Solução ideal
Paiva Netto
O problema do mundo não é primordialmente o pecado,
mas a carência de Amor que o gera. “Deus é Amor”, inspirado em Jesus definiu
João, Evangelista e Profeta, o Discípulo Amado do Divino Mestre, em sua
Primeira Epístola, 4:16: “E nós temos
reconhecido o Amor de Deus por nós, e Nele cremos. Deus é Amor: aquele que
permanece no Amor permanece em Deus, e Deus, nele”.
No filme Irmão
Sol, Irmã Lua (1972), do renomado cineasta italiano Franco Zeffirelli (1923-2019),
cena impressionante é projetada: na ocasião em que recebeu a Francisco de Assis (1181-1226), em
Roma, o papa Inocêncio III
(1160-1216), profundamente comovido pela presença e pelas palavras de Il Poverello, quase que em êxtase, ao
beijar-lhe os pés, exclamou: “Erros podem ser perdoados. Nossa obsessão
com o pecado original nos faz muitas vezes esquecer nossa inocência original!” (O
destaque é meu.)
Jesus trouxe aos povos elevada e abrangente visão a
respeito do Pai Celeste: Caridade (isto é, Amor), Fraternidade, Generosidade, Compaixão
e também a perfeita Justiça, porque, sem ela, vigora a impunidade,
fomentadora da corrupção que estabelece o caos.
No livro Os
Mensageiros, do Espírito André Luiz,
pela psicografia do Legionário da Boa Vontade no 15.353,
Chico Xavier, lemos explicação de Alfredo,
administrador de um Posto de Socorro no Mundo Espiritual, que diz: “Enquanto não imperar a lei universal do
amor, é indispensável persevere o reinado da justiça”.
É evidente que, quando me refiro à Justiça, não
estou tratando de vingança, porquanto esta é a mais completa negação daquela.
Nesse sentido, o respeitado escritor e libretista italiano Pietro Metastasio (1698-1782) sentenciou: “Sem piedade, a justiça é crueldade. E é fraqueza a piedade sem justiça”.
De minha parte, tantas vezes tenho ponderado que premiar quem não merece é crime.
A mensagem do Cristo Ecumênico, o Celeste
Estadista, é eterna: “Passará o Céu,
passará a Terra, mas as minhas palavras não passarão” (Evangelho, segundo
Lucas, 21:33), pois Ele divinamente apregoa o Amor do Seu Novo Mandamento como
a definitiva solução para os infortúnios que afligem a humanidade: “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim
podereis ser reconhecidos como meus discípulos. Não há maior Amor do
que doar a própria vida pelos seus amigos”
(Evangelho, segundo João, 13:34 e 35; e 15:13).
José de Paiva Netto, jornalista,
radialista e escritor.
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Serviço – Jesus e a Cidadania do Espírito (Paiva
Netto), 400 páginas. À venda nas principais livrarias ou pela amazon.com.br.
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