Reflexão de Boa Vontade
Paiva Netto
Considerando o sentido de Eternidade, o Universo nunca foi
criado, jamais teve princípio nem terá fim, porque ele sempre existiu e
existirá em Deus. Isso não significa dizer que o Universo é Deus, mas que, em
potencial, sua existência sempre foi uma realidade. Qualquer acontecimento,
digamos que representado pelo big bang,
do dr. George Gamow (1904-1968), é
apenas o Operacional Divino para determinada ocasião. Muitos Universos já
existiram, porque a presença de Deus é permanente, como o moto-contínuo, cuja equação
procurada é o Amor, que é justamente o próprio Deus (Primeira Epístola de João,
4:8).
Para que se faça mais bem entendido aos que me honram com sua
atenção, em meus livros Reflexões da Alma
(2003) e É Urgente Reeducar! (2010),
apresentei algumas de minhas modestas concepções do Criador, desenvolvendo
raciocínio nestes termos:
(...) Um dos maiores óbices a serem vencidos pelos seres
humanos na grande trajetória para a compreensão
de Deus, sob o ponto de vista da Ciência, é deliberar a respeito de que
estão pesquisando: sobre Que ou Quem?
Ou sobre o Deus Quem e/ou Quê? (não
o quê, como uma lata na rua, ou um pedaço de papel rasgado), todavia um Quê Divino, o qual, quando a Ciência O
decifrar, abrirá, a si mesma, horizontes em dimensões múltiplas da Sabedoria e
da Moral quintessenciadas. (...)
Em tudo isso, uma condição conciliatória se faz primordial: o
raciocínio humano não pode ficar limitado ao que foi, até agora, descoberto em
laboratório, concluído pelos cálculos ou pela Fé que não ousa se deparar com a
Razão. Como propunha Allan Kardec (1804-1869):
“Fé inabalável é aquela que pode encarar
frente a frente a Razão, em todas as épocas da Humanidade”.
O Talmud, livro
sagrado dos judeus, é muito claro ao demonstrar a necessidade de homens e
mulheres da Fé e da Razão serem humildes ao procurar e proclamar a Verdade: “O profeta orgulhoso perde as suas profecias;
o sábio orgulhoso, a sua sabedoria”.
José de Paiva
Netto, jornalista, radialista e escritor.
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Serviço — Tesouros da Alma
(Paiva Netto), 304 páginas. À venda nas principais livrarias.
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