A vida material também é espiritual
Paiva Netto
Em meu livro Os mortos não morrem (2018), destaquei que, geralmente, pensa-se
sobre a morada espiritual quando se está próximo do fenômeno da morte. Triste
engano, pois a vida na matéria é continuidade no ciclo eterno da existência.
Há de se observar, pelas culturas
afora, a preocupação em se compreender os mecanismos da vida, o que ocorre além
dela e o que influencia diretamente no retorno de um Espírito ao plano
material. Tudo está interligado. E fica claro que somos senhores do nosso
destino, não podendo blasfemar contra os Céus pelas más escolhas que fazemos ou
pelos erros em que incorremos.
Não culpe a Deus por suas más escolhas
Urge realçar que muita gente que
toma decisões impetuosas e, por consequência, comete equívocos, depois, quer
sempre pôr a culpa em Deus, cuja existência, em geral, paradoxalmente nega. O
ser humano até agora não aprendeu a amar e, dessa forma, mata, suicida-se,
envenena, acaba com tudo, não é solidário, mas, sim, solitário, porque ainda se
comporta egoisticamente. Depois, com imaturidade, responsabiliza o Pai
Celestial, o Cristo, o Espírito Santo, o Evangelho, o Apocalipse e tudo o que
estiver à sua frente, menos a si próprio. E vai-se dando mal por agir assim,
inadvertidamente. É necessário, cada vez mais, conscientizarmo-nos de que a morte não extingue a vida e de que a
nossa conduta impacta a saúde espiritual, política e social dos povos. A
existência é eterna e contínua. As
escolhas de hoje moldam os nossos destinos e os das gerações no amanhã.
Daí ter, muito sabiamente, Alziro Zarur (1914-1979), saudoso fundador
da LBV, encerrado o seu poema A voz do
Apocalipse com as seguintes estrofes:
— (...) Sejamos todos um no Pai que tudo vê!
Um só rebanho existe, alerta, ao chamamento
Do Pastor Celestial, nosso Bem, nosso Norte!
Venham, porque terão na sua LBV,
Marchando
sempre à luz do Novo Mandamento,
Segurança na
vida e salvação na morte!...
(O
destaque é
A Legião da Boa Vontade e a Religião
de Deus, do Cristo e do Espírito Santo acolhem ecumenicamente — sem conflitos
nem sectarismos — a todos os que desejam seguir pelas estradas do Amor Fraterno
e da Justiça de Deus, percorrendo-as com passos firmes, seguros e solidários,
jamais se envergonhando de seus atos, pois fundamentados estarão na Ordem
Máxima do Cristo:
— Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como
meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros. Não há maior Amor
do que doar a própria vida pelos seus amigos. E vós sereis meus amigos se
fizerdes o que Eu vos mando. E Eu vos mando isto: amai-vos como Eu vos amei (Evangelho,
segundo João, 13:34 e 35; e 15:13, 14 e 17).
José de Paiva Netto ― Jornalista,
radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br —
www.boavontade.com
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