Sustentabilidade pela Economia Celeste
Paiva Netto
A
sustentabilidade é o desafio das nações emergentes ou das que já atingiram o
mais alto nível de crescimento material de suas economias. Ela igualmente é a
luta dos ecologistas e a meta a ser alcançada pelos administradores da
Terra. Jesus, o Economista
Divino, por Sua vez, nos oferece um caminho novíssimo, porque firmado em bases
renováveis eternas do Espírito, o moto-contínuo, a curul do desenvolvimento
planetário intermundos.
No
Evangelho do Cristo Ecumênico, o Estadista Celeste, segundo João, 15:1 a 11, podemos ler:
A videira e os ramos
“Eu sou a videira verdadeira, e meu
Pai, o viticultor. Ele corta os ramos que não derem fruto em mim e limpa todos
os que dão fruto, para que o deem mais em abundância. Já estais limpos pela
palavra que vos tenho anunciado; permanecei em mim e Eu em vós. Assim como o ramo não pode dar fruto de si
mesmo, se não se conservar na videira, o mesmo vos sucederá se não
permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós sois os ramos. Aquele que
permanece em mim, e no qual Eu permaneço, dá muito fruto, pois sem mim, nada podereis fazer. Se
alguém não o fizer, será lançado fora como a vara e secará; e será jogada ao
fogo para queimar. Se permanecerdes
em mim e as minhas palavras em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será
concedido. A glória de meu Pai está em que deis muito fruto, e assim sereis
meus discípulos. Como o Pai me amou, assim também Eu vos amo.
Permanecei no meu Amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis em mim,
assim como tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no Seu
Amor. Tenho-vos dito estas coisas,
a fim de que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa”.
É
preciso iluminar o Espírito Eterno da criatura humana, origem da sua liberdade
ou do seu cativeiro. A chave dessas afirmativas encontra-se no Evangelho,
segundo Mateus, 6:33,
preconizada por Alziro Zarur (1914-1979)
como a “Fórmula Urgentíssima de Jesus”: “Buscai primeiramente o Reino de Deus e Sua Justiça, e todas as coisas
materiais vos serão acrescentadas”.
Reforma a partir do espírito
Em
meu artigo “Leis, homens etc...”, publicado há quase 30 anos na Folha de S.Paulo, já alertava para o
fato de que é urgente educar. A
Lei Áurea capaz de abolir a escravatura em qualquer país é livrar seu povo da
ignorância. Escreveu Rui Barbosa (1849-1923)
que “instruir não é simplesmente
acumular conhecimentos, mas cultivar as faculdades por onde os adquirimos e
utilizamos a bem do nosso destino. Se não as educamos, simultaneamente, na
direção da esfera intelectual e na direção da esfera moral, tê-las-emos
condenado a um desenvolvimento incompleto. Conhecer é possuir a noção plena e o
conhecimento perfeito da lei no mundo moral, como no da criação material. A
ausência da percepção do dever é, pois, uma das faces da ignorância, no sentido
em que entendemos, quando lhe opomos como antídoto a escola”.
Não
basta, portanto, apenas, instruir, informatizar, porque a Espiritualidade
Ecumênica é fator de comedimento que sustenta a ética nas ações humanas,
particulares ou públicas. Levemos em conta esta reflexão do velho Sêneca (4 a.C.-65 d.C.), filósofo
estoico, arrastado à morte por Nero
(37-68): “A estrada para a
sabedoria é longa através de preceitos, breve e eficaz por intermédio de
exemplos”.
O
que não se faz por reformas que flagrantemente batem à porta pode vir a ser
realizado por meio de processos traumáticos. E aí, além dos anéis, vão-se os
dedos (...).
José de Paiva
Netto, jornalista, radialista e escritor.