O dever da Religião
Paiva Netto
Declarei
ao ilustre jornalista italiano radicado no Brasil Paulo Rappoccio Parisi (1921-2016), na entrevista concedida a ele
em 10 de outubro de 1981, que é dever da
Religião proclamar a existência do Espírito imortal e efetivar os resultados
práticos desse indispensável conhecimento na reforma do planeta.
Eis
o pragmatismo que, por força da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito
Santo, o Brasil oferece à humanidade, pois tais noções amadurecerão a
consciência dos povos para a realidade espiritual de que ninguém consegue
permanentemente escapar. Não se pode
eternamente impedir a manifestação daquilo que nasce com o ser humano, mesmo
quando ateu: o sentido de Religiosidade que se expressa das mais variadas
formas. Para além do debatido determinismo histórico, trata-se, acima de
tudo, do Determinismo Divino, de que nos falava Alziro Zarur. Antes que
fatalmente a Ciência conclua, em laboratório, sobre a perenidade da vida,
cumpre à Religião não só abordar com maior objetividade a existência do
Espírito após a morte, mas concomitantemente pesquisar o Mundo ainda Invisível.
Parceria Céu e Terra
Ora,
a morte não deve ser motivo de assombro nem ser tratada com desdém ou
negligência. Diante da eternidade da vida, é essencial extrair seus preciosos
aprendizados, que ajudaram a moldar os destinos da humanidade, contribuindo
para sua continuação até aqui. Esse intercâmbio entre Terra e Céu, Céu e Terra,
quando estabelecido com as forças do Bem, nos dá confiança na vida. Contar com
a cooperação bendita daqueles que nos antecederam na jornada espiritual,
sabendo que estão mais vivos do que nunca, incentivando-nos a boas ações, no
cumprimento de nossas tarefas prometidas antes de aqui renascer, é parceria
infalível.
Há
décadas, preconizo que o ser humano não é somente sexo, estômago e intelecto,
isto é, um saco de sangue, ossos, músculos e nervos, apenas jungido às
limitadoras perspectivas do plano material. Reduzi-lo a isso é promover a
cultura do fedor. A morte não é o fim; a vida é perpétua. E o Espírito é suprema realidade.
José de Paiva
Netto, jornalista, radialista e escritor.
________________________________________
Serviço – Os mortos não
morrem (Paiva Netto), 528 páginas. À venda nas principais livrarias ou pela
amazon.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário