Camada de ozônio e flagelos do Apocalipse
Paiva Netto
Ao comentar em meus artigos sobre a camada de ozônio do planeta, prometi
voltar ao assunto, intrinsecamente ligado à nossa sobrevivência, visto que ela
nos abriga dos raios nocivos à vida humana. E inicio citando trecho de
reportagem da Reuters:
“A Organização das Nações Unidas (ONU), por meio de sua agência de
clima e ambiente, disse nesta quinta-feira (29/10/2015) que não há razão para
alarme no aumento do buraco da camada de ozônio, recorde, que foi detectado
neste mês de outubro. Visto que ela voltará, em breve, a encolher.
“Esse tamanho recorde do buraco que surge na Antártida varia, comumente
chegando à sua maior extensão na primavera polar (...). No ano passado, 2014, a
OMM — Organização Meteorológica Mundial — afirmou ter detectado o primeiro
sinal de recuperação da camada, motivado, sobretudo, pela proibição dos gases
que destroem a camada de ozônio, que está em vigor desde 1987. Afirmou ainda
que uma década pode se passar até que o buraco comece a encolher. (...) ‘Isto
nos mostra que o problema ainda está aí e que precisamos continuar vigiando.
Mas não há motivo para alarmismo’, declarou Geir Braathen, cientista-sênior da Divisão de Pesquisa Atmosférica
e Ambiental da OMM. ‘No geral, contudo, isso não reverte a recuperação [em
andamento] de longo prazo projetada para as próximas décadas’, afirma a
declaração.
“Os agentes químicos que destroem o ozônio, como os clorofluorcarbonetos
(CFCs), muito usados em geladeiras e latas de spray, foram banidos pelo
Protocolo de Montreal de 1987. O Programa Ambiental da ONU disse que esse
tratado evitará 2 milhões de casos anuais de câncer de pele até 2030”.
Uma esperançosa notícia que certamente merecerá outros estudos e
análises dos especialistas no tema. Acompanhemos os acontecimentos sem perder
de vista que muito ainda precisa ser feito para ficarmos livres desse tormento.
Os Sete Flagelos e ação humana
Chamou a atenção dos meus leitores a similitude da mensagem do
Apocalipse de Jesus, no
Quarto Flagelo, 16:8 e 9, com o tema em questão:
“O quarto Anjo derramou a sua taça sobre o sol, e lhe foi dado afligir
os homens com calor e fogo. Com efeito, os homens se queimaram com o intenso
calor, e blasfemaram o nome de Deus que tem a autoridade sobre estas pragas, e
não se arrependeram para lhe darem glória”.
Uma linguagem profética de há quase dois mil anos que diz muito dos
tempos atuais. Apesar do conhecimento que se têm dos efeitos nocivos de uma
exposição exagerada ao sol, há quem isso não reconheça (que significa “ranger
os dentes contra Deus”) e se coloque entre os que poderão desenvolver, por
exemplo, câncer de pele, catarata ou outras doenças.
Avisos do Supremo Criador
Trago, por oportuno, trecho de improviso radiofônico, de 1991, com a
análise dos Sete Flagelos, na série “A Instituição dos Diáconos”, que
apresentei nas aulas do Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração:
(...) Advertiu um mentor das Claridades Divinas que — “Se a semeadura é livre, a
colheita é obrigatória”. Daí entendermos o porquê dos Sete Flagelos,
citados nos capítulos 15 e 16 do Apocalipse. Trata-se da vindima de uma
semeadura irresponsável. Paulo
Apóstolo aconselhou, em
sua Epístola aos Gálatas, 6:7: “Não vos deveis enganar, porque Deus não se
deixa escarnecer; aquilo que o homem semear, isso mesmo terá de colher”.
Vamos ao versículo primeiro do capítulo 15 da Revelação de Jesus segundo João — Os Sete
Flagelos: “E vi no céu outro
sinal grande e admirável, sete Anjos que tinham os sete últimos flagelos, pois
com estes se consumou a Cólera Divina”.
Um sinal do céu já é algo muitíssimo significativo. Mas João faz questão
de ressaltar que este outro sinal é grande e admirável. É como a nos chamar a
atenção para o fato de que não podemos andar distraídos diante do que nos
poderá sobrevir, pois a manifestação celeste é realmente grandiosa, admirável
mesmo: nada menos do que Sete Anjos traziam os Sete Flagelos, que eram os
últimos da série de coisas graves — por que não dizer terríveis? — que nós,
seres humanos, fomentamos pelos milênios, tais como os males causados à camada
de ozônio, muito mais prejudiciais do que pode imaginar a Humanidade desatenta,
principalmente os jovens, tão esperançosos no futuro; porém, em sua maioria,
distraídos dos avisos do Supremo Criador de todos nós.
O exemplo do telhado
Para ilustrar essa realidade realmente apocalíptica, criada pelos homens
e não por Deus, é como se, levianamente, tivéssemos derrubado o telhado de
nossa casa e exposto a família e nós próprios às intempéries, em um clima já
afetado pela irresponsabilidade de seres gananciosos. Só que o
“aguaceiro” que cai do Cosmos, atravessando o telhado aberto no topo
atmosférico da Terra, deixa passar coisas piores que chuva, mesmo quando ácida.
Aí está algo sobre a ação dos Sete Flagelos, provocados pela nossa incúria, que
reforça a validade dos alertamentos divinos contidos no Livro das Profecias
Finais. Exemplo disso temos na descrição do Sétimo Flagelo, capítulo 16,
versículo 21 do Apocalipse:
“Também desabou do céu sobre os homens grande chuva de pedras que
pesavam cerca de um talento; e, por causa do flagelo da saraivada, os homens
blasfemaram de Deus, porquanto o seu tormento (causado pelos próprios seres
humanos) era sobremodo grande”.
Temos, portanto, que — perdendo o medo do Apocalipse — serenamente
desvendar suas advertências, enquanto há tempo, e criar juízo para defender
nossas vidas, porque a esperança é infinita. (...)
Inspirado no Cristo, tenho afirmado: o ser humano preferencialmente
cresce quando desafiado pelos problemas da existência. Por isso, também com o
pensamento elevado ao Divino Educador, venho lembrando a Vocês que é nos
momentos de crise que se forjam os grandes caracteres e surgem as mais
poderosas nações. Quando estamos integrados em Deus, as dificuldades só nos
fazem crescer. Ensinam-nos a lutar com acerto.
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista
e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
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