Orar fortalece a quem ora
Paiva Netto
Paulo
Apóstolo, em sua Epístola aos Romanos, 8:38
e 39, com grande eloquência, nos revela que “nada
nos poderá separar do Amor de Deus”; portanto, da Essência do Criador, que
é a Sua verdadeira e única Face a se manifestar em todos os Universos,
porquanto o deus humano, com seus inúmeros defeitos, em nada O representa, pois
inexiste:
38 Porque
estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados,
nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,
39 nem a
altura, nem a profundidade, nem alguma
outra criatura nos poderá separar do Amor de Deus, que está em Cristo Jesus,
nosso Senhor!
E o Amor Fraterno é
um dos mais potentes dispositivos da Justiça Celeste.
Que possamos, portanto, enfrentar os nossos desafios diários
com a força do Amor do Divino Mestre. Iluminemo-nos com a Oração Ecumênica que
Jesus nos deixou, o Pai-Nosso. Orar é viver a Lei de Deus a todo momento, porque
fala ao coração, e este é a porta de Deus em nós.
Qualquer pessoa, até mesmo um Irmão ateu (por que não?!),
pode proferir o Pai-Nosso, sem que se
sinta constrangida. Ele não se encontra restrito a crença alguma, por ser uma
súplica universal, consoante o abrangente espírito de Caridade do Cristo
Ecumênico, o Excelso Estadista.
Deus não é o
falibilíssimo Júpiter
Todos nós necessitamos, durante a vida, de instantes que sejam de elevação espiritual, filosófica, moral,
religiosa, política, artística, esportiva, mental, como o quiserem... e muitos
bons frutos serão alcançados. E aqui
está a excelente oportunidade. Não somos todos filhos de Deus?! O terrível mal ainda deste mundo é o de que
muitos confundem o Criador com Júpiter, figura imaginária que tinha mil
defeitos, ou com outros deuses, que carregavam milhões de falhas. Temos de
livrar a nossa mente e o nosso Espírito dessa ideia preconcebida do deus
antropomórfico. Deus não tem nada a ver
com Júpiter. Este é criação do ser humano e espelha as suas imperfeições. É
só pensar que, antes de tudo, somos
seres espirituais, e que nos podemos tornar Almas benditas ou Espíritos
luminosos, diante de Deus, pelos nossos melhores frutos, pois o Cristo reitera,
no Apocalipse, 20:13, a Lei das Obras:
— (...) E
foram julgados, um por um, segundo as suas obras.
A oração — ou, se preferirem, a reza — é o filho que se
dirige ao Alto quando crê na existência do Pai-Mãe Celestial ou é o indivíduo a
dialogar com a sua elevada condição de criatura vivente. O Pai-Nosso é a Prece Ecumênica por excelência.
Vamos, portanto, falar com Deus, entoando a Oração de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que se encontra no Seu Evangelho, segundo Mateus,
6:9 a 13:
A Oração
Ecumênica de Jesus
Pai Nosso,
que estais no Céu [e em toda parte ao mesmo tempo], santificado seja o Vosso Nome.
Venha a nós
o Vosso Reino [de Justiça e de Verdade].
Seja feita a
Vossa Vontade [e humildemente dizemos: jamais a
nossa vontade, porque ainda estamos aprendendo a tê-la com toda a correção], assim na Terra como no Céu.
O pão nosso
de cada dia dai-nos hoje [o pão
transubstancial, que está além da matéria, a comida que não perece, o alimento
para o Espírito, porque o pão para o corpo, iremos consegui-lo com o suor do
nosso rosto].
Perdoai as
nossas ofensas, assim como nós perdoarmos aos nossos ofensores.
E não nos
deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal, porque Vosso é o Reino, e o
Poder, e a Glória para sempre.
Amém!
Firmados no Conhecimento Divino, temos plena convicção de
que tudo melhorará para todos nós.
Aprendemos nessa maravilhosa oração de Jesus que podemos ter certeza de que seremos
vitoriosos, se estivermos em nome de Deus, do Cristo e do Espírito Santo,
sempre dispostos a trabalhar pelos semelhantes.
José de Paiva Netto
― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com