sexta-feira, 26 de abril de 2013

Humanidade



A grande família Humanidade
Paiva Netto

Embora a realidade contemporânea ofereça-nos panorama de violência doméstica; de número cada vez maior de jovens envolvendo-se com drogas; da própria descoberta da sexualidade, pelas crianças, pulando etapas importantes na sua formação psicológica; na contramão desses tristes fatos, pesquisas também relatam que até mesmo “os mais modernos”, na hora em que a porca torce o rabo, vão procurar apoio na casa da mamãe ou da vovó...
Respeito a opinião dos que apontam como certa a falência da família. Todavia, questiono o raciocínio de afirmarem que o seu valor, no fortalecimento da sociedade, chegou ao fim. Ora, ela não existe sem a família. E nenhuma transformação na Terra tem sido pacífica.
No 9o Congresso da Mocidade Legionária da LBV, 1984, declarei que – num mundo constantemente ameaçado pela selvageria, convém lembrar que, pela queda das barreiras de espaço e tempo, quanto mais anunciam seu fim, a família cresce e passa a chamar-se Humanidade. Não estamos, no século da bomba de hidrogênio, a coberto de coisa alguma, mesmo que aconteça aos antípodas... Num período de profundas mutações, todos precisam de auxílio. O “bloco do eu sozinho” deixará de ter vez, apesar da globalização e das muitas análises contraditórias feitas sobre ela. Não são apenas os videntes de fim de ano que erram... Os analistas dos fatos sociais, políticos e econômicos também. A carência crescente de bom senso no mundo forçará o ser humano, por intensa necessidade, a recompor a família, família universal, a Humanidade, ainda que tendo algumas ovelhas transviadas.…

E a família? Sobrevive!
A família está acabando? Não. Está evoluindo, como é natural. E dentro de toda a confusão desta passagem de milênio, por mais incrível que pareça aos apressados, ela está, embora aos trancos e barrancos, à procura de Algo, que um dia descobrirá ser Deus — com um nome ou nome algum —, que é Amor, sem o qual o indivíduo não pode subsistir dignamente, porquanto, querendo ou não, faz parte Dele. Anotou Paulo Apóstolo, na Segunda Epístola aos Coríntios, 6:16: — “Vós sois o Templo do Deus vivo”.

Sem traulitada no crânio
E continuei: Nada sobrevive sem Amor. Um dia, chegaremos a essa feliz compreensão. A mudança dos costumes é um procedimento mais antigo do que muita gente pensa... Está causando espécie, porque a sua rapidez aumentou bastante e a mídia aí está em plena ação. Vejam bem como o processo é remoto: quando um primata qualquer resolveu não mais usar traulitada no crânio para seduzir a sua escolhida, certamente alguns daquele tempo temeram “tamanho absurdo”: “Isto é um perigo, onde é que está o respeito? Dessa maneira a família está fadada ao mais triste fim”.
E não foi nada disso... O que ocorria era efeito da evolução. Afinal, mulher não é caça. A família só acabaria caso não houvesse Amor. E este não termina jamais, visto que está para o espírito como o oxigênio para o corpo.

A consideração de Fernanda
Gosto de citar o exemplo da grande atriz Fernanda Montenegro, quando, num programa de TV, perguntaram-lhe: “Você acha que o teatro está acabando?”. Com finura respondeu: “O teatro é como a família; desde pequena ouço falar que ela vai acabar, e ela continua aí”.
Certíssima, a querida Fernanda: a família evolui, porém não morrerá nunca. O Amor, se autêntico, sempre vence! Pode demorar, mas triunfa, mesmo porque temos várias existências que se vão complementando até a nossa integração total em Deus, que é – como com insistência repetimos – justamente Amor (Primeira Epístola de João, 4:8). Numa época de tanta azedia, é vital que mais se acredite nele. Em períodos de intensas reformas, geralmente se peca pelo exagero. Aí então é que o Amor se torna imprescindível. Quando há seca, suplicamos chuva.
Ora, a violência alcançou planos absurdos. Contudo, virá a época de equilíbrio. Todo excesso cansa, enfara e é lançado fora. Quanto mais se estende um elástico, mais ele volta sob o impacto da esticada que se lhe deu. E pode atingir a face de quem o puxou com ímpeto. É conclusão da Física. A Terceira Lei de Newton, plenamente em vigor.  

José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Oração



Orar fortalece
Paiva Netto

Ao deitar-me, no amanhecer de um dia longínquo, como de costume elevei uma oração a Deus, na esperança filial de merecer Sua piedosa atenção. Ao abrir minha Alma ao Pai Celeste, senti Sua compassiva influência vibrando em meu Espírito. E não há nesta afirmativa qualquer jactância, porque Jesus nos ensina que “o Reino de Deus está dentro de nós” (Evangelho segundo Lucas, 17:21).

Ah! Que excelso prazer é usufruirmos de uma gotinha que seja da Sua Caridade! É conforto seguro neste mundo de ardentes e contínuas batalhas. Desse indizível contentamento foi merecedora, por persistente e humilde, a Mãe suplicante que almejava a saúde perfeita para sua filhinha (Evangelho segundo Mateus, 15:21 a 28).

A Mulher Cananeia
Ao procurar Jesus, a desvelada mãe, que era da região dos cananeus, perseverou firmemente no intento de conseguir socorro para a filha, que se achava perturbada.
Antes, porém, de ajudá-la, o Cristo quis pôr à prova a Fé que possuía. Disse-lhe Ele: ‘— Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos’.

Ela, contudo, insistiu: ‘— Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos’.

Diante disso, Jesus afirmou: ‘— Ó mulher, quão grande é a tua fé! Faça-se contigo conforme desejares. E, desde aquele momento, sua filha ficou curada’.

Refiro-me a essa passagem da Mulher Cananeia, na Boa Nova do Cristo, consoante o primeiro Evangelista, para lembrar a necessidade do desprendimento e da paciência para a conquista das promessas do Altíssimo.

Convém recordar essa declaração do saudoso jornalista, escritor e poeta Alziro Zarur (1914-1979), em dezembro de 1974, na cidade de Glorinha, Rio Grande do Sul, Brasil: “As coisas divinas requerem sacrifício”.


José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Sociedade Solidária!



Educação afasta o racismo
Paiva Netto

Evidenciar o respeito às diferentes etnias pavimenta a vivência pacífica entre seres humanos e nações. Há poucos dias, a Boa Vontade TV (canal 23 da SKY) abordou, no programa “Sociedade Solidária”, o Estatuto da Igualdade Racial, instituído pelo governo do Brasil em 20/7/2010. Uma entrevista com o dr. Marco Antonio Zito Alvarenga, advogado criminalista e presidente do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo (CPDCN), trouxe-nos especial contribuição.   
Da sua palavra, este trecho esclarecedor: “O Estatuto da Igualdade Racial, na verdade, não tem uma efetividade do poder de punir. Ele define o que é racismo, define políticas públicas, define o que deve ser feito no sentido da diminuição do fosso entre negros e brancos, indígenas... O que deve ser aplicado legalmente para a punição é a Constituição Federal primeiro, que prevê o crime de racismo como inafiançável e que não prescreve. Depois, a Lei 7.716/89, que prevê pena de um a cinco anos para racismo; e mais ainda o artigo 140, parágrafo 3o do Código Penal, que prevê o tipo penal definido como injúria racial. Então, esses são os instrumentos legais. Agora, não basta só isso”.
Atentemos, pois, para a prática que o dr. Marco Antonio aponta. A observância legal enriquece nossa cultura e, por consequência, valoriza todas as etnias que formam a sociedade brasileira: “Sou um apaixonado pelo Direito Penal, mas acho que o racismo tem que ser banido não através da punição, mas também pela educação. E pela educação é que vamos visibilizar a importância do povo negro na construção deste país. E para que isso ocorra, há que se aplicar a Lei 10.639/03. Que lei é essa? É a lei que prevê a aplicação, ou seja, o aprendizado da história da população negra ou do afro desde sua origem. E a importância disso não é só para os negros, é também para os não negros, que assim terão uma visão diferenciada da nossa participação na construção deste país”.
A experiência do dr. Marco Antonio Zito Alvarenga na militância pela justa causa da igualdade racial merece ser levada em consideração.

DALCIDES BISCALQUIN LANÇA LIVRO E CD

Todos temos algo de bom a oferecer ao mundo. Observamos isso no livro “Por onde o amor me leva” e no CD “Alma & Coração” que o escritor, jornalista e cantor Dalcides Biscalquin lançou recentemente. Falando à Super Rede Boa Vontade de Comunicação, ele comentou: “Quando escrevi ‘Por onde o amor me leva’, eu pensava em ajudar aquelas pessoas que estão mais necessitadas, sozinhas, que passam por um período difícil. É isso que quero com esse livro”.
Agradeço seu estímulo aos Legionários da LBV: “Parabéns pelo trabalho de vocês! E que bom, nesse momento, a gente estar junto como parceiros, porque nosso objetivo é o mesmo. Minha mãe me dizia que queria sempre ajudar as obras que vocês têm, de Boa Vontade, e ela sempre ajudou. Hoje, olho o trabalho de vocês e digo: ‘Que bom que Deus fala ao mundo por vocês’”.
Grato ainda ao estimado Dalcides pelas mensagens que me enviou em seu livro e CD, respectivamente: “Sempre olho para a LBV como um sinal de que Deus acredita na Humanidade! Com amor e paz”; ePaiva Netto, sempre admiro seu trabalho. Você e sua obra são sinais do Amor de Deus”.
A generosa Alma do autor está bem descrita pela jornalista Mariana Godoy, no prefácio do livro: “A experiência acadêmica vivida por Dalcides lhe deu a certeza de que seu trabalho nesta vida é ajudar o próximo a compreender o que ele compreende: o poder do amor”.

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Faça a sua parte




Ajude a mudar

Com um trabalho voltado à educação e à assistência social, a Legião da Boa Vontade (LBV) vem transformando para melhor a vida de milhares de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos em todo o território nacional. Para manter esse trabalho e aprimorá-lo cada vez mais, a Instituição sempre tem contado com a ajuda de todos os que desejam viver em um país mais justo e solidário.

Por esse motivo, a LBV deu início à edição de 2013 da Campanha Eu ajudo a mudar!, que visa mobilizar a sociedade a ajudar na manutenção dos programas e campanhas socioeducacionais e, consequentemente, contribuir para que o Brasil vença seus grandes desafios.

No ano passado, a Legião da Boa Vontade prestou mais de 10 milhões de atendimentos e benefícios à população de baixa renda. O intuito da mobilização é ampliar e aprimorar as ações desenvolvidas, a fim de que mais famílias possam ter resgatadas sua cidadania e felicidade.

Com a ajuda de todos, mudamos o Brasil. Saiba mais em www.lbv.org. Informações: (11) 3225-4500. Siga a LBV pelo Twitter (@LBVBrasil) e pelo Facebook (LBVBrasil).