Metas do milênio
Paiva Netto
No Escritório da ONU em Genebra, Suíça, de 1º a 4 de
julho, a LBV participa da Reunião de Alto Nível do Conselho Econômico e Social
(Ecosoc), do qual é parceira desde 1999, com status consultivo geral.
Preparei um documento, publicado na revista “Boa Vontade
Desenvolvimento Sustentável”, para saudar os operosos signatários dos oito
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, chefes de Estado e de Governo,
representantes das agências internacionais, do setor privado e da sociedade civil.
Em sua abertura, ressalto que, juntos, estamos em mais esse esforço — trazendo
a nossa humilde contribuição e apoio — em favor de um futuro melhor, no qual
todos tenham acesso a uma existência merecidamente digna e igualitária em
deveres e direitos. Passos importantes foram empreendidos e conquistados,
porém, resta muito a fazer para que possamos vivenciar a cidadania concedida a
nós pela vida em comunidade, comunidade solidária global, a qual costumo dar o
nome de Cidadania Ecumênica. E a nossa ferramenta para erigir o Cidadão
Ecumênico é algo de que não podemos abrir mão: o espírito universalista, cujo
instrumental é a Solidariedade, iluminando mentes e sentimentos. O Cidadão
Ecumênico é aquele que não perde tempo conflitando intolerantemente com os
demais — porque estes não têm o mesmo pensamento social, político, religioso,
ou não pertencem à mesma cultura ou etnia —, mas que junta forças para diminuir
a avassaladora carência que afeta comunidades, multidões ou uma única pessoa.
(...)
A pauta este ano debaterá “Ciência, Tecnologia e Inovação, e
o potencial da cultura na promoção do desenvolvimento sustentável”.
PAZ E ENTENDIMENTO ENTRE OS POVOS
Ainda me dirigindo aos que se reúnem na ONU, em Genebra, comentei
que sempre defendi e fiz constar em artigos, na imprensa e na internet: não há limites para a solidária expansão do Capital de Deus: o ser humano com o seu
Espírito Eterno.
Portanto, a melhor tecnologia a ser desenvolvida nestes tempos de
globalização desenfreada é a do conhecimento de nós mesmos. É superior a
qualquer descoberta tecnológica, pois tem o poder de impedir que o indivíduo
(informatizado ou não) caia de vez no sofrimento por ter desabado na barbárie
mais completa.
Sem o sentido de Fraternidade Ecumênica, acabaríamos com o
planeta, mantendo nossos cérebros brilhantes, mas os corações opacos. A
almejada reforma da sociedade não virá em sua plenitude se o Espírito do
cidadão (ou cidadã) não for levado em alta conta. (...) O mundo precisa de
progresso, sim e sempre, que lhe dê pão e estudo; todavia, necessita igualmente
do indispensável alimento do Amor e, por conseguinte, do respeito.
José de
Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
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