quinta-feira, 21 de maio de 2020


REFLEXÃO DE BOA VONTADE
Servir ao Criador
Paiva Netto
Não há tarefa mais dadivosa do que servir ao Criador, ecumenicamente espiritualizando, instruindo, amparando e dando condições de educação e trabalho a Suas criaturas, o ser humano, isto é, o Capital de Deus.

O sublime exemplo vamos buscar Naquele que, sendo Rei sobre toda a Terra, escolheu nascer numa manjedoura: “(...) o Filho de Deus não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos” (Evangelho de Jesus, segundo Mateus, 20:28).

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 

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quarta-feira, 20 de maio de 2020


REFLEXÃO DE BOA VONTADE

O recado político do Suave Milagre

Paiva Netto

José Maria Eça de Queiroz (1845-1900) é por muitos aplaudido como o maior romancista português. O autor de A Ilustre Casa de Ramires, crítico mordaz da sociedade de seu tempo, escreveu uma das mais comoventes páginas da literatura mundial. Contudo, poucos alcançaram a sua mensagem política.

Numa hora de tanta materialidade, em que o ser humano, sufocado pela violência, começa a procurar acentuadamente no Amparo Divino socorro para os seus desesperos particulares e coletivos, só lhe pode fazer bem, enquanto pacientemente aguarda pelas soluções terrenas, a recordação da súplica de um pequenino atendida por um dos maiores símbolos de solidariedade de que se tem notícia:

“Nesse tempo Jesus ainda não saíra da Galileia, das margens do lago de Genesaré; mas a nova dos Seus milagres chegara já a Siquém, cidade rica, entre vinhedos, no país de Samaria. Ora, junto a Siquém, num casebre, vivia uma viúva desgraçada entre todas, que tinha um filho doente com as febres. O chão miserável não estava caiado, nem nele havia enxerga. Na lâmpada de barro vermelho secara o azeite. O grão faltava na arca, o ruído dormente do moinho doméstico cessara, e esta era em Israel a evidência cruel de infinita miséria. A pobre mãe, sentada a um canto, chorava. E, estendida sobre os joelhos, embrulhada em farrapos, pálida e tremendo, a criança pedia-lhe, numa voz débil como um suspiro, que lhe fosse chamar esse Rabi da Galileia, de quem ouvira falar junto ao poço de Jacó, que amava as crianças, que nutria as multidões e curava todos os males humanos com a carícia das Suas mãos. E a mãe dizia, chorando:
“— Como queres tu, meu filho, que eu te deixe e vá procurar o Rabi da Galileia? Obed é rico e tem servos, eu os vi passar, e embalde buscaram Jesus por arraiais e cidades, desde Corazim até o país de Moab. Septimus é forte, tem soldados, e também os vi passar, e perguntavam por Jesus sem O acharem, desde o Hebron até o mar. Como queres tu que eu te deixe? Jesus está longe, e nossa dor está conosco. E sem dúvida o Rabi, que lê nas sinagogas novas, não escuta as queixas de uma mãe de Samaria, que só sabe ir orar, como outrora, no alto do monte Garizim.
“A criança, com os olhos cerrados, pálida e como morta, murmurou o nome de Jesus, e a mãe, chorando, continuou:
 “— De que servirá, meu filho, partir e ir procurá-Lo? Longas são as estradas da Síria, curta é a piedade dos homens. Vendo-me tão pobre e tão só, os cães viriam ladrar-me à porta dos casais. Decerto Jesus morreu e com Ele morreu, uma vez mais, toda a esperança dos tristes.
“Pálida e desfalecida, a criança murmurou de novo:
“— Mamãe, eu queria ver Jesus da Galileia!
“E logo, abrindo devagar a porta, Jesus, sorrindo, disse-lhe: ‘Aqui estou!’”

“O Suave Milagre” saiu pela primeira vez na Revista Moderna, em 1898. Seu recado, porém, continua atual.

Ele fez a Sua parte
Mesmo estando longe, Jesus veio e realizou o Seu compromisso para servir ao apelo de uma criança. Hoje, não há mais distâncias. Todavia, que tem sido este planeta senão um menino enfermo por séculos de beligerância? É preciso chegar junto à Alma esquecida dos povos. Portanto, Paz pela internet, que em parte é o sistema nervoso alterado da sociedade tecnológica.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 

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terça-feira, 19 de maio de 2020


Não atrair problemas já afastados por Deus

Paiva Netto

 

Em Seu Santo Evangelho, segundo Mateus, 12:43 a 45, Jesus nos dá uma lição de segurança espiritual, que serve inclusive para as nações e jamais deve ser esquecida em tempos de grande perturbação íntima:

A estratégia de satanás
43 Quando um espírito imundo sai de um homem [ou de uma mulher], passa por lugares áridos, procurando descanso.
44 Como não o encontra, diz: — Voltarei para a casa de onde saí. Chegando, encontra a casa desocupada, varrida e adornada.

Essa alma — conforme escrevi em A Missão dos Setenta e o “lobo invisível” (2018) — é um homem ou uma mulher, desencarnados ou não, em situação espiritual precária.

45 Então, vai e traz consigo outros sete espíritos piores do que ele, e, entrando, passam a viver ali. E o estado final daquele homem [ou daquela mulher] torna-se pior do que o primeiro. Assim acontecerá a esta geração perversa.

A Caridade de Deus afasta de nosso caminho os mais variados problemas de ordem espiritual, psíquica, emocional e de natureza material. Ainda em A Missão dos Setenta e o “lobo invisível”, chamo a atenção para o fato de que o Divino Amigo, Jesus, afasta de milhões e milhões pelo mundo o espírito obsessor, que, por sua vez, sai por aí arrependido, mas é um remorso falso. Vejam o que ocorre, no versículo 45, “(...) vai e traz consigo outros sete espíritos piores do que ele (...)”.

Isso se dá por causa da invigilância em torno de um dos preceitos fundamentais do Mundo Invisível: a Lei de Atração. A sintonia com determinadas classes de entidades só pode nos fazer mal. Porém, se ela for estabelecida com os Maiores da Espiritualidade, irá nos engrandecer o coração e a Alma, o que impacta diretamente na saúde espiritual, moral, social, financeira e física das nações.

Em sua sabedoria, o povo nos ensina: “Cérebro desocupado é oficina do diabo”.

E o “lobo invisível”, espírito obsessor, por não possuir a vestimenta carnal, anda pelo mundo com liberdade relativa, levando em conta que apenas se aproxima de alguém quando se estabelece com esta pessoa sintonia de sentimentos e atos, quando descobre brechas, isto é, se instala na casa vazia, anteriormente limpa pelo Celeste Taumaturgo. Daí ser fundamental reeducar, à luz da Espiritualidade Superior, os nossos canais psíquicos, mantendo-os sanados e desobstruídos, com a elevação do nosso pensamento, nossas palavras e nossas ações (a Sintonia Tríplice com Jesus) voltados à Bondade, à Generosidade, à Fraternidade Ecumênica, à Verdade e à Justiça Divinas; enfim, ao Amor Crístico, sintetizado no Novo Mandamento do Condutor de nossas vidas — “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35).

Dessa maneira, firmaremos a ligação psicoespiritual permanente com os mais sublimes sentimentos, com nossos Anjos da Guarda, Guias Espirituais, Numes Tutelares, Almas Benditas, Espíritos Luminosos, que podem livrar-nos desse vilão, e permaneceremos atuantes no trabalho do Bem. Trata-se de elevadíssima lição da Cidadania Espiritual, que o Cristo Estadista nos oferece.

Jamais nos esqueçamos de que compete a nós não trazermos de volta os problemas que Deus afasta de nosso caminho.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 
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ServiçoJesus e a Cidadania do Espírito (Paiva Netto), 400 páginas. À venda nas principais livrarias ou pela www.amazon.com.br.