Espiritualidade e medicina aliadas no tratamento de transtornos mentais
Paiva Netto
Diagnósticos
de depressão e ansiedade graves, assim como quadros psicóticos de humor e
personalidade, têm crescido, trazendo grande preocupação. Segundo dados
divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 23 de fevereiro de 2017,
cerca de 322 milhões de pessoas no mundo são afetadas pela depressão, o que
corresponde a 4,4% da população mundial. O número aumentou 18,4% entre 2005 e
2015. O Brasil ocupa o quinto lugar entre os países com maior índice de
depressão, totalizando 11,5 milhões de indivíduos que sofrem dessa doença, o
equivalente a 5,8% da população. O país ainda é recordista mundial em casos de
transtorno de ansiedade, com 18,6 milhões de pessoas (9,3% da população),
passando por esse desafio. A OMS estima que, em 2020, essas enfermidades venham
a ser a principal causa de afastamento do trabalho.
Ainda
que parte dessas ocorrências possa estar catalogada de forma imprecisa como
distúrbio — pois entendemos que há também o conjunto de naturais manifestações
de uma sensitividade espiritual necessitada de equilíbrio e de orientação
específica —, observa-se que o tema é verdadeiramente digno de um olhar da
sociedade mais atento, cuidadoso e livre de qualquer preconceito.
Afinal,
ainda há muito a se compreender, espiritual e materialmente falando. Portanto,
não se deve ter vergonha ou medo de diagnósticos dessa natureza. Pelo
contrário. É preciso encará-los com serenidade e Fé Realizante, a fim de
enfrentar e superar qualquer aspecto clínico adverso, contando sempre com o
indispensável amparo de Deus, do Cristo e do Espírito Santo. Costumo afirmar
que o organismo humano é a mais extraordinária máquina do mundo. Mesmo assim,
falha. Contudo, com Amor Fraterno até os remédios passam a ter melhor
resultado. (...)
Pari passu com as políticas públicas e com os cuidados médicos,
psiquiátricos e psicológicos dispensados aos pacientes, não se pode deixar de
lado, nos diálogos em família e em comunidade, o devido suporte social e a
imprescindível presença da Espiritualidade Ecumênica. É indispensável o
esclarecimento dos que os cercam sobre a importância de seguir com seriedade o tratamento medicamentoso e
psicoterapêutico prescrito, porquanto é Jesus, o Taumaturgo Celeste, quem nos afiança: “Na vossa perseverança, salvareis as vossas
Almas” (Evangelho, segundo Lucas,
21:19).
O
Mundo Espiritual não é uma abstração. Ele é (ainda) invisível, mas existe. Não
abdiquemos de sua valiosa contribuição à nossa melhora física, que tem início
na saúde espiritual.
José de Paiva
Netto, jornalista, radialista e escritor.
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