Supremo poder da Alma
Paiva Netto
Caridade
é a comprovação do supremo poder da Alma
ao construir épocas melhores de vida (espiritual e material) para os países
e seus povos, os Cidadãos do Espírito. Não há maior inspiração para a boa
política do que ela, seguida pela Justiça aliada ao Bem. Absurdo?! O tempo mostrará que não. Aliás, já está manifestando
isso ao vislumbrar a aurora da Política de Deus — a Política para o Espírito
Eterno do ser humano. Resta as multidões
aprender em definitivo a enxergar essa realidade e desenvolver o sentido de
Compaixão. Assim, com o passar das eras, o mundo abandonará a doença que, pelos milênios, lhe tem feito tanto mal: a pouca atenção que dá a força do Amor
Fraterno, “princípio básico do Ser,
fator gerador de vida, que está em toda parte e é tudo”.
O
polímata persa Avicena (aprox.
980-1037) — como também é conhecido o velho Ibn Sina, um dos brilhantes pensadores da Era de Ouro do Islã —
percebeu que todas as coisas têm origem nesse Sentimento Universal, conforme
explicitou em seu Tratado sobre o Amor:
Todo ser ama o Bem Absoluto com um
amor inato, e o Bem Absoluto se manifesta a todos aqueles que O amam. No
entanto, a capacidade de receber esta manifestação difere em grau, assim como a
conexão que se tem com Ele. (...)
Caso pudesse ocorrer de o Bem
Absoluto não ter Se manifestado, nada poderia ser adquirido Dele, e se nada
pudesse ser obtido Dele, nada poderia existir. Portanto, nada pode haver se Sua
manifestação não estiver presente, uma vez que Ele é a causa de toda a
existência.
Sobre
o sublime ato de se doar ao próximo e suas consequências sociais, assim se
expressou o pensador político francês Alexis
de Tocqueville (1805-1859):
—
A caridade dos indivíduos se dedica às
maiores misérias, procura o infortúnio sem publicidade e, de maneira silenciosa
e espontânea, repara os males. (...) Pode produzir somente resultados
benéficos. (...) Alivia muitas misérias, sem produzir nenhuma.
Essas
palavras do autor de A democracia na
América nos remetem ao milenar estatuto deixado por Jesus, o Provedor
Celeste, a todos os Cidadãos do Espírito:
2 Quando,
pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os
hipócritas, nos templos e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em
verdade, em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
3 Quando
deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita.
(Evangelho, segundo Mateus, 6:2 e 3)
Quando
o ser humano verdadeiramente ama, estabelece uma sintonia perfeita com as Leis
de Amor e Justiça legadas ao mundo pelo Pai Celestial. A criatura retorna ao seio do Seu Criador. Pode-se transitar pelos
séculos, mas essa glória indescritível
do Ecumenismo Divino, que é o contato socioespiritual entre nós e Deus, um
dia, se realizará.
José de Paiva Netto ― Jornalista,
radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário