Reflexão de Boa Vontade
Dia Nacional da Família
Paiva Netto
Em 8 de dezembro comemoramos, no Brasil, o Dia Nacional da Família. Na
Declaração Universal dos Direitos Humanos, no artigo 16, podemos ler: “A família é o elemento natural e
fundamental da sociedade e tem direito à proteção desta e do Estado”.
Em nossos pensamentos diários, observemos sempre se estamos dando o
justo valor à Família. Um país melhor, mais feliz e, por consequência, uma
Humanidade equilibrada dependem dos núcleos familiares bem constituídos,
devidamente prestigiados por seus integrantes e pela comunidade. A importância
da família transcende a compreensão mais comum. Nela, a vida humana encontra o
seu refúgio, a exemplo da criança especial, que tem o seu dia celebrado em 9 de
dezembro.
Apostemos nas famílias
O ilustre Espírito dr. Adolfo
Bezerra de Menezes Cavalcanti (1831-1900),
que foi prefeito da cidade do Rio de Janeiro no tempo do Império, numa mensagem
por intermédio do Sensitivo Legionário Chico
Periotto, deu ênfase ao nosso tema de hoje. Peço-lhes a atenção para
suas palavras:
“A existência na Terra é de luta — não há outra denominação melhor —,
mas a tranquilidade de Alma existe quando vemos que as Forças Benditas envolvem
a família e os casais, elevando-os a patamares de compreensão, buscando as
sementes que germinaram os frutos da semeadura, por intermédio dos filhos.
“Apostemos na ideia das famílias unidas pelo Cristo de Deus. Apostemos
nisso. Que a palavra da Boa Vontade de Deus possa fazer o trabalho
preponderante do Bem e ser ouvida e seguida na Terra. (...)
“Falamos sobre a importância da egrégora familiar, assunto recorrente e
sempre de necessária abordagem, porque necessitamos oferecer condições de
segurança, principalmente às mulheres (na Humanidade), às mulheres esposas e às
crianças, com a parede, com a muralha dos bons sentimentos e das boas ações,
fazendo descer sobre elas a cachoeira espiritual de bons fluidos que vem do
Etéreo.
“Muitos casais e muitas famílias se desfazem porque não se preocupam com
o diálogo salutar, com a compreensão mútua, enfim, com a presença do símbolo da
unidade familiar, cujos arroubos sempre causam transtornos perigosos,
problemáticos e danos irreparáveis aos que postulam a sedimentação da família
no planeta Terra.
“Constituímos nossas vidas, também no Etéreo, pelo espírito de família
que trazemos dos laços aflorados e traduzidos em harmonia e união advindos da
matéria. Somos mais felizes no Espaço quando encontramos o nosso verdadeiro
Amor na Terra.
“Se Jesus aproximou, uniu e fez com que frutificasse o Amor por
intermédio dos filhos, dos felizes filhos que desabrocham, temos que trabalhar
para suprir as deficiências do cotidiano, da convivência, do livre-arbítrio e
de raciocínios que, às vezes, fogem do verdadeiro prumo necessário ao desenvolvimento
da família. (...)
“Saibam que, na Pátria da Verdade, não nos descuidamos das lutas em que
todos estão envolvidos no mundo. Mas queremos ainda maior afinação dos seres
terrestres com seus Anjos da Guarda. Não deixem vícios humanos atingir seus
Espíritos nem suas famílias, principalmente esses vícios que são fartamente
divulgados nas mídias. Desde um simples cigarro, aparentemente inofensivo, às
drogas, às bebidas. Blindem, blindem suas Almas. O corpo, o vaso físico que
todos recebem na encarnação presente, é instrumento de Deus emprestado,
inclusive os órgãos genitais, pois procriam, interagem a energia do homem com a
da mulher para a evolução, a continuidade na Terra”.
Dr. Bezerra — muito conhecido também como “Médico dos Pobres” — continua
vivo no Céu, no Mundo Espiritual, como Espírito, Anjo da Guarda, Nume Tutelar,
enfim, há vários nomes que definem a mesma condição de prosseguir existindo. O
princípio de tolerância, que deve reger a convivência em sociedade, nos inspira
este raciocínio: ainda que nem todos acreditem na possibilidade da vida eterna
ou que exista diálogo entre Céu e Terra, hão de levar em consideração o
conteúdo da mensagem. É um texto sensato e que merece reflexão. A segurança
material e espiritual de nossas famílias significa a boa guarda de nós mesmos.
José
de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br
— www.boavontade.com
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