Defender teses sem espírito de cizânia
Paiva
Netto
A Elevada Doutrina de Jesus não existe
para, de modo selvagem, conflitar com qualquer esfera de pensamento.
A respeito desse assunto, em minha página
“Questão de Morte ou de Vida?”, considerando que, segundo Napoleão Bonaparte (1769-1821), “a
maior figura de retórica é a repetição”, reforcei o meu raciocínio
publicado na Folha de S.Paulo de 31
de dezembro de 1989, para marcá-lo com máxima intensidade:
Por ser aqui o Parlamento Mundial da
Fraternidade Ecumênica da Legião da Boa Vontade, o ParlaMundi da LBV, todos
têm, por força das atividades dele, mais que o direito de expressar suas
opiniões, mesmo que com o ardor natural à defesa das teses, todavia, sem
espírito de cizânia; logo, civilizadamente.
Pobre
da sociedade sem a discussão de ideias. Detestam-na apenas os que querem o
domínio criminoso da mente humana. A História conta-nos o horror que tem
sido a sua passagem pela Terra. E o homem que não aprende com o passado
dificulta o seu futuro.
Cristianismo
Dessectarizado
E, com essas reflexões, consequentemente
chegamos mais adiante ao propor a
dessectarização do Cristianismo, que os seres humanos dividiram em
rebanhos, de acordo com os seus diversos graus de entendimento.
Pontos de vista distintos sempre
existirão. A causa disso, Alziro Zarur
(1914-1979), saudoso fundador da LBV, a explicou na Proclamação do Novo
Mandamento de Jesus (Campinas/SP, Brasil, 7 de setembro de 1959):
—
Há tantas religiões quantos são os graus de entendimento espiritual das
criaturas humanas, conforme a soma de suas encarnações.
O que não deve ocorrer é essa fórmula
malévola, criminosa mesmo, com que se promovem lutas fratricidas, as quais
enchem de sangue os caminhos de uma história, que precisaria ser mais
compassiva.
Em Epístola
Constitucional do Terceiro Milênio (1988), escrevi: Haverá um tempo
majestoso, em que o ser humano só aceitará um dogma: o da Fraternidade sem fronteiras.
Jesus, o Político de Deus, que, pelo Seu
caráter altamente humanitário, pode ser admirado até pelos descrentes,
exorta-nos à compaixão:
—
Misericórdia quero, não holocausto. Jesus (Mateus, 9:13)
José de Paiva
Netto, jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
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