Parece que foi ontem...
Paiva
Netto
Estou comemorando 61 anos
de trabalho na LBV. Amanhecia 29 de junho de 1956 – Dia de São Pedro e São
Paulo. Nasci no Rio de Janeiro. Com 15 anos, num gesto intuitivo, liguei o
rádio. Estava no ar a Tamoio. Vivíamos os festejos juninos. Surpreso, ouvi os acordes
de Noite Feliz! em tempo ainda distante do Natal. E logo vibrou a palavra
de Alziro Zarur (1914-1979).
Esse fato mudou a minha vida, tal qual a de tantos outros que aguardavam algo
que lhes falasse o que precisavam ouvir a respeito de Quem, no dizer de João Batista, nem somos merecedores “de limpar-Lhe o pó das sandálias”:
Jesus! Zarur entoava o “Glória a
Deus nas Alturas, Paz na Terra aos homens de Boa Vontade!” (Evangelho,
segundo Lucas, 2:14). Naquela
hora, como que um raio desceu sobre mim, mas não me fulminou. Pelo contrário:
percebi que não sou apenas um produto da carne, posto que certa mentalidade por
aí faz alguns pensarem que este mundo seja um açougue. Tenho Espírito. Não em
resultado de combinações químicas cerebrais, porquanto a inteligência situa-se
além do corpo, como que havendo uma mente psíquica fora do cérebro somático.
(...) A partir daquele momento, o que foi despertado em mim não poderia surgir
de um pedaço de matéria que um dia se transformará na rebelião famélica dos
vermes. Ah! Somos alguma coisa bem superior, que sintoniza as estrelas! É
essencial ter, portanto, em nós um diapasão que ressoe na grandeza de sua
melodia. (...) No mesmo instante, virei-me para minha saudosa mãe, Idalina de Paiva (1913-1994), e,
decidido, sentenciei: “É com esse que eu vou!”.
Aprendi
nestes anos de vida legionária que ninguém faz nada sozinho. No meu 61
aniversário de trabalho nesta Obra – que luta ininterruptamente por um Brasil
melhor e uma Humanidade mais feliz – compartilho também essa marca com todos os
que, com suas preces e apoio às nossas iniciativas, formam a grande família da
Boa Vontade de Deus.
José de Paiva Netto ―
Jornalista, radialista e escritor.
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