A virtude da temperança
Paiva Netto
Não
haverá Paz duradoura enquanto prevalecerem privilégios injustificáveis, que
desonram a condição humana, pela ausência de Solidariedade, que deve iluminar
homens e povos. Escreveu Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865): “A paz obtida com a ponta de uma espada não
passa de uma simples trégua”. Por isso, nestes milênios de
“civilização”, milhões morreram sob a chacina das armas, da fome e da doença.
(...)
Jesus
sempre pregou e viveu a Fraternidade Ecumênica. Como realmente acreditamos no
Divino Chefe, temos de batalhar pelo que apresentou como solução para os
tormentos que ainda afligem as nações. A temperança é virtude indispensável
nesta peleja. Entretanto, diante dos desafios, não confundamos pacifismo com debilidade
de caráter.
Bem
a propósito, estas palavras da autora Eleanor L. Doan (1914-2010): “Qualquer
pusilânime pode louvar a Cristo, todavia é preciso ânimo forte para
segui-Lo”.
Não
podemos também nos esquecer dos exemplos dos cristãos primitivos, mas, sim,
neles buscar a vivência que precisa ser repetida neste mundo, qual seja, a da
Paz: “Da multidão dos que creram,
era um o coração e a alma. (...) E assim, perseguidos por todos os meios,
passaram a viver em comunidade, não havendo necessitados entre eles, porque
todos se socorriam, cada qual com o que possuía” (Atos dos Apóstolos
de Jesus, 4:32 a 34).
José de Paiva Netto ― Jornalista,
radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
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