quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018



Reflexão de Boa Vontade
Quebrar as algemas da visão restritiva da escassez

Paiva Netto

Jesus, o Divino Benfeitor, deixou-nos o segredo de Sua postura espiritual e humanitária, a ponto de alimentar uma multidão (...) mesmo na exiguidade de um deserto: “Buscai primeiramente o Reino de Deus e Sua Justiça, e todas as coisas materiais vos serão acrescentadas” (Evangelho, segundo Mateus, 6:33).
Quando nos dispusermos a meditar sobre essa Fórmula Econômica do Cristo, estaremos nos integrando na Competência de Deus, criaturas Dele que somos. Tudo o que se relaciona com produção e distribuição equânime de renda está nessa “Fórmula Urgentíssima de Jesus”, conforme o saudoso fundador da LBV, Alziro Zarur (1914-1979), denominou o referido versículo evangélico. O resultado da aplicação dessa sabedoria, do Reino de Deus e Sua Justiça” — isto é, do pleno conhecimento das Leis Espirituais que regem a Vida no Cosmos, capaz de tornar a Humanidade mais humana e mais espiritualizada —, é justamente abrir a nossa cabeça para que essa Divina Competência se estabeleça em nós. E, assim, não nos aprisionaremos à visão restritiva da escassez de recursos, de bens, de oportunidades de emprego e do que mais o seja. Desta feita, permitiremos que os ilimitados valores do Espírito, tais como o Amor, a Solidariedade, a Generosidade, a Compaixão, o Altruísmo, a Fraternidade, constituam as balizas das soluções de todos os problemas socioeconômicos que afligem os povos. E elas virão por intermédio do esforço conjunto das criaturas esclarecidas por esse Infinito Saber.
Em meu livro Como Vencer o Sofrimento (1990), ponderei: O Amor que se compartilha multiplica-se em quem o divide. Eis a Economia Ecumênica, portanto Solidária e Altruística, fórmula segundo a qual, quanto mais se doa, mais se recebe. Eis o moto-contínuo a impulsionar a vida em comunidade.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

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Trecho extraído do novo livro Tesouros da Alma (Editora Elevação), de Paiva Netto, 304 páginas.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018



Reflexão de Boa Vontade
Preciosos provocadores intelectuais

Paiva Netto

Caros Amigos, prezadas Amigas, preciosos provocadores intelectuais, a existência humana é, de certa forma, como a pesquisa científica. A Ciência é uma provocação diária. É a indagação que não cessa. É a vontade permanente de desvendar, para que se rompam as fronteiras do saber ilimitado.
E essa busca só será plena quando o ser humano finalmente atingir o entendimento do Espírito, pois não existe apenas a dimensão física para examinar. Por isso, a nossa querida Ciência deve permitir-se ultrapassar as balizas da mente, a fim de se deparar com o Todo Universal. Lembro-lhes que Deus é Ciência, e nada mais espiritual do que Ele.
Creio que neste ponto se aplique o que escrevi em “Ciência e Fé na trilha do equilíbrio”, para a 1a sessão plenária do Fórum Mundial Espírito e Ciência (FMEC) — realizada no Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumê­nica, o ParlaMundi da LBV, em Brasília/DF, Brasil, entre os dias 18 e 21 de outubro de 2000 —, e que fiz constar de minha obra Cidadania do Espírito (2001):

Investigar ad infinitum
Nada em Ciência se encontra em sua forma derradeira. Foge à lógica conceber obstáculos intransponíveis — mesmo no campo da investigação da existência do Espírito — para uma especialidade essencial ao desenvolvimento humano, em que pesquisar, analisar, concluir, pesquisar de novo, mais uma vez analisar, para concluir em amplitude de reflexão ad infinitum, representa a base de sua luminosa lide (...). Mormente agora, quando o mundo se transforma tão depressa, e o Amor Fraterno não pode ser esmagado pela frieza, pela ganância, pelo cifrão.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

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Trecho extraído do novo livro Tesouros da Alma (Editora Elevação), de Paiva Netto, 304 páginas.

domingo, 25 de fevereiro de 2018



Reflexão de Boa Vontade
O Amor é o Elo Achado

Paiva Netto

O Amor é a suprema definição da Divindade. É o elo perdido que a criatura busca na imensidão do estudo científico, que, para mais rapidamente progredir no âmbito social, tem de irmanar-se à Fé sem fanatismos, a fim de encontrar esse elo. Há tanto tempo considero que a Ciência (cérebro, mente), iluminada pelo Amor (Religião, coração fraterno), eleva o ser humano à conquista da Verdade!
E o que mais é o Amor?
O Amor é o grande campeão das mais difíceis batalhas. Supera todos os sofrimentos. É Deus. Logo, intensifica sua atitude confortadora quando o desassistido ou o ser amado precisa de socorro.
O Amor não pede para si mesmo.
O Amor oferece o auxílio que o desamparado suplica.
O Amor, com discrição, atende até ao apelo não abertamente expresso.
O Amor não deserta, pois ajuda sempre. Nunca traz destruição. Propicia a Paz.
O Amor não adoece. Ele se renova para recuperar o enfermo do corpo e/ou da Alma. Não promove a fome. Pelo contrário, fornece o alimento.
O Amor instrui e liberta, porquanto reeduca e espiritualiza.
O Amor não constrange, porque confia. Por esse motivo, poetizou Rabindranath Tagore (1861-1941), famoso bardo e filósofo hindu, amigo de Gandhi (1869-1948): “Ó Deus! O Teu Amor liberta, enquanto o amor humano aprisiona”. 
O Amor é tudo: o enlevo da existência, pois afasta o temor.
O Amor, quando verdadeiramente é ele mesmo, sempre triunfa, visto que não coage nunca. Enfim, o Amor governa, porque é Deus, mas igualmente Justiça.
O Amor é o Elo Achado1.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

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1 O Elo Achado (trecho extraído do novo livro Tesouros da Alma, de Paiva Netto — Editora Elevação, 304 páginas) — Aqui, o autor faz uma antítese ao “elo perdido”, expressão utilizada, em 1851, por Charles Lyell (1797-1875), mentor de Charles Darwin (1809-1882). Mais conhecido como “fóssil de transição”, em Paleontologia, diz respeito ao organismo que reúne características dos seus descendentes e antecessores evolutivos, preservadas no registro fóssil. Na investigação da história evolutiva dos seres humanos, procura-se o “fóssil de transição” entre o macaco e o homem. Alguns fósseis de hominídeos têm sido estudados, e o mais famoso é Lucy, um exemplar da espécie Australopithecus afarensis. A busca prossegue, e outros hominídeos já foram descobertos depois de Lucy. Contudo, ainda não se tem a certeza de que sejam o “elo perdido” dessa árvore filogenética, à qual pertencemos.