Newton e Lei de Ação e Reação
Paiva Netto
É
imprescindível entender a Palavra de Deus e sustentar a decidida vontade de
agir pelo bem-estar espiritual, moral e físico dos semelhantes, de forma que
possamos verdadeiramente viver uma Sociedade Solidária Altruística Ecumênica.
Falo daquela cujos cidadãos, comunidades e governos amparam os que se encontram
em desdita, motivando-os a vencê-la, instruindo-os, educando-os e promovendo
bom emprego. Porém, sem a preocupação de saber — com intenções radicais,
fanáticas — estágio cultural, moral e/ou espiritual; crença ou descrença;
ideologia, etnia e tudo o mais a que possam pertencer. Bandeiras que, tantas
vezes, têm servido para selvagemente separar em guerras, declaradas ou não, por
milênios e milênios, os habitantes da Terra. Jamais permitamos que a intolerância
fustigue os seres humanos, sobretudo o ódio religioso, pois ele é terrível, já
o dissemos. Se continuarmos nos comportando como bárbaros irredutíveis, ao
passo que nos intitulamos seguidores de um “Deus
que é Amor” (Primeira Epístola de João,
4:8), à medida que a história da humanidade nos aproxima do terceiro milênio
(estávamos em 1990), o que merecemos além das sanções grafadas no Apocalipse?
Issac Newton (1643-1727), que foi um profundo estudioso do Apocalipse,
escreveu em sua Terceira Lei ou Lei de Ação e Reação, no volume Philosophiae Naturalis Principia Mathematica
(Princípios Matemáticos da Filosofia Natural):
— A toda ação há sempre oposta uma
reação igual, ou, as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre
iguais e dirigidas a partes opostas.
Ou
como popularmente é conhecida, em uma de suas diversas versões:
— A toda ação corresponde uma
reação, com a mesma intensidade, mesma direção e sentido contrário.
Não
se trata, o mecanismo das vidas sucessivas, explicam os seus defensores, de uma
crueldade de Deus. Apenas de uma Lei Universal, de certa forma relacionada,
podemos dizer, com a grande descoberta do genial Newton para o vasto território
da Física. Porém, quando transportada para o campo espiritual-moral, onde
gravita, a Lei da Reencarnação surge iluminada pelas consequências da Bondade
de Deus. Ele nos abençoa — quando nos
esforçamos por merecer — com a Lei da Graça e do Perdão, o Seu “acréscimo
de misericórdia”. Afinal, o que fácil se recebe, fácil desperdiçamos. Este é um
tema que temos aprofundado nas nossas pregações diárias e que levaremos adiante
nos livros. (...) Digo isso, mas com todo o respeito aos que duvidam de sua
existência. Pois, com apreço e estima, os tenho conclamado à perquirição dos
assuntos do Espírito. Não obstante, sempre procurando manter a isenção, visando
exclusivamente aos interesses da Verdade.
Importante Estatística
O
ilustre professor, biblista, teósofo, parapsicólogo e radialista José Reis Chaves, no seu livro A Reencarnação na Bíblia e na Ciência,
páginas 172 e 173, 7a edição, traz-nos um relevante subsídio:
— A Igreja Protestante Anglicana, da
Inglaterra, encomendou a Universidade de Oxford uma pesquisa sobre a
reencarnação. O levantamento foi feito em 212 países, por 500 pesquisadores.
O resultado foi, com base no ano
2.000, que, dos 6.260.000.000 (seis bilhões, duzentos e sessenta milhões) de
habitantes da Terra, mais de 4.000.000.000 (quatro bilhões) de pessoas
acreditavam na Doutrina da Reencarnação, ou seja, cerca de dois terços da população
da Terra (World Christian Enciclopaedia da Igreja Anglicana, da Inglaterra, e
Time-Life no 18).
A humanidade da Terra precisa
recordar-se da Humanidade do Céu
Tantos
quantos regimes sejam experimentados no mundo, jamais poderão ofertar plenitude
de contentamento aos povos. (...)
Para
que se faça a reforma ideal da sociedade, o cidadão terrestre precisa descobrir, analisar e entender que a sua verdadeira origem tem início no Plano
Invisível. Logo, quando dizemos que não bastam às criaturas apenas
instrução e educação e propomos que toda a gente seja espiritualizada, convém
esclarecer que esse serviço de sublimação dos povos exige que tomem
conhecimento ou se recordem de que já fizeram parte da Humanidade do Alto,
composta de Espíritos, antes de descerem à Terra. Há Vida antes da vida, portanto,
existem Leis que precedem às humanas e sobre elas preponderam, pois revelou
Jesus, o Legislador Divino:
— Antes que houvesse mundo, Eu já existia (Evangelho segundo João, 8:58).
O
Profeta Isaías, por exemplo, no
capítulo 24, versículo 21, demonstra a realidade de uma Legislatura Divina, ao
profetizar acerca do julgamento de seres humanos e Espíritos:
— Naquele dia, Deus castigará, no
Céu (isto é, no Mundo Espiritual), as hostes celestes, e na Terra (isto é,
no mundo material que habitamos), os reis
da terra.
Então,
ninguém escapará desse julgamento.
Agora,
vocês observaram que Isaías está profetizando quanto ao Fim dos Tempos no Velho Testamento? Pois é. Deus revela o Fim desde o início. Ninguém poderá alegar ignorância.
E outra coisa, trata-se de um Fim (com inicial maiúscula) que dá início a um
majestoso começo. Em quanto tempo? Não sei. Jesus declarou que apenas o Pai
Celestial o sabe:
— Mas a respeito daquele dia e hora
ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas somente o Pai (Evangelho, segundo Marcos,
13:32).
José de Paiva
Netto, jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
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