terça-feira, 14 de setembro de 2021

 

Solidariedade: um caminho para a Paz

Paiva Netto

 

A Paz desarmada jamais resultará apenas dos acordos políticos, todavia, igualmente, de uma profunda sublimação do espírito religioso. Como grandes feitos muitas vezes têm suas raízes em iniciativas simples, mas práticas e verdadeiras, de gente que, com toda a coragem, partiu da teoria para a ação, com a força da autoridade de seus atos universalmente reconhecidos, valhamo-nos deste ensinamento de Abraão Lincoln (1809-1865): “Quando pratico o Bem, sinto-me bem; quando pratico o mal, sinto-me mal. Eis a minha religião”. Ora, ninguém nunca poderá chamar o velho Abe de incréu...

Dinheiro e fama podem tornar-se um pesado fardo para o ser humano. Dificilmente trazem felicidade. A não ser à medida que correspondam a benefícios promovidos em favor do coletivo. Eis um caminho para a Paz entre aqueles que tudo têm e os que necessitam de auxílio: Solidariedade.

Quando você compreende o sentido da renúncia, aprende a amar. É nesse momento que a felicidade genuinamente se apossa do seu coração. Lição do Bhagavad-Gita“Conhece a Paz quem esqueceu o desejo”.

 

Pensamento firmado na Paz

Transformações perenes com frequência surgem nos instantes de grande agitação histórica. Os tenazes crescem em tempos de refrega. Se o fizerem com o pensamento firmado na Paz, o efeito de seus esforços marcará sua passagem pela Terra com o sinete da Luz. O ilustre médico brasileiro Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti (1831-1900) ensinava que, “se aspiramos transmitir a Paz, se queremos elevar o coração da criatura, não podemos prescindir, em nossas vidas, de uma profunda e radical mudança na busca do fortalecimento da Fé e do entendimento dela”.

 

O efeito da Justiça será a Paz

Os povos geralmente conseguem sobreviver às maiores confusões que lhes atravessam o caminho. É muito boa essa teimosia, esse bom senso de tanta gente que fundamenta as suas ações na Coragem, como também no Amor, no Bem, na Solidariedade, na Fraternidade e na Razão esclarecida pelo raciocínio iluminado por Deus. No entanto, nunca no fanatismo.

Tamanho denodo é que tem feito a humanidade subsistir a tanta loucura. A seguinte lição de Isaías, no seu livro do Antigo Testamento da Bíblia Sagrada (32:17), referenda essa realidade quando afirma: “O fruto da Justiça será Paz, e a operação da Justiça, repouso e segurança para sempre”.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.brwww.boavontade.com

 

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

 

Solidária expansão do Capital de Deus

 

Paiva Netto

 

Não há limites para a solidária expansão do Capital de Deus: o ser humano com o seu Espírito Eterno. Avancemos um pouco mais: o Espírito Eterno do ser humano, o Cidadão Espiritual!

No porvir, essa Divina Verdade se tornará uma certeza irrefragável para a consciência humana: finalmente compreender que o Espírito Imortal esclarecido é o moto-perpétuo de todo o desenvolvimento sem poluições e também o inderrotável advogado de defesa da paz desarmada. A Alma integrada no Criador promove o progresso sem destruição, algo que prego há décadas.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

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domingo, 12 de setembro de 2021

 

Perspectiva de conhecimento não é sabedoria

 

Paiva Netto

 

Em Crônicas & Entrevistas (2000), argumento que determinados pensadores, quando ingressam na área da intuição, da existência eterna, vez por outra se assemelham a crianças pequenas e inexperientes, como que engatinhando nesse campo, a ponderar que o Espírito tenha a ver unicamente com terrores sobrenaturais, como nos filmes de Hollywood (...). Será que tudo o que há no Universo já foi alcançado pela noção intelectual contemporânea? O nosso presente desenvolvimento mental é o limite da sabedoria? Ora, o ser humano nem atingiu o nível de conhecimento pleno, mas apenas alguma perspectiva dele, do contrário não se destruiria, a todo instante, em guerras e mais guerras de todos os matizes e no extermínio do planeta onde vive, reconhecidamente a sua única morada. Pode haver maior loucura que essa?

 

Candide e o massacre do mundo

Até há pouco tempo, inteligências consideradas entre as maiores, não sabemos por quais interesses movidas, “inteligentemente” negavam tamanha realidade que hoje, para dizer o mínimo, já nos oprime: estamos a arrasar a Terra. Mas, apesar de tudo isso, ainda há quem acredite viver no melhor e mais seguro dos mundos, como o pasmante Candide, de Voltaire (1694-1778). Razão plena goza o velho Eça de Queiroz (1845-1900), autor da magnífica página “O Suave Milagre”, ao afirmar que “a Ciência realmente só tem alcançado tornar mais intensa e forte uma certeza: a velha certeza socrática da nossa irreparável ignorância. De cada vez, sabemos mais... que não sabemos nada”.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

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sábado, 11 de setembro de 2021

                                                      11 de Setembro hoje

“Às vítimas do 11 de Setembro, a fraterna homenagem da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, a Religião do Terceiro Milênio, Religião do Amor Universal.”

 

Paiva Netto

 

Mais de duas décadas se passaram desde o fatídico 11 de setembro de 2001. De lá para cá, muita coisa mudou no cotidiano dos povos. A privacidade, avis rara num mundo globalizado, foi praticamente banida do convívio social. Leis mais rígidas foram implementadas, classificando, por exemplo, nas viagens de avião, muitos objetos de uso pessoal como possíveis armas letais.

O ataque às Torres Gêmeas e ao Pentágono, símbolos do poder econômico e militar americano, representa uma forte e clara sensação de insegurança.

 

A casa de todos nós

Em Jesus, o Profeta Divino, que lancei durante a 15a Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, em 2011, no capítulo “Planeta Terra: a casa de todos”, transcrevo trecho do discurso do presidente dos Estados Unidos John Fitzgerald Kennedy (1917-1963), proferido em 10 de junho de 1963, em Washington, D.C., muito propício à reflexão de todos: “(...) Não sejamos, pois, cegos quanto a nossas diferenças, mas dirijamos também a atenção para nossos interesses comuns e para os meios pelos quais as diferenças possam ser resolvidas. Se não pudermos, agora, pôr paradeiro a elas, poderemos, pelo menos, auxiliar a proporcionar segurança ao mundo — não obstante nossas dificuldades —, pois, em última análise, nosso elo comum e básico está em todos nós habitarmos este planeta. Respiramos todos o mesmo ar. Todos prezamos pelo futuro de nossos filhos. E todos somos mortais (...)”.

Pari passu a esse salutar convite de Kennedy, é primordial, por intermédio da prece, da meditação, estabelecer uma sintonia elevada com os poderes superiores, sempre aptos a nos intuir a superar os obstáculos que a vida impõe.

 

Como vencer nas contrariedades

Ainda na obra Jesus, o Profeta Divino, uma das mais vendidas na Bienal do Rio, afirmo que quem está com o Divino Mestre nada pode temer, mesmo nos piores momentos da existência. Ele nos fortalece em Sua Boa Nova consoante João, 14:18, e Mateus, 28:20, dizendo: “Eu não vos deixarei órfãos e estarei convosco, todos os dias, até ao fim do mundo”. Para esses seguidores fiéis, o oportuno ensinamento do Apóstolo Pedro (Primeira Epístola, 2:15) sobre a origem da verdadeira força e do genuíno poder: “(...) essa é a vontade do Pai Celestial — que, praticando o Bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos”. Desta forma comportou-se Jesus perante os opositores: com Seu modo firme de agir, dando incessante testificação do Poder Divino, não deixava de fazer o Bem, ao mesmo tempo em que o pregava pelos caminhos. Eis, portanto, Quem é e por que é — “a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos, e o Soberano dos reis da Terra, que nos ama e pelo Seu sangue (os exemplos) nos libertou dos nossos pecados” (Apocalipse, 1:5), mostrando-nos como vencer neste mundo de contrariedades: perseverar Nele e no Pai até ao fim, levando o benefício celeste a todas as criaturas, porquanto é com esse conhecimento que, antes de tudo, poderá ser concretizado o definitivo aperfeiçoamento da sociedade, posto que, como há muito lhes tenho falado, a reforma do social vem pelo espiritual.

Às vítimas do 11 de Setembro e às inúmeras outras de tragédias perpetradas pelo ódio, em todo o mundo, a fraterna homenagem da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, a Religião do Terceiro Milênio, Religião do Amor Universal.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

                                                                                          paivanetto@lbv.org.brwww.boavontade.com

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

 

Milagres existem. Só que, perante a Lei de Deus, não são milagres

 

Paiva Netto

 

No início da década de 1980, respondendo à pergunta de um jovem repórter, declarei-lhe que milagres existem. Só que, perante a Lei de Deus, não são milagres.

Um dia, o Mecanismo Celeste que os rege será desvendado pela Ciência humana.

Nessa ocasião magnífica, mais comovente será o entendimento dele. E os milagres se multiplicarão, porque seremos mais bem versados em sua legislação excelsa.

O próprio Jesus afirma, em Seu Evangelho, segundo João, 14:12: “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que Eu faço, e as fará maiores do que estas, porque Eu vou para meu Pai [e vós permanecereis na Terra]”.

 

A existência de Deus

O Mecanismo das Leis Divinas, que regem a vida no Cosmos, pode ser visto como um milagre pela nossa atual compreensão, que segue em desenvolvimento.

Numa época, mesmo que distante, desvelaremos a Sua Essência Sublime.

Quando em definitivo aliarmos mente e Fé, razão e Amor Fraterno, isso se tornará realidade. Seremos testemunhas, então, de um milagre novo, que promoverá a Sociedade Ideal, a realmente Generosa, por consequência SolidáriaAltruística e Ecumênica. Porquanto, esse é o supremo objetivo da Fé Realizante, isto é, a Fé que se mobiliza pela transformação da comunidade. Teremos finalmente entendido que o Amor, ou a falta dele, define o caráter dos Espíritos, dos seres humanos, dos povos e das nações.

 

Fato sobrenatural

Ora, o singular fato de vivermos em nosso planeta já é acontecimento, digamos, sobrenatural, que os maiores cientistas ainda não deslindaram ao certo.

Enquanto os cultores da razão perscrutam os caminhos do Conhecimento Superior, continuemos exercendo o milagre do trabalho, orando e vigiando, consoante determina Jesus no Seu Evangelho, segundo Marcos, 14:38, e Mateus, 26:41: “Vigiai [trabalhai] e orai, para não cairdes em tentação. O Espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca”.

Voltaremos ao assunto.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

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quinta-feira, 9 de setembro de 2021

 

Humildade ante a Sabedoria

Paiva Netto

 

Heráclito de Éfeso, nascido no sexto século a.C., foi um filósofo pré-socrático grego, considerado o “pai da dialética” e membro da aristocracia de sua cidade — na qual, segundo a tradição, morreu João, Evangelista e Profeta, quase centenário. O pensador helênico assim preconizava: “Tudo flui, nada permanece. Não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, pois suas águas não são mais as mesmas e nós não somos mais os mesmos”.

Realmente, assim o é, porque as águas do saber não distinguem fronteiras e transformam todos aqueles que têm coragem de beber de sua fonte. Contudo, quem a ela recorre jamais poderá prescindir da Ética para que não a torne em antissaber, isto é, o emprego criminoso da informação e do conhecimento, que ainda tanto se pratica na Terra.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

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quarta-feira, 8 de setembro de 2021

 

Estamos corpo, Mas somos Espírito

Paiva Netto

 

Nós somos Espírito, apenas estamos carne. Nossa essência, portanto, é imortal, porque Deus é Espírito, consoante revelou Jesus à mulher samaritana, no poço de Jacó: “Deus é Espírito; e importa que os Seus adoradores O adorem em Espírito e Verdade” (Evangelho, segundo João, 4:24).

Logo, fomos originalmente concebidos por Deus como Espíritos Eternos: Deus criou o ser humano à Sua imagem e semelhança (Gênesis, 1:27).

Tratar dos assuntos da Alma é uma extraordinária provocação lançada às inteligências perquiridoras, pois abre novos horizontes ao entendimento do que é infinito. Ao se derribar a limitação imposta aos seres humanos — o túmulo —, descortina-se nas mentes a perspectiva de uma existência que é eterna; portanto, a exigir muita responsabilidade nos atos de todos diante da Justiça Divina e das futuras gerações que, pelas vidas sucessivas, herdarão o planeta. A visão de que somos imortais imprime coragem e inteligência ao cotidiano da criatura na superação dos obstáculos, das lutas encarniçadas que travamos neste mundo. Por isso, jamais se deve cogitar o suicídio, que acrescenta às dificuldades enfrentadas na carne severos desafios e sofrimento imensurável à Alma.

Aos que possuem a grande tarefa de levar a bandeira do Espírito às mentes, não basta ser intrépido. É preciso ser inteligente e estar sob a inspiração de Deus; ser estratégico, tático, na disseminação desse bendito ideal.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

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terça-feira, 7 de setembro de 2021

 

A virtude da temperança

Paiva Netto

 

Não haverá Paz duradoura enquanto prevalecerem privilégios injustificáveis, que desonram a condição humana, pela ausência de Solidariedade, que deve iluminar homens e povos. Escreveu Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865): “A paz obtida com a ponta de uma espada não passa de uma simples trégua”. Por isso, nestes milênios de “civilização”, milhões morreram sob a chacina das armas, da fome e da doença. (...)

Jesus sempre pregou e viveu a Fraternidade Ecumênica. Como realmente acreditamos no Divino Chefe, temos de batalhar pelo que apresentou como solução para os tormentos que ainda afligem as nações. A temperança é virtude indispensável nesta peleja. Entretanto, diante dos desafios, não confundamos pacifismo com debilidade de caráter.

Bem a propósito, estas palavras da autora Eleanor L. Doan (1914-2010): “Qualquer pusilânime pode louvar a Cristo, todavia é preciso ânimo forte para segui-Lo”. 

Não podemos também nos esquecer dos exemplos dos cristãos primitivos, mas, sim, neles buscar a vivência que precisa ser repetida neste mundo, qual seja, a da Paz: “Da multidão dos que creram, era um o coração e a alma. (...) E assim, perseguidos por todos os meios, passaram a viver em comunidade, não havendo necessitados entre eles, porque todos se socorriam, cada qual com o que possuía” (Atos dos Apóstolos de Jesus, 4:32 a 34).

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.brwww.boavontade.com

 

 

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Meio ambiente e Apocalipse

Paiva Netto

 

Dezesseis de setembro é o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, da qual dependemos para não morrer torrados. Sem ela, ficaríamos completamente vulneráveis aos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Alertamento que podemos divisar no Apocalipse de Jesus, em “O Quarto Flagelo”, 16:8 e 9: “O quarto Anjo derramou a sua taça sobre o Sol, e lhe foi dado afligir os homens com calor e fogo. Com efeito, os homens se queimaram com o intenso calor, e blasfemaram o nome de Deus que tem a autoridade sobre estas pragas, e não se arrependeram para lhe darem glória”. Voltarei ao assunto.

Em 21/9, comemoramos o Dia da Árvore. Destaco, por oportuno, a iniciativa, de abrangência global, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. No site da United Nations Environment Programme (www.unep.org), encontramos detalhes dessa desafiadora empreitada: “Pessoas, comunidades, empresas, indústrias, organizações da sociedade civil e governos são incentivados a fazer um compromisso de participação on-line. A campanha encoraja o plantio de árvores nativas e árvores que são apropriadas para o meio ambiente local. Até o final de 2009, mais de 7,7 bilhões de árvores já tinham sido plantadas no âmbito desta campanha – muito acima da meta de 7 bilhões de árvores – por participantes de 170 países. (...) As árvores desempenham um papel crucial como componentes fundamentais da biodiversidade que constitui a base das redes da vida e dos sistemas, permitindo-nos saúde, bens, alimentação, combustível e outros serviços ecossistêmicos dos quais a nossa vida depende. Elas ajudam a fornecer ar puro, água potável, solos férteis e um clima estável. Os bilhões de árvores plantadas por meio do esforço coletivo dos participantes da campanha contribuirão significativamente para a biodiversidade em todo o planeta”.

O Brasil, muitas vezes castigado com a seca e as queimadas, tem muito a recuperar de sua flora destruída pelos incêndios, grande parte deles lamentavelmente provocada pelo próprio ser humano.

E não fechemos nossos ouvidos ao Cerrado brasileiro, que segue pedindo socorro. Sua extinção traria graves consequências para todos.

 

Preservação da Natureza

A LBV desenvolve em suas unidades socioeducativas a consciência ambiental desde a mais tenra idade.

Há décadas, a Legião da Boa Vontade desenvolve diversas campanhas educativas pela preservação da Natureza. Na Super Rede Boa Vontade de Comunicação (TV, rádio, publicações e internet), é divulgado com frequência conteúdo sobre o tema. Por meio de entrevistas e reportagens, dá-se ênfase às atividades que visam diminuir o impacto das ações humanas no meio ambiente, além do incentivo ao plantio de árvores.

 

Fé, Esperança e Vida Eterna

Não obstante os benefícios para a qualidade de vida dos seres vivos de nossa morada coletiva, a árvore, durante milênios, foi considerada símbolo de fé, esperança e poder. Resumindo: Vida e Espiritualidade. No Antigo Testamento da Bíblia Sagrada, o Profeta Jeremias (17:7 a 10) prediz: “Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto. Enganoso é o coração humano, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá compreender? Eu, porém, que sou o Senhor, sondo rins e corações, a fim de recompensar a cada um segundo o seu comportamento e os frutos de suas ações”.

Já na Nova Escritura, o Evangelista João registra no capítulo 15, versículo 5, este ensinamento basilar do Cristo Ecumênico, o Divino Estadista: “Eu sou a Árvore, vós sois os ramos. Quem comigo permanece e Eu nele, esse dá muito fruto. Nada podereis fazer sem mim”.

O livro que fecha a Bíblia, o Apocalipse de Jesus, na Sétima Bem-Aventurança, 22:14, anuncia: “Bem-Aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à Árvore da Vida Eterna, e entrem na cidade pelas portas”.

Essas são algumas das muitas passagens em que a palavra “árvore” é citada nos textos bíblicos, convidando-nos a refletir sobre o respeito e admiração que devemos ter para com esse ser vivo, aliás, fundamental para a sobrevivência de todos nós.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.brwww.boavontade.com

 


domingo, 5 de setembro de 2021

 

Meio ambiente e Apocalipse

Paiva Netto

 

Dezesseis de setembro é o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, da qual dependemos para não morrer torrados. Sem ela, ficaríamos completamente vulneráveis aos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Alertamento que podemos divisar no Apocalipse de Jesus, em “O Quarto Flagelo”, 16:8 e 9: “O quarto Anjo derramou a sua taça sobre o Sol, e lhe foi dado afligir os homens com calor e fogo. Com efeito, os homens se queimaram com o intenso calor, e blasfemaram o nome de Deus que tem a autoridade sobre estas pragas, e não se arrependeram para lhe darem glória”. Voltarei ao assunto.

Em 21/9, comemoramos o Dia da Árvore. Destaco, por oportuno, a iniciativa, de abrangência global, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. No site da United Nations Environment Programme (www.unep.org), encontramos detalhes dessa desafiadora empreitada: “Pessoas, comunidades, empresas, indústrias, organizações da sociedade civil e governos são incentivados a fazer um compromisso de participação on-line. A campanha encoraja o plantio de árvores nativas e árvores que são apropriadas para o meio ambiente local. Até o final de 2009, mais de 7,7 bilhões de árvores já tinham sido plantadas no âmbito desta campanha – muito acima da meta de 7 bilhões de árvores – por participantes de 170 países. (...) As árvores desempenham um papel crucial como componentes fundamentais da biodiversidade que constitui a base das redes da vida e dos sistemas, permitindo-nos saúde, bens, alimentação, combustível e outros serviços ecossistêmicos dos quais a nossa vida depende. Elas ajudam a fornecer ar puro, água potável, solos férteis e um clima estável. Os bilhões de árvores plantadas por meio do esforço coletivo dos participantes da campanha contribuirão significativamente para a biodiversidade em todo o planeta”.

O Brasil, muitas vezes castigado com a seca e as queimadas, tem muito a recuperar de sua flora destruída pelos incêndios, grande parte deles lamentavelmente provocada pelo próprio ser humano.

E não fechemos nossos ouvidos ao Cerrado brasileiro, que segue pedindo socorro. Sua extinção traria graves consequências para todos.

 

Preservação da Natureza

A LBV desenvolve em suas unidades socioeducativas a consciência ambiental desde a mais tenra idade.

Há décadas, a Legião da Boa Vontade desenvolve diversas campanhas educativas pela preservação da Natureza. Na Super Rede Boa Vontade de Comunicação (TV, rádio, publicações e internet), é divulgado com frequência conteúdo sobre o tema. Por meio de entrevistas e reportagens, dá-se ênfase às atividades que visam diminuir o impacto das ações humanas no meio ambiente, além do incentivo ao plantio de árvores.

 

Fé, Esperança e Vida Eterna

Não obstante os benefícios para a qualidade de vida dos seres vivos de nossa morada coletiva, a árvore, durante milênios, foi considerada símbolo de fé, esperança e poder. Resumindo: Vida e Espiritualidade. No Antigo Testamento da Bíblia Sagrada, o Profeta Jeremias (17:7 a 10) prediz: “Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto. Enganoso é o coração humano, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá compreender? Eu, porém, que sou o Senhor, sondo rins e corações, a fim de recompensar a cada um segundo o seu comportamento e os frutos de suas ações”.

Já na Nova Escritura, o Evangelista João registra no capítulo 15, versículo 5, este ensinamento basilar do Cristo Ecumênico, o Divino Estadista: “Eu sou a Árvore, vós sois os ramos. Quem comigo permanece e Eu nele, esse dá muito fruto. Nada podereis fazer sem mim”.

O livro que fecha a Bíblia, o Apocalipse de Jesus, na Sétima Bem-Aventurança, 22:14, anuncia: “Bem-Aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à Árvore da Vida Eterna, e entrem na cidade pelas portas”.

Essas são algumas das muitas passagens em que a palavra “árvore” é citada nos textos bíblicos, convidando-nos a refletir sobre o respeito e admiração que devemos ter para com esse ser vivo, aliás, fundamental para a sobrevivência de todos nós.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

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sábado, 4 de setembro de 2021

 

Construir a Paz Global

Paiva Netto

 

A crescente violência urbana, a irresponsabilidade no trânsito, que segue multiplicando vítimas, as relações fragilizadas entre determinados países, a fome em muitas partes do planeta, enfim, esses e outros fatores indicam que se deve repensar atitudes e providências na construção cotidiana da paz global.

Na nova edição do meu livro Jesus e a Cidadania do Espírito (2019), comento que, em certos casos, o fim da guerra fria em pouco ou nada arrefeceu rancores e ódios humanos, sociais, políticos, econômicos, religiosos. O 32o presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt (1882-1945), em 5 de setembro de 1939, após a lamentável irrupção da Segunda Guerra Mundial — que ocorreu em 1o de setembro, com a invasão da Polônia pelas tropas alemãs de Adolf Hitler (1889-1945) —, dirigiu-se ao povo norte-americano em discurso transmitido pelo rádio, destacando: “Quando a paz é quebrada em qualquer lugar, a paz de todos os países de todos os lugares é ameaçada”.

Conforme escrevi em Reflexões e Pensamentos — Dialética da Boa Vontade (1987) e também na Folha de S.Paulo, em 11 de dezembro de 1988, o combate à violência no mundo começa na luta contra a indiferença à sorte do vizinho. Não sou pessimista, acredito no futuro. Mas ainda há insegurança e crueldade por toda a parte.

 

Maiores predadores

Fala-se em Paz. Contudo, mensagem de expressivo sentido encontra-se na Primeira Epístola do Apóstolo Paulo aos Tessalonicenses, 5:3: “Quando andarem dizendo: ‘Paz, segurança!’, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vem a dor do parto àquela que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão”.

Não estejamos nós contribuindo para a concretização desse quadro, incluído o fato de que pela nossa ação diária somos os maiores predadores do nosso lar coletivo, a Terra, e nisso se concentra o pior perigo. Temos de interromper o emporcalhamento (Isaías, 24:1, 5 e 6) do que nos cerca e, por consequência, parar de destruir vidas. Uma sugestão aos que não têm medo de pensar: leiam, por favor, os fraternos alertamentos do Evangelho e do Apocalipse do Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, sobre a transição dos tempos, até mesmo “a Grande Tribulação, como nunca houve, desde a fundação do mundo, nem jamais se repetirá”, de acordo com a Sua advertência no Evangelho, segundo Mateus, 24:3 a 28; Marcos, 13:3 a 23; e Lucas, 21:7 a 24.

 

Amor e repreensão

As anomalias climáticas são justamente grave anúncio sobre a realidade das admoestações do Professor Celeste no Novo Testamento da Bíblia Santa. (...) Ora, quem adverte ama. Razão por que Jesus, na Carta à Igreja em Laodiceia, declara: “Aqueles a quem amo, repreendo e castigo” (Apocalipse, 3:19).

Diante disso, o Livro das Profecias Finais pode ser entendido como carinhosa e preocupada admoestação, por conseguinte, um recado do Amor de Deus às Suas criaturas. Perseveremos nos sublimes ensinamentos do Pai Celestial, os quais nos fortalecem para enfrentar com bravura tempos de grande provação, fundamentando nossas esperanças no Divino Criador, que nunca nos abandona. Lembremos sempre a assertiva do saudoso fundador da Legião da Boa Vontade, Alziro Zarur (1914-1979): “Não há segurança fora de Deus”.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

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sexta-feira, 3 de setembro de 2021

                                         Ciência, tecnologia e diferencial feminino

Paiva Netto

 

Em minha coluna no Jornal de Brasília, da capital federal do Brasil, datada de 3 de março de 2015, escrevi que não é surpresa o fato de a internet se ter transformado em ferramenta imprescindível em nossa rotina. Ao ser acessada, vêm abaixo fronteiras antes intransponíveis à maioria da população. Entretanto, tenho frequentemente asseverado  também para o bom uso do meio cibernético  que Educação é poder. Sem o devido ensino, aliado aos valores da Espiritualidade Ecumênica, o manuseio desse influente recurso pode ser desastroso. Por isso, urge intensificar eficientes práticas de orientação, desde a infância, a fim de que esse progresso extraordinário não se volte contra os próprios usuários e não seja, por consequência, em detrimento da comunidade inteira.

 

Defesa da Mulher

A ilustre educadora, jornalista, poetisa e filantropa brasileira Anália Franco (1853-1919), forte defensora do direito à educação das mulheres e meninas, certa vez, declarou:

 

— É uma necessidade da sociedade recuperar com vantagem o benefício que a humanidade perdeu. Temos muita fé nos esforços da mente humana em prol da educação da mocidade, único meio para a regeneração futura. Não é só desbastando as inteligências que se reformarão as gerações; é preciso penetrar no sentimento e fortificar o coração.

 

Aliás, Anália Franco rompeu barreiras, valendo-se do espírito associativo, para proporcionar abrigo, instrução e acesso ao trabalho digno aos deserdados da sorte. Instituiu uma importante rede de proteção à mulher e a órfãos. Na defesa da mulher, protagonizou, com O Álbum das Meninas — revista literária e educativa lançada por ela, em 30 de abril de 1898 —, a difusão de ideias de liberdade e de igualdade de gênero, de ingresso da mulher nos ensinos básico e profissional e de sua consequente participação efetiva no mercado de trabalho, de seu destacado papel como guardiã e gestora da educação das novas gerações, além do conceito de empoderamento feminino para a necessária mudança na sociedade de seu tempo.

Madame Curie (1867-1934), notável cientista polonesa, primeira mulher a receber o Prêmio Nobel e única personalidade a conquistá-lo em áreas científicas diferentes (Nobel de Física de 1903 e de Química de 1911), foi reconhecida não só pelos esforços e sacrifícios incontáveis em favor do progresso científico, na pioneira pesquisa sobre radioatividade, que lhe custou a própria vida. Quando de seu falecimento, o jornal The New York Times denominou-a “mártir da Ciência” que “contribuiu mais para o bem-estar da humanidade”. O Nobel de Física de 1923, Robert Millikan (1868-1953), à época presidente do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech, na sigla em inglês), em nota acrescentou:

 

— Apesar de constantemente absorvida pelo seu trabalho científico, ela devotou muito do seu tempo à causa da Paz.

 

Essa brilhante mulher, de cujas descobertas surgiram significativas tecnologias para o campo da Medicina, do alto de sua perseverança e espírito humanitário concluiu:

 

— Jamais devemos sonhar em construir um mundo melhor sem o aperfeiçoamento dos indivíduos. Para esse fim, cada um de nós precisa trabalhar pelo próprio progresso e, ao mesmo tempo, compartilhar a responsabilidade geral por toda a humanidade. 

 

Calar as sinistras vozes das armas

Com a força educativa das mulheres e das mães, utilizemos os recursos tecnológicos disponíveis e os que serão ainda criados pela audácia humana para persistir trabalhando no caminho da Paz e da Justiça.

Em Reflexões da Alma (2003), afirmei que, se não desistirmos de lutar pelo Bem, haverá um dia em que as armas terão, por fim, suas sinistras vozes caladas. Neste milênio, que considero o das mulheres, mesmo que demore, os seres humanos entenderão que a essência do poder não se encontra egoisticamente neles próprios, mas, sim, no espírito de Solidariedade, que a todos deve irmanar. Resta muito a ser feito. As futuras gerações esperam de nós atitudes mais ousadas. Se é difícil essa empreitada, comecemos ontem!

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

                                                                                   paivanetto@lbv.org.brwww.boavontade.com