deus”.

 

A mente do espírito

Na publicação Ciência e Fé na trilha do equilíbrio (2000), que escrevi para o I Fórum Mundial Espírito e Ciência, da LBV, exponho que a inteligência se situa além da estrutura física, como se houvesse um cérebro psíquico fora do somático. Por conseguinte, conclui-se que a essência espiritual não é uma projeção da mente humana e que o homem não é um corpo que tem um Espírito. Contudo, um Espírito Eterno que possui um corpo passageiro.
“Ah!, mas a Ciência ainda não comprovou nada”... Porém, como asseverou o astrofísico norte-americano ateu Carl Sagan (1934-1996): “A ausência da evidência não significa evidência da ausência”.
Em É Urgente Reeducar!, comentei que não nos podemos ancorar apenas em nossos limitadíssimos cinco sentidos físicos. Eles não são bastantes para nos fazer devidamente avançados, pois a Cultura tem origem verdadeira no Mundo Espiritual. Quando soubermos estabelecer a perfeita sintonia Terra/Céu para merecer a ligação permanente Céu/Terra, receberemos de lá conhecimento crescente. Antes de tudo, somos Espírito.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 


quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Pedagogia do Afeto e Pedagogia do Cidadão Ecumênico

 

Paiva Netto

Por ocasião do Dia do Professor, 15 de outubro, trago algumas reflexões que apresentei ao corpo docente dos centros de ensino da Legião da Boa Vontade e que também foram divulgadas, em parte, no Correio Braziliense, da capital do Brasil, em fevereiro de 2000, e na Globalização do Amor Fraterno, mensagem da LBV especialmente dirigida aos participantes do High-Level Segment 2007, do Ecosoc (ONU), em Genebra, Suíça:
A escola é imprescindível, mas não substitui o lar. O Estado e a sociedade têm de, unidos, gerir soluções para que as famílias criem e eduquem dignamente os seus filhos, conforme publiquei na Folha de S.Paulo, Brasil, em 27 de julho de 1986.
Ao entregar o Instituto de Educação da LBV à comunidade, resumi em poucas palavras sua filosofia de trabalho: Aqui se estuda. Formam-se cérebro e coração. Trata-se da Pedagogia de Deus, que é Amor, a qual capacita o indivíduo para viver a cidadania ecumênica, firmada no exercício pleno da solidariedade espiritual, humana e social. Na Pedagogia do Cidadão Ecumênico e na Pedagogia do Afeto, portanto, do Amor, do Carinho, o espírito possui lugar preponderante na nossa lide. Entretanto, na preparação de jovens e adultos para a subsistência neste mundo material de tecnologia jamais vista — e, paradoxalmente, na atualidade, tão instável para os que labutam pelo futuro próprio —, devemos levar na mais alta consideração que os educandos têm de ser com eficiência qualificados para a exigente demanda do acirrado mercado de trabalho. E mais: de tal maneira que não persigam um caminho em que a profissão para a qual se aprontaram não mais exista ao fim do curso. É essencial, pois, receberem formação eficaz para que sejam arrojados, empreendedores, de modo que possam suplantar os fatos supervenientes que, a qualquer instante, desafiam a sociedade, assustando multidões. (...) De nada adiantarão, portanto — digamos para argumentar —, planejamentos audaciosos se não houver quem tenha sido devidamente instruído para desenvolvê-los. Por isso mesmo, cuida do espírito, reforma o ser humano, e tudo se transformará!

 

Inteligências múltiplas

A pedagoga Suelí Periotto, supervisora da Pedagogia da LBV e doutoranda em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), me informa que, durante entrevista para o programa Educação em Debate, da Super Rede Boa Vontade de Rádio, o conceituado professor, escritor e conferencista Celso Antunes, ao ser indagado sobre nossas ações educacionais, comentou: “A Boa Vontade se incorporou às minhas amizades, há muito tempo. (...) Tenho plena consciência do trabalho realizado por sua Fundação. Já estive várias vezes com vocês. Tive a oportunidade de ler toda a obra de Paiva Netto, que chegou às minhas mãos e, portanto, creio — atribuam ou não a esse objetivo o nome de inteligências múltiplas —, ele se integra plenamente dentro deste conceito, porque efetivamente nunca me pareceu que tenha sido uma preocupação de vocês o desenvolvimento exponencial daquele aluno que seria o ‘geniozinho’, mas a formação integral da pessoa. E por acreditar plenamente nessas linhas educativas é que reitero que não falo à Legião da Boa Vontade apenas como quem dá uma entrevista, mas como pessoa que realmente se sente identificada com a sua filosofia e a linha do seu trabalho”.
Grato, prof. Celso. Suas palavras servem de grande incentivo para expandirmos cada vez mais esta linha educacional, que une à instrução excelente a vivência dos mais nobres sentimentos que o ser humano possa expressar em comunidade.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 


segunda-feira, 10 de outubro de 2016

A Volta Triunfal de Jesus

Paiva Netto

O supremo objetivo da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo é preparar os caminhos da Volta Triunfal de Jesus ao planeta Terra. É do Salvador dos Povos a Divina Promessa — registrada em passagens do Seu Sacrossanto Evangelho-Apocalipse — do regresso Dele ao orbe fundado em coautoria com Deus. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. O mundo [o planeta Terra] foi feito por Ele. Tudo foi feito por Ele. Nada do que se fez foi feito sem Ele, Cristo Jesus!” (Evangelho, segundo João, 1:1 a 3).
Por isso, muito nos alegrou inaugurar seção, que leva o mesmo nome, na prestigiosa revista JESUS ESTÁ CHEGANDO! — veículo que anuncia a maior Boa Nova de todos os tempos —, para o fomento permanente do debate fraterno a respeito do avançadíssimo significado do Sublime Retorno do Mestre Divino: “Eu voltarei!” Jesus (João, 14:3 e 28).
O texto inicial que lhes apresento foi extraído do meu livro As Profecias sem Mistério, no capítulo “As Raízes Espirituais de uma Política Superior”.
Boa leitura!

A Volta de Jesus sobre as nuvens vai muito além do significado literal
O que expressa o fato de vir Jesus sobre as nuvens, além do entendimento literal aqui descrito? Exprime que, quando Ele voltar, todas as áreas do saber humano Lhe devem ser devolvidas, não somente a Religião, mas também a Política, a Filosofia, a Ciência, a Economia, a Arte, o Esporte e tudo o mais, visto que estes foram talentos que o Senhor da Seara deixou com Seus servidores de forma que os multiplicassem, enquanto Ele partia em viagem. Na volta, concedeu a “cada um de acordo com as próprias obras de cada um” (Evangelho de Jesus, segundo Mateus, 16:27): aos que cumpriram seus compromissos, o prêmio da honra; aos que os desprezaram, a sanção correspondente (Parábola dos Talentos, Evangelho, consoante Mateus, 25:14 a 30). Na Seara de Deus não pode prosperar o crime da impunidade, que a tantos malefícios tem arrastado povos inteiros.
“Eis que Jesus vem com as nuvens” significa dizer que se origina do Alto, para onde nós, qualquer que seja nossa crença, ou descrença, devemos erguer todas essas coisas que têm sido conspurcadas pelo escárnio de alguns, para receberem a verdadeira iluminação. É tempo de a Humanidade olhar para cima.
 “Jesus é o Sol da Caridade”, ensinava Alziro Zarur, e eu completo: E, por ser Divino, esse Astro-Rei não provoca sombras.
Então, quando realmente todos se dispuserem a viver sob essa Luminosidade Celeste, a Política deixará de ser algo tenebroso. As crenças libertar-se-ão da parte de Babilônia que integra tudo aquilo em que o homem mete a mão. A Economia não será mais essa mundial babel que o povo não entende, porque tem sido deste modo: multidões abandonadas, em favor da fartura de um ou outro grupo, de uma ou outra nação.
“Eis que Jesus vem com as nuvens, e todos os olhos O contemplarão” (Apocalipse, 1:7), isto é, vem elevar a Religião, a Ciência, a Política, a Filosofia, a Arte, a Economia, o Esporte e tudo mais a essa iluminação que desce do Alto, trazida por Ele na Sua Volta magnífica, literal ou espiritualmente realizada.
“E todos os olhos O contemplarão”, nenhum olhar estará impedido de perceber a claridade do Cristo a refletir-se sobre todos os avanços nascidos do gênio humano e que, ao mesmo tempo, sofreram a conspurcação da parte de Babilônia que infelizmente as criaturas ainda insistem em cultivar pelos séculos.
Jesus vindo sobre as nuvens expressa que Ele vem na plenitude de Sua Força Moral, da Sua Autoridade, da Sua Grandeza. Apenas Ele pode limpar as mentes de todas as criações do pensamento desgovernado, para que possam brilhar, iluminando-nos com a Parte Divina da Religião, da Política, da Ciência, da Filosofia, da Economia, da Arte, do Esporte e o que mais o seja. Eis a Política de Deus: mostrar que, na Bíblia Sagrada, desde o primeiro livro do Pentateuco Mosaico até o Apocalipse, existem realidades que são luzes para nós, conquanto analisadas consoante o alertamento do Apóstolo Paulo: As coisas espirituais têm de ser discernidas espiritualmente" (Primeira Epístola aos Coríntios, 2:14).

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 


sábado, 8 de outubro de 2016

Tecnologias assistivas

 

Paiva Netto

Neste mundo globalizado, em que as tecnologias se aprimoram a uma velocidade que impressiona, abre-se um leque de oportunidades para a inclusão, no mercado de trabalho, de pessoas com deficiência. Contudo, muitas dessas novas ferramentas esbarram no despreparo e na desinformação de uma parcela da sociedade.
Segundo a analista de tecnologia assistiva da Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência (Avape), Karolline Fernandes Sales, ela própria deficiente visual, as empresas usam três argumentos para não contratar alguém com baixa ou nenhuma visão. "Um deles é o desconhecimento. Para a maioria dos empregadores, o cego não tem condições de trabalhar, de chegar ao local de trabalho. Outro empecilho é o de não saber utilizar um computador; sem falar do custo do leitor de tela, que varia de R$ 1,3 mil a R$ 1,7 mil ou um pouco mais. O terceiro argumento é o de que não existem pessoas qualificadas no mercado", afirmou.
Em entrevista ao programa Sociedade Solidária, da Boa Vontade TV (Oi TV — Canal 212 — e Net Brasil/Claro TV — Canal 196), Karolline Sales, que também exerce a função de assessora de comunicação da Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB), contestou: "Conheço várias pessoas com deficiência visual graduadas, pós-graduadas, que já concluíram o mestrado. Então, esse argumento da falta de qualificação é mais hipotético do que real. Claro que existem indivíduos sem qualificação, não só com deficiência, mas sem deficiência também. A Avape, inclusive, é uma das pioneiras em capacitar pessoas com deficiência, não só a visual".
Um dos principais avanços no que diz respeito à inclusão social foi a implementação da Lei de Cotas. Karolline Sales esclareceu: "Essa lei determina, de acordo com a quantidade de empregados, a contratação do trabalhador deficiente. A grande dificuldade dos empresários, dos gestores, é como contratar, onde buscar esse profissional? É aí que entra a Avape".

Oportunidade e Competência
No programa, foi apresentada uma matéria com o depoimento do deficiente visual Edi Carlos de Souza. Com apenas 1% de visão, ele procurou a Avape para recolocação profissional e começou a prestar serviço para a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (Sert), do Estado de São Paulo. Sobre a sua capacitação, Edi Carlos comentou: "Precisei passar por treinamentos porque uso dois sistemas. Um de leitor de tela — para acompanhar as informações do computador — e outro do próprio sistema do ‘Emprega São Paulo’". Orgulhoso de sua profissão, ele desabafou: "Infelizmente, no Brasil temos falta de informação em relação ao deficiente. Hoje em dia, a tecnologia e os mecanismos de acesso estão aí para todo o mundo verificar. O que a pessoa deficiente precisa? De uma oportunidade. Esse é o xis da questão. Ninguém pode ser julgado pela deficiência. Primeiro, o empregador tem que avaliar a capacidade, e não a deficiência".
E arrematou: "Você, que tem alguma deficiência, nunca se esconda. Estude, faça cursos, procure, pois o mercado está precisando. E vocês, que são empregadores, sempre acreditem e nunca prejulguem um deficiente. Deem a ele uma oportunidade, depois o avaliem".
Diante do exposto, é gratificante saber que, apesar dos obstáculos, mais deficientes conquistam a cada dia maior reconhecimento na sociedade e, principalmente, no mercado de trabalho.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Saúde mental e espiritualidade

 

Paiva Netto

Importante estudo do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, denominado “Transtornos mentais em megacidades”, apontou que 30% dos casos investigados de moradores da capital paulista e região metropolitana apresentaram algum tipo de transtorno psiquiátrico nos 12 meses anteriores à entrevista. Expressivo número que merece a atenção de todos.
Todavia, outra perspectiva nos leva a considerar que parte dessas ocorrências pode estar erroneamente catalogada como distúrbio. Há de se verificar também o conjunto de naturais manifestações de uma sensitividade espiritual malconduzida, necessitada de equilíbrio e de orientação específica.
O programa Conexão Jesus, da Boa Vontade TV (Oi TV — Canal 212 — e Net Brasil/Claro TV — Canal 196), conversou com um especialista no assunto. Trata-se do dr. Júlio Peres, psicólogo clínico, doutor em Neurociências e Comportamento pelo Instituto de Psicologia da USP, com pós-doutorado no Centro para a Espiritualidade e a Mente da Universidade da Pensilvânia/EUA e pós-doutorado em radiologia clínica pela Unifesp. Declarou ele aos telespectadores: "Há uma linha de pesquisa muito importante — e nós gostamos muito desse tema, estamos trabalhando nesse sentido — que visa justamente ao diagnóstico diferencial entre uma crise espiritual envolvendo mediunidade, a conexão com Espíritos, Espiritualidade, e um episódio psicótico, um transtorno psiquiátrico. É muito importante que possamos reconhecer que uma condição é distinta da outra, porque, se o indivíduo estiver tendo uma manifestação mediúnica, uma crise espiritual, não necessariamente ele manifestará um episódio psicótico, psiquiátrico. No entanto, se for medicado nessas condições, ele pode criar uma história, uma linha de futuro psiquiátrica. Contudo, se o indivíduo estiver de fato tendo um episódio psicótico e não for medicado, o sofrimento se exacerba. Então, é fundamental que nós, profissionais da saúde, identifiquemos quais são os diferenciais para esse diagnóstico".
Essas palavras nos fazem lembrar o testemunho do Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti (1831-1900), ilustre médico que no século 19 escreveu A loucura sob novo prisma (estudo psíquico-fisiológico), pondo em evidência os casos em que determinadas patologias mentais teriam causa espiritual de ordem inferior, requerendo, portanto, uma abordagem distinta: “Meu plano é determinar a natureza especial da loucura sem lesão cerebral — estabelecer as bases de um diagnóstico diferencial de uma para outra espécie — e oferecer os meios curativos deste gênero desconhecido de loucura”.
Observa-se assim que a matéria (aliada à Espiritualidade) é verdadeiramente digna de pesquisas cuidadosas e isentas de qualquer preconceito. Afinal, sabemos que muito há para ser estudado. No campo da Neurociência, por exemplo, o que não falta são lacunas de incertezas. E numerosos pacientes dependem desse esforço, pois podem estar padecendo com terapêuticas radicais quando o caminho é bem outro.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 


sábado, 1 de outubro de 2016

Jesus, o Profeta Divino

Paiva Netto


Atendendo à solicitação de diversos leitores, trarei, sempre que possível, extratos da série O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, acrescidos de alguns comentários.
Essas preleções, realizadas por mim, de outubro de 1990 a fevereiro de 1992, totalizam mais de 450 programas. São o resultado de palestras, feitas geralmente de improviso, pela Super Rede Boa Vontade de Rádio e pela Boa Vontade TV — a TV da Educação, da Cultura e da Cidadania Solidária Altruística com Espiritualidade Ecumênica, a TV da Paz, do Amor e da Fraternidade Real. A seguir, contando com a atenção de todos, apresento os primeiros trechos do trabalho que intitulei Jesus, o Profeta Divino, mais tarde transformado em livro:
O Apocalipse é uma revelação de Deus, por intermédio de Jesus, o Profeta Celeste, o Cristo Ecumênico, o Estadista Sublime, não de João Evangelista. João foi, como dizia o saudoso Irmão Alziro Zarur (1914-1979), “o médium psicógrafo”. Consequentemente, o repórter  que, em êxtase, vislumbrou cenas tão extraordinárias num Plano Divino — outra dimensão de Espaço/ Tempo — que, ao tentar transpor dessa esfera de luzes o que vira para as dimensões finitas, só o pôde fazer por meio de símbolos. Não lhe foi possível relatar de modo supinamente nítido aquilo a que seus olhos empobrecidos pela vibração da carne haviam se desacostumado.
De certa forma, essa dificuldade enfrentada pelo Evangelista-Profeta enriquece a nossa vida, porque nos provocou o raciocínio. Levou-nos a clarear a mente, para que o nosso Espírito possa — vendo o que João assistiu e alcançando o que por ele foi transmitido — iluminar-se das riquezas do Reino de Deus, da importância e da realização impecável de suas profecias.
Ouçamos o elucidativo recado do grande Ezequiel, 12:25, no Antigo Testamento da Bíblia Sagrada:
“Porque Eu sou o Senhor Deus; falarei, e a palavra que Eu disser se cumprirá. Não será mais adiada; pois em vossos dias, ó casa rebelde, pronunciarei a palavra e a cumprirei, diz o Senhor”.

 

Como numa prece

Neste despretensioso estudo, que dá continuidade às obras anteriores, vocês poderão notar o nosso cuidado em reunir diversas citações de muitos intérpretes do Apocalipse. Apesar de diferenças conceituais, a Fonte de Inspiração é idêntica, porquanto acima de tudo somos filhos de um único Pai, logo, do mesmo Amor, da mesma Verdade. Razão pela qual escrevi em Paz para o Milênio, especialmente elaborada para a Conferência de Cúpula da Paz Mundial para o Milênio, evento promovido pelas Nações Unidas (ONU), em agosto de 2000, na sede da Organização em Nova York, EUA, pensamento meu publicado na Folha de S.Paulo, em 18/9/1988: Mais fortes são os fatores que nos unem do que a irreflexão que eventualmente nos separe.
Ora, este é, sem dúvida, o caminho para que possamos sentir — estando na Terra ou no Céu da Terra, pois os mortos não morrem — esta descrição alentadora que João, o Profeta Evangelista, faz do mundo ideal a que todos aspiramos, qualquer que seja a nossa etnia, religião, ideologia, ou o que mais o seja, que devemos ler — Apocalipse de Jesus, 7:9 a 12 — como quem profere uma comovida prece:

 

 “A visão dos glorificados

“9 Depois destas coisas olhei, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro de Deus, trajando vestiduras brancas, com palmas nas suas mãos;
“10 e clamava com grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Divino Cordeiro pertence a salvação.
“11 E todos os Anjos estavam de pé em derredor do trono, e dos anciãos, e dos quatro seres viventes: e ante o trono se prostraram sobre os seus rostos e adoraram a Deus,
“12 dizendo: Amém. Bênção e claridade, e o louvor, e a glória, e a sabedoria, e ações de graça, e a honra, e o poder, e a fortaleza sejam ao nosso Deus pelos séculos dos séculos. Amém. (...)”.

 

“O bom futuro dos povos”

A jovem Aline Beatriz Sczczepaniak Portel, graduada em Letras, encaminhou-me um e-mail em que comenta meu artigo “Sustentabilidade pela Economia Celeste”, texto originalmente escrito em 2005, mas que, diante do atual momento econômico no mundo, achei oportuno recordar. Diz ela: “Esse artigo é um verdadeiro tratado social, político e econômico para as nações, com base no amor fraterno que o Divino Mestre exemplificou em Sua vinda visível ao planeta Terra. O mundo passa por instantes de muitas dificuldades, desafios, dúvidas, incertezas. Isso, por um lado, é bom, pois desperta também a necessidade da reflexão, da crítica aos padrões tradicionais que vêm sendo utilizados com pouco sucesso pelos seres humanos. Por isso, a sua proposta da Economia Celeste para a sustentabilidade espiritual, social e ambiental do planeta é de fundamental importância para a Humanidade, que já reconhece o valor dos seus escritos para o bom futuro dos povos”.
Grato, Aline. Nunca nos faltará, no Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, a inspiração, acompanhada do exemplo correto, para as devidas soluções dos problemas da sociedade mundial. O Evangelho e o Apocalipse não podem ser esquecidos, principalmente nessas ocasiões. Deus não é uma fábula.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com