Idealismo com experiência
Paiva Netto
Sempre
procurei respeitar e absorver o patrimônio da experiência dos mais velhos. Por
isso, também aconselho os moços a — sem perder o espírito renovador de seu
tempo — não desprezarem o esforço dos precedentes. Sem eles, não teríamos,
apesar dos percalços, chegado a singular ponto de modernidade, por vezes
desequilibrada, em nosso orbe (veja a poluição que enferma multidões
desatentas). Contudo, façamos a
enriquecedora parceria entre pessoas de todas as idades para o Bem, sem esquecer que a existência e a ação do
Mundo Espiritual são insofismáveis. E ainda: que a sintonia perfeita com as Esferas Celestes é essencial, ocorrendo
por meio da prece iluminada pelo Amor
Fraterno — porque “Deus é Amor”
(Primeira Epístola de João, 4:8),
jamais ódio — e de atos dignos correspondentes a essa ligação com os nossos
Anjos da Guarda. Sem tamanha medida, esse progresso constante, que passa de
geração em geração, será limitado e cheio de custosos dramas, oriundos das
frustrações que o desenvolvimento unicamente firmado na matéria provoca.
É
urgente, por fim, compreendermos que, antes de tudo, somos Espírito. Razão pela
qual a afirmativa de Jesus, a seguir
apresentada, não é poesia vã, mas uma realidade que devemos, para o bem pessoal
e coletivo, fixar como permanente chama de nossa trajetória: “Eu sou a árvore, vós sois os ramos. (...)
Sem mim, nada podereis fazer” (Evangelho, segundo João, 15:5).
Dirigimo-nos
mais uma vez àqueles que já ingressaram na Terceira Idade e fraternalmente reiteramos
que jamais se aposentem da vida.
Pelo contrário, sejam idosos de visão
avançada, prenhes de sabedoria e com
uma disposição idealística de causar boa inveja a um rapaz ou a uma moça
repletos de saúde e denodo.
José de Paiva Netto ― Jornalista,
radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br —
www.boavontade.com
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