Ecce Deus e a
morte do “deus humano”
Paiva Netto
Em
Crônicas e Entrevistas (2000),
particularmente no capítulo “Ecce Deus!
(Eis Deus!, Aqui está Deus!)”, lembro que Friedrich Nietzsche (1844-1900), autor de Ecce Homo! (Eis o Homem!),
Assim falava Zaratustra, entre outros
livros, concluiu que Deus havia morrido... Muita gente ficou abismada com sua
afirmativa. Porém, sabendo ou não, o velho Friedrich valentemente combatia o
deus antropomórfico; portanto, criado à imagem e semelhança do homem aturdido,
isto é, o deus que persegue, que se vinga, que mata, o deus sem senso algum.
Esse — Nietzsche tem toda a razão — está morto! Já virou cadáver há muito tempo
e não sabe...
Deus é Amor Solidário
Pois
bem. Quando chamo a atenção para Deus,
Quem e/ou Quê ou Que ou Quem, faço-o no sentido de, com humildade, expor
aos homens e às mulheres céticos que Ele
pode situar-se superiormente à nossa mais capacitada consciência do Saber.
Ainda persiste o grande problema de tentar reduzi-Lo à contingência humana, com
suas limitações e enfermidades psíquicas. Parece ser mais fácil a alguns,
apesar de seu estágio de pré-conhecimento das coisas transcendentais,
apequená-Lo do que batalhar por elevar-se à Esfera Sublime de Sua Vivência.
Entretanto, como “Deus é Amor”*
Solidário, todas as fronteiras que até
agora separaram a criatura do Criador ruirão, e o oceano do Amor Fraterno e da
Sabedoria Ecumênica banharão terras e céus.
*“Deus
é Amor” — (Primeira Epístola de João, 4:8 e 16)
José de Paiva
Netto, jornalista, radialista e escritor.
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Serviço — Tesouros da Alma (Paiva Netto), 304
páginas. À venda nas principais livrarias.
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