segunda-feira, 29 de janeiro de 2018



Reflexão de Boa Vontade
Diversos graus do saber

Paiva Netto

Somos todos filhos de um mesmo Pai — ou de um só planeta, consoante imagina a linha do ceticismo, que ainda não admite a realidade de uma Inteligência Celeste Superior. Contudo, o pensamento científico, por força da Razão liberta de dogmas, preconceitos e tabus, chegará lá.
O pensador brasileiro Alziro Zarur (1914-1979) escreveu: “Há tantas religiões quantos são os graus de entendimento da criatura humana, conforme a soma de suas encarnações”.
Analisando a reflexão do grande jornalista, radialista, escritor, filósofo, ativista social e fundador da Legião da Boa Vontade (LBV), posso ecume­nicamente inferir que, pelo mesmo raciocínio, há diversas perspectivas de entendimento da Filosofia, da Política, da Economia, da Arte, do Esporte, da Sociologia, da Física, da Química, da Antropologia, da Psicologia, da Psicanálise, entre outras áreas do saber humano.

Ecumenismo ético
Por isso, o respeito ao pensamento alheio é uma clara definição de Ecumenismo, que, por sua vez, de maneira alguma sugere o abandono de compromissos assumidos perante uma comunidade. Ser ecumênico é também ser responsável; portanto, não ferir elementares princípios de ética.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

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Trecho extraído do novo livro Tesouros da Alma (Editora Elevação), de Paiva Netto, 304 páginas.

sábado, 27 de janeiro de 2018



Reflexão de Boa Vontade
Desafiando o tabu individualista

Paiva Netto

Dentre tantos casos que ilustram a necessidade de o espírito solidário reger a economia nas civilizações, é oportuno ressaltar o brilhante trabalho da dra. Elinor Ostrom (1933-2012), única mulher até hoje a receber o Prêmio Nobel de Economia. Ela e Oliver Williamson foram laureados em 2009, ambos por pesquisas na área de governança econômica.
A saudosa professora da Universidade de Indiana, EUA, teve de vencer os preconceitos acadêmicos contra a mulher para se graduar em Ciência Política. De origem humilde, interessou-se por estudar a organização de comunidades e a gestão que fazem dos recursos comuns, a exemplo das áreas florestais e de pesca. Ela acreditava que as pessoas, por si sós, alcançariam formas racionais de sobreviver e de conviver bem. Seria possível estabelecer laços de confiança entre os indivíduos e desenvolver regras, respeitando as particularidades dos sistemas ecológicos, a fim de que houvesse cuidado e proveito coletivos dos bens disponíveis. Isso foi de encontro à teoria econômica em vigor, chamada “tragédia dos comuns”, baseada numa visão de que o ser humano, agindo apenas de forma egoísta, levaria à ruína os recursos naturais.
E as extensas pesquisas de campo que ela realizou nas florestas do Nepal, nos sistemas de irrigação da Espanha, nas vilas montanhosas da Suíça e do Japão, nas áreas de pesca da Indonésia, entre outros locais, confirmaram sua hipótese de que é possível haver convivência harmoniosa e uso responsável das condições que a Natureza oferece. Verificou-se que não se poderiam reduzir as pessoas à ganância de tão somente buscar o máximo de ganhos individuais. Porquanto, deve-se compreender que a vida é composta de propósitos mais amplos e que a ajuda mútua se apresenta como item de necessidade básica da Alma humana. Em artigo científico, de junho de 20101, a dra. Ostrom concluiu: “Por quase todo o século passado, analistas de políticas públicas têm postulado que o grande objetivo dos governos é projetar instituições para forçar (ou empurrar) indivíduos completamente egoístas a alcançar melhores resultados. Extensa pesquisa empírica me leva a argumentar que, pelo contrário, o principal objetivo das políticas públicas deve ser facilitar o desenvolvimento de instituições que despertem o que há de melhor nos seres humanos. Precisamos nos perguntar como instituições policêntricas variadas ajudam ou impedem inovação, aprendizado, adaptação, integridade de caráter, níveis de cooperação dos participantes, bem como a conquista de resultados mais efetivos, equitativos e sustentáveis, em escalas múltiplas”. (O destaque é nosso.)
Nada melhor do que acreditar e investir no potencial divino dos indivíduos.
Não nos cansamos de afirmar: nascemos na Terra para viver em sociedade, Sociedade Solidária Altruística Ecumênica; portanto, fraternalmente sustentável.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
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1 OSTROM, Elinor. “Beyond Markets and States: Polycentric Governance of Complex Economic Systems”, em American Economic Review, 100, junho de 2010, p. 24. Disponível em: https://www.aeaweb.org/articles?id=10.1257/aer.100.3.641.
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Trecho extraído do novo livro Tesouros da Alma (Editora Elevação), de Paiva Netto, 304 páginas.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018



Reflexão de Boa Vontade
Átomos de concórdia

Paiva Netto

Amar de Alma pura é uma Lei, e, se soubermos vivê-la dignamente, nos elevaremos, renovando tudo à nossa volta. É semelhante a uma explosão de átomos de concórdia, iluminação que ocorrerá, passo a passo, à medida do nosso amadurecimento. Educar com Espiritualidade Ecumênica é transformar — e que seja naturalmente para melhor. Reformada a criatura, restaurado estará o planeta. Contudo, sabemos muito bem que tamanho sucesso não se dá de uma hora para outra. Alguns milênios são insignificantes em cálculo histórico espiritual. A maturação das mentes requer esforço, paciência... Descressem os que nos antecederam da realidade da vitória à frente do caminho, onde estaríamos? A Esperança não morre nunca! Ela é fundamental. A nossa Esperança é Jesus!

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

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Trecho extraído do novo livro Tesouros da Alma (Editora Elevação), de Paiva Netto, 304 páginas.