Aritmética da destruição
Paiva Netto
A
aritmética da destruição do meio ambiente é paradoxal: a Humanidade cria
armadilhas contra si mesma e depois atribui ao “poder arbitrário” de Deus ou ao
destino as catástrofes globais que ocorrem. Está em nós a capacidade de
conservar a vida.
Nosso
brado é este: Educar. Preservar.
Sobreviver. Humanamente também somos Natureza.
P.S.
Claro que sou a favor do progresso.
Sem ele, estaríamos no tempo da pedra lascada. Entretanto, que ninguém se
iluda. O progresso humano tem sido, cada vez mais, o da destruição, por causa
da desvairada gana de acumular dinheiro e poder. É a luta pelo domínio do
planeta, custe o que custar. E vai custando milhões de vidas dos preciosos
filhos de Deus.
Aritmética da sobrevivência
É
notório que o instinto humano de sobrevivência nos recomenda um desenvolvimento
econômico solidário e sustentável,
que a todos inclua. Meta ousada, que requer adesão geral.
Se
bem esclarecido e educado desde o berço, qualquer um pode colaborar. Imaginemos
uma família. No início de sua formação, os responsáveis abastecem o lar,
proporcionando alimento, educação, vestimentas etc. aos filhos, netos,
sobrinhos, enteados, irmãos, primos. Contudo, até as crianças, quando
devidamente instruídas, prestam expressivo serviço à economia da casa. Pequenos gestos, como não deixar a luz
acesa desnecessariamente nem a torneira aberta durante a escovação dos dentes, fazem grande diferença. Para visualizar
o excelente resultado dessas medidas simples, basta somá-las ao total de residências no planeta. Teremos, assim, uma boa iniciativa e mais
bilhões de outras.
José de Paiva
Netto, jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
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