Desvendar a premonição: desafio da Ciência
Paiva Netto
Analisando
os fenômenos psi, estudados pela
Psicologia Anomalística e que apresento em minha obra Os mortos não morrem, destaquei na revista JESUS ESTÁ CHEGANDO! no
110, de abril de 2011, uma pesquisa internacional sobre a capacidade de antever
fatos vindouros:
O
dom de prever o futuro é assunto antigo e até hoje intriga o raciocínio humano.
Felizmente, a comunidade científica fortalece o debate de evidências e casos
que vêm surgindo. Esse é o tema no qual se concentra o respeitado professor
emérito de Psicologia da Cornell University (EUA) Daryl J. Bem. Sua pesquisa publicada, em março de 2011, no Journal of Personality and Social Psychology
— conceituada revista da Associação Americana de Psicologia —, resultado de
estudo desenvolvido por ele ao longo de oito anos, provocou ao mesmo tempo
elogios e críticas de seus pares e da sociedade em geral.
Isso
me faz lembrar um pensamento do talentoso Oscar
Wilde (1854-1900), que o saudoso Proclamador da Religião de Deus, do Cristo
e do Espírito Santo, Alziro Zarur (1914-1979), costumava repetir: “Quando os críticos divergem, o artista está
de acordo consigo mesmo”.
Demonstrando
detalhadamente o método empregado — o que permite a reprodução da amostragem e
a verificação por outros pesquisadores — e, em alguns casos, baseando-se em
estudos tradicionais da área, apenas modificando a ordem dos processos, o dr.
Daryl aplicou nove experimentos a mais de mil participantes. Obteve resultados
significativos para tentar explicar os chamados fenômenos psi, que constituem, na definição do autor, “processos anômalos de informação ou transferência de energia
atualmente sem explicação nos termos dos mecanismos físicos e biológicos
conhecidos”.
Os
eventos pesquisados são os de percepção extrassensorial (PES) — clarividência,
telepatia e psicocinese —, com destaque para a premonição e a precognição.
Em
sua análise, o dr. Daryl, também formado em Física, entre outras áreas, se
utiliza das concepções teóricas da mecânica quântica para elucidar tais
fenômenos. Em face de tantas perspectivas, ainda há muito a compreender desse
Universo infinito, que nos impele a desvendar seus mistérios. Por esse motivo,
é indispensável revestirmo-nos de humildade diante de imenso saber, que nos
desafia a inteligência. O estudo do dr. Bem, um dos mais proeminentes
pesquisadores da psicologia social, nos convida a investigar com isenção o
assunto. Embora seja uma realidade, esse tema é descartado por alguns
pensadores como objeto válido de investigação, pois foge às bem-intencionadas,
porém restritas, teorias correntes, por vezes aceitas inadvertidamente como
verdades pétreas.
Recordo-me
de assertiva que proferi por ocasião do I Fórum Internacional de Ufologia,
sediado pelo ParlaMundi da Legião da Boa Vontade, em Brasília/DF, de 7 a 14 de
dezembro de 1997: O mundo discute, há muito tempo, a existência dos chamados
UFOs (óvnis). Relativamente a isso, a
questão não é acreditar ou deixar de crer neles, mas, sim, saber se esses
fenômenos são ou não verdadeiros. A
comprovação dessa realidade cabe naturalmente à Ciência.
O
mesmo argumento é válido para os fatos considerados sobrenaturais, por não
caberem na lógica convencional, que não é absoluta e, por isso mesmo, precisa
ser constantemente revisada. Afirmo e reafirmo: dogmatismo em Ciência é aberração.
José de Paiva Netto,
jornalista, radialista e escritor.
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Serviço – Os mortos não morrem (Paiva Netto), 528
páginas. À venda nas principais livrarias ou pelo site www.clubeculturadepaz.com.br
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