terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Serão vibracionais os limites do Universo?


Paiva Netto

Em 21 de dezembro de 1981, em Porto Alegre/RS, proferi um discurso, de improviso, quando proclamei a Decodificação do Pai-Nosso, hoje, completando 37 anos. Na ocasião, argumentei:
A Ciência humana, a despeito dos respeitáveis esforços de tantos abnegados idealistas, encontra-se no início de sua brilhante trajetória, apesar do extraordinário progresso a que nos tem conduzido: o justificado deslumbramento de suas mais importantes figuras ante a restrita parcela do Cosmos que se vê. Mas e diante da imensidade que não se enxerga, que não se descobriu ainda?... Não aludimos apenas ao Universo físico, com suas galáxias, que é algo realmente de assombrar: só a Via Láctea, da qual fazemos parte, abarca bilhões de estrelas... É incrível a sua abrangência!... E os mais poderosos telescópios e radiotelescópios alcançam a mínima parte deste Universo físico. Os seres humanos, e mesmo os invisíveis de razoável elevação espiritual — pois estes são muitos no Outro Lado da Vida —, ficam do mesmo modo fascinados, e com muita razão... Entretanto, e a amplitude que ainda não perlustramos? Aqui está a filigrana: quando arguimos o que falta desbravar, não estamos unicamente nos referindo à composição material dos corpos celestes que vagam pelo Espaço, essa enormidade que os maiores cientistas não puderam, até o presente momento, pesquisar nem sequer ver de todo*1. Falamos também do UNIVERSO INVISÍVEL, ultradimensional, onde as Almas residem, que, no estágio evolutivo da civilização contemporânea, não pôde, por ora, ser devidamente percebido pelos olhos somáticos nem acreditado, em boa parte, pela Ciência terrestre. E o mais surpreendente: nem por alguns religiosos que pregam a Vida Eterna. Todavia, quando diversos pioneiros começam a analisar e estudar as possíveis dimensões em que habitam os Espíritos, há quem procure depreciar sua labuta. Na verdade, temem avançar na direção descortinada pelos precursores. De certa forma, é como na fábula de Esopo (aprox. 620-564 a.C.): Vulpes et uva*2. O teólogo e filósofo britânico William Paley (1743-1805) acertou quando definiu que “há um princípio que é utilizado como uma barreira contra qualquer informação, como prova contra qualquer tipo de argumento. Esse princípio nunca pode falhar, de modo a manter a humanidade numa ignorância contínua e perpétua. Esse princípio chama-se: condenar antes de investigar”.
A Ciência convencional terá de ser reapreciada para absorver os muitos dados novos coligidos pela Ciência de ponta. Além disso, terá de incluir também nas novidades o reconhecimento do Mundo Espiritual, não como resultado de químicas cerebrais que excitariam a mente humana na região do ilusório, pois essa conclusão é muito cômoda, contudo como realidade pluridimensional, onde existe o prolongamento da vida consciente e ativa do Ser, nas esferas ainda invisíveis ao sentido visório.
Depois de muito meditar sobre essa questão das dimensões materiais do Universo (até hoje os astrônomos debatem e se batem sem chegar a uma conclusão decisiva, ignorando a origem espiritual do Cosmos), certa feita, observei: Meu Deus, cogita-se de grandeza, de dimensão, distância FÍSICAS... No entanto, os limites do Universo podem igualmente ser VIBRACIONAIS... O ser humano falece, o corpo fica... O Espírito (ou como o queiram chamar), que não pode ser reduzido ao território da mente, migra para outro Universo ou outros Universos, que não se veem... É um desafio lançado à mesa de discussão. A Ciência, em seus elevados termos, a posteriori comprova o que a Religião, de maneira intuitiva, bem antes percebera. A primeira conceitua; a segunda ilumina, quando realmente Religião e nunca reserva de tabus e preconceitos. Afinal, a Intuição*3 é sempre mais rápida que a razão humana, por se tratar do efeito da Razão Divina em cada criatura. É a Inteligência de Deus em nós.
Na trilha desse instigante assunto acerca dos limites vibracionais do Espaço, registrei a seguinte ponderação no meu ensaio literário Ciência de Deus: o Universo possui esferas ainda invisíveis, que, em termos filosóficos, podem ser sobrepostas, não apenas paralelas. E quanto mais o Cosmos há de nos reservar?

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

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*1 Cerca de 95% da estrutura do Universo ainda é uma incógnita para a atual Física. Não se sabe o que seria a energia escura, responsável pela aceleração do Universo, e a matéria escura, que reveste o interior das galáxias.
*2 Vulpes et uva (A raposa e as uvas) — A famosa fábula de Esopo conta a história da raposa que, não podendo alcançar as almejadas uvas, pois estas se encontravam muito altas, as acusa de estarem verdes, embora estivessem maduras.
*3 A Intuição – Leia “Einstein e Intuição”, no terceiro volume das Sagradas Diretrizes Espirituais da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo (1991).


segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Melhor música


Transformar dor em vitória

Paiva Netto

Não duvidemos de nossa capacidade, como seres espirituais e humanos, de alcançar o hoje considerado insuperável. Temos muito mais aptidão para sobrepujar problemas, por maiores que os julguemos, segundo avalia o médico, psicólogo, filósofo e escritor norte-americano William James (1842-1910): “A maioria das pessoas vive física, intelectual ou moralmente num círculo muito restrito do seu potencial. Faz uso de uma parte muito pequena da sua possível consciência e dos recursos da sua alma em geral, assim como um homem... que se habitua a usar e a mover somente o seu dedo mínimo. Grandes emergências e crises nos mostram como os nossos recursos vitais são muito maiores do que supúnhamos”.
Diante disso, se as dificuldades são maiores, superiores serão os nossos talentos para suplantá-las. Se desse modo não fosse, onde estaríamos hoje caso os que nos antecederam, pelos séculos, se acovardassem? A pior tragédia é desistir por causa das adversidades do mundo. É falhar, portanto, com aqueles que confiam em nós. Os que vieram antes — com o combustível da Fé Realizante — sublimaram dor em vitória.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

sábado, 8 de dezembro de 2018

Aids — o vírus do preconceito agride mais que a doença


Paiva Netto

O organismo humano é a mais extraordinária máquina do mundo. Mesmo assim, falha. Contudo, com Amor, até os remédios passam a ter melhor resultado. Por isso mesmo, a decisão da Assembleia Mundial de Saúde, com o apoio da ONU, de instituir, desde outubro de 1987, o primeiro de dezembro como o Dia Mundial da Luta contra a Aids, é de enorme importância. Tanto que, no ano seguinte, nosso país adotou a data por meio de uma portaria assinada pelo Ministério da Saúde.
Nossos Irmãos que padecem com o vírus HIV e os que sofrem de outros males físicos, mentais ou espirituais precisam, em primeiro lugar, de Amor Fraterno, aliado ao socorro médico devido. Se a pessoa se sentir espiritual e humanamente amparada, criará uma espécie de resistência interior muito forte, que a auxiliará na recuperação ou na serenidade diante da dor. Costumo afirmar que o vírus do preconceito agride mais que a doença.
Aos que sofrem o abandono a que foram relegados por antigos correligionários, por amigos de discussão intelectual e até mesmo pelos seus entes mais queridos, o conforto destas palavras do saudoso dom Paulo Evaristo Arns (1921-2016), cardeal-arcebispo emérito de São Paulo, na sua tocante obra Da Esperança à UtopiaTestemunho de uma Vida: “A graça de Deus não esquece ninguém nem se regula por crachás. Basta lembrar o segundo capítulo do livro Gênesis para sentir como o sopro de Deus infunde vida ao ser humano e lhe dá como companheira a Esperança por toda a vida. (...) Afinal, o mundo é de Deus, e Deus está presente no coração de cada pessoa, por menos que esta O sinta ou O exprima de viva voz. (...) A utopia é a união de todas as esperanças para a realização do sonho comum. Se realizarmos este sonho, teremos construído uma nova realidade”.
Longe do Amor Fraterno, ou Respeito, se assim quiserem apelidá-lo, o ser humano jamais saberá viver em Sociedade Solidária Altruística Ecumênica, porque a sua existência ficará resumida a um terrível “cosmos”, o mesquinho universo do egoísmo. Por esse motivo, escreveu o pensador e sociólogo francês Augusto Comte (1798-1857): “Viver para os outros é não somente a lei do dever, mas também da felicidade”. Trata-se de uma lição que ninguém deve esquecer em circunstância alguma.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.




sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Reflexão da Boa Vontade


Saudar além dos irmãos
Paiva Netto

Há tempos observo-lhes que a miscigenação do mundo é inevitável. Da mesma forma, destaco que o Ecumenismo dos Corações é o bom futuro da humanidade.
As criaturas não sobrevivem adequadamente no isolamento. A confraternização geral é um legítimo anseio que ignora fronteiras e segue unindo, apesar dos pesares, etnias, filosofias, religiões, pátrias, enfim, seres espirituais e humanos. Em Sua passagem pela Terra, Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, testemunhou, a todo momento, que esse é o caminho. Uma de Suas Solidárias Lições ilustra bem isso: “Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem os publicanos também assim? Se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo?” (Evangelho, segundo Mateus, 5:46 e 47).
Com muita propriedade, ensinou o saudoso dr. Bezerra de Menezes (1831-1900), em Evangelho do Futuro, publicado como folhetim no periódico Reformador, de 1905 a 1911, sob o pseudônimo Max:
“O bem tem grande força de expansão! (...) Um povo que tem fé cria-se numa atmosfera moral em que bebe a força para o cumprimento de todos os deveres, a mais expansiva força das alegrias da Alma, desde a vida terrena”.
Busquemos, pois, a convivência planetária firmada no Amor Fraterno e no respeito mútuo, sem esquecer a mais elevada concepção de Justiça, que promana de Deus.

Identificando o preconceito
Nosso país, ainda que precise avançar muito, incentiva e trabalha pelo respeito às diferenças. Merecem, portanto, relevância iniciativas dedicadas a tão nobre finalidade.
A luta histórica de Zumbi dos Palmares (1655-1695) prossegue, alcançando crescente vitória nas consciências. O mundo se tornará mais feliz à medida que seus habitantes, sem exceção, receberem o devido apoio e usufruírem da liberdade seguramente adjetivada como responsável.
Um importante passo para que haja fraternidade mútua é o reconhecimento do preconceito, às vezes velado, que a maioria nem percebe que pratica.
Durante sua participação no programa Conexão Jesus — O Ecumenismo Divino, da Boa Vontade TV (Oi TV — Canal 212 — e Net Brasil/Claro TV — Canal 196), o professor doutor Kabengele Munanga, antropólogo do Centro de Estudos Africanos da Universidade de São Paulo (USP), comentou: “Como o próprio termo diz, preconceito é um julgamento preconcebido sobre os outros, os diferentes, sobre os quais não temos, na realidade, um bom conhecimento. O preconceito é um dado praticamente universal, porque todas as culturas o produzem. Não há uma sociedade que não se defina em relação às outras. E, nessa definição, nos colocamos numa situação, achando que somos o centro do mundo: a nossa cultura é a melhor, a nossa visão do mundo é a ideal, a nossa religião é a melhor. Assim, julgamos os outros de uma maneira negativa, preconcebida, sem um conhecimento objetivo. A matéria-prima do preconceito é a diferença”.
Aliás, em Reflexões da Alma (2003), reafirmei que racismo é obscenidade (assim como preconceitos sociais, religiosos, científicos ou de qualquer outra espécie). Vai solapando não somente os esforços da etnia negra, mas também dos brancos pobres, dos índios, dos imigrantes... É preciso erradicá-lo, pois em seu bojo surgem os mais tenebrosos tipos de perseguição, que vêm dificultando o estabelecimento da Paz no planeta.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.



Reflexão da Boa Vontade


Quem faz o pão...
Paiva Netto

A Economia não pode ser o reino do egoísmo. Ora, ela está aí para beneficiar todos os povos, compartilhando decentemente os bens da produção planetária. Se isso, porém, não ocorre, é porque se faz necessária uma mudança espiritual-ética de mentalidade, principalmente pelo prisma do Novo Mandamento de Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, pois ensina que nos devemos amar como Ele nos tem amado: “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros” (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35). Senão, os predadores das multidões podem ganhar a batalha, que a eles no devido tempo, da mesma forma, consumirá. O desprezo às massas populares é multiplicação de desesperados. Certamente, alguém já concluiu que quem faz o pão deve, de igual modo, ter direito a ele. Alerto para o fato de que, se o território não é defendido pelos bons, os maus fazem “justa” a vitória da injustiça.
Haveremos de assistir ao dia em que a Economia terrestre será bafejada pelo espírito de Caridade, porque a Luz de Deus avança pelos mais recônditos ou soturnos ambientes do pensamento e da ação humanos. Portanto, que os chamados bons se levantem em nome da Paz e espalhem essa Sublime Claridade para iluminar a escuridão que ainda campeia pelo mundo. Foi o Divino Mestre quem afirmou: “Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos Céus” (Evangelho, segundo Mateus, 5:16).

Desumanidade gera desumanidade No meu estudo Cidadania do Espírito (2001), afirmo que desumanidade gera desumanidade. Aí está, em resumo, a explicação do estado atual nas diversas regiões do planeta. Porém, com a riqueza de nosso Espírito, podemos edificar um amanhã mais apreciável. Entretanto, nenhuma reforma será duradoura se não houver o sentido de Caridade, o respeito ao ser humano e o bom comando das gentes atuando no coração.
Caridade é a comprovação do supremo poder da Alma ao construir épocas melhores de vida material e espiritual para os países e seus povos, os Cidadãos do Espírito. Resta às criaturas aprender em definitivo a enxergar essa realidade e a desenvolver a compaixão, aliada à Justiça. Desse modo, com o passar das eras, o mundo abandonará a doença que, pelos milênios, lhe tem feito tanto mal: a pouca atenção que dá à força do Amor Fraterno, “princípio básico do ser, fator gerador de vida, que está em toda parte e é tudo”.
Sobre o sublime ato de se doar ao próximo e suas consequências sociais, assim se manifestou o pensador político francês Alexis de Tocqueville (1805-1859), autor de A Democracia na América: “A caridade individual se dedica às maiores misérias, procura o infortúnio sem publicidade e, de maneira silenciosa e espontânea, repara os males. Ela se faz presente onde quer que haja um infeliz a ser resgatado e cresce junto com o sofrimento. (...) Pode produzir somente resultados benéficos. (...) Alivia muitas misérias, sem produzir nenhuma.
Identificação no Bem de norte a sul, de leste a oeste — Enquanto os governos não chegam às “soluções definitivas” para a miséria, que cada criatura, por iniciativa pessoal ou em comunidades, faça mais do que puder — e não o deixe de realizar — pelo semelhante, pondo em ação o poderoso espírito associativo de Caridade, tão apregoado e vivido por Jesus, Muhammad, Moisés, Buda, Onisaburo, Confúcio, Gandhi e outros luminares da História não somente do campo religioso.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2018


Reflexão de Boa Vontade

O big bang é o Operacional Divino

Paiva Netto

Considerando o sentido de Eternidade, o Universo nunca foi criado, jamais teve princípio nem terá fim, porque ele sempre existiu e existirá em Deus. Isso não significa dizer que o Universo é Deus, mas que, em potencial, sua existência sempre foi uma realidade. Qualquer acontecimento, digamos que representado pelo big bang, do dr. George Gamow (1904-1968), é apenas o Operacional Divino para determinada ocasião. Muitos Universos já existiram, porque a presença de Deus é permanente, como o moto-contínuo, cuja equação procurada é o Amor, que é justamente o próprio Deus (Primeira Epístola de João, 4:8).

Para que se faça mais bem entendido aos que me honram com sua atenção, em meus livros Reflexões da Alma (2003) e É Urgente Reeducar! (2010), apresentei algumas de minhas modestas concepções do Criador, desenvolvendo raciocínio nestes termos:

(...) Um dos maiores óbices a serem vencidos pelos seres humanos na grande trajetória para a compreensão de Deus, sob o ponto de vista da Ciência, é deliberar a respeito de que estão pesquisando: sobre Que ou Quem? Ou sobre o Deus Quem e/ou Quê? (não o quê, como uma lata na rua, ou um pedaço de papel rasgado), todavia um Quê Divino, o qual, quando a Ciência O decifrar, abrirá, a si mesma, horizontes em dimensões múltiplas da Sabedoria e da Moral quintessenciadas. (...)

Em tudo isso, uma condição conciliatória se faz primordial: o raciocínio humano não pode ficar limitado ao que foi, até agora, descoberto em laboratório, concluído pelos cálculos ou pela Fé que não ousa se deparar com a Razão. Como propunha Allan Kardec (1804-1869): “Fé inabalável é aquela que pode encarar frente a frente a Razão, em todas as épocas da Humanidade”.

O Talmud, livro sagrado dos judeus, é muito claro ao demonstrar a necessidade de homens e mulheres da Fé e da Razão serem humildes ao procurar e proclamar a Verdade: “O profeta orgulhoso perde as suas profecias; o sábio orgulhoso, a sua sabedoria”.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

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ServiçoTesouros da Alma (Paiva Netto), 304 páginas. À venda nas principais livrarias.


quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Templo do Ecumenismo Divino

Paiva Netto

Vem o tempo em que todos compreenderemos a importância da prática de um frutuoso e fraterno inter-relacionamento espiritual, social, religioso, político, científico, filosófico, esportivo etc. É uma questão de estratégia de sobrevivência, que tem na Economia da Solidariedade Espiritual e Humana indispensável alicerce. Insisto nesse caminho desde a década de 1980, quando defendi essa tese na Folha de S. Paulo. É solução compatível com a Humanidade que precisa ter humanidade com ela mesma.

Para sairmos vitoriosos, considero muito útil ouvirmos, em nossas Almas, a Inspiração de Deus ou — para os que ainda não descobriram o Pai Celestial — dar atenção ao bom senso da Paz. Aliás, de forma instintiva, as criaturas sempre procuram como parâmetro uma Experiência Superior.

Visando atender igualmente a esse anseio, fundei em Brasília, no dia 21/10/1989, o Templo da Boa Vontade (TBV). Nas Sagradas Diretrizes Espirituais da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo (1987), destaquei Quatro Pilares que regem nossas ações: Ecumenismo Irrestrito, Ecumenismo Total, Ecumenismo dos Corações e Ecumenismo Divino.

Apresento hoje a vocês o que fundamenta o TBV na sua expressão de Templo do Ecumenismo Divino. Trata-se do contato socioespiritual entre a criatura e seu Criador. (...) Portanto, falo da universalização do ser humano, que se integra na sua Origem Divina, tornando-se o Ser Humano-Vertical, quer dizer, o Ser Humano-Espiritual, ou mais: o Ser Humano-Espírito. É o fim do império da matéria, pela pura e simples compreensão de que ela não existe (porquanto o próprio átomo é cheio de espaços vagos). Daí eu já ter afirmado que matéria também é Espírito.

Aparecida Liberato
Em visita ao Conjunto Educacional Boa Vontade, em São Paulo/SP, nossa amiga Aparecida Liberato, numeróloga e escritora, comentou sobre sua visita ao Templo da Paz e seus 25 anos, à época, celebrávamos o Jubileu de Prata da Pirâmide das Almas Benditas, dos Espíritos Luminosos: “Foi dos momentos mais incríveis que passei. Um Templo que tem toda uma história e uma ligação com números. É um lugar que recebe a todos. Lembro-me de que estava fazendo o caminho da Espiral e o quanto consegui retroceder no meu passado e pensar em mim mesma, me destituir de tudo que não era bom para mim. Quando terminei, estava tão leve e inspirada! Meus parabéns para o TBV, para o Paiva Netto e para essa gente maravilhosa que está no mundo inteiro e que comunga nesse valor de fraternidade!”

Faça também a sua peregrinação ao Templo da Boa Vontade! Ele está situado na Quadra 915 Sul, em Brasília/DF, Brasil.


José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.