domingo, 20 de junho de 2021

 

Servir ao Criador

Paiva Netto

 

Não há tarefa mais dadivosa do que servir ao Criador, ecumenicamente espiritualizando, instruindo, amparando e dando condições de educação e trabalho a Suas criaturas, o ser humano, isto é, o Capital de Deus.

O sublime exemplo vamos buscar Naquele que, sendo Rei sobre toda a Terra, escolheu nascer numa manjedoura: “(...) o Filho de Deus não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos” (Evangelho de Jesus, segundo Mateus, 20:28).

 

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 

 

sábado, 19 de junho de 2021

 

Respeitar a Vida

Paiva Netto

 

A morte é bela, quando se respeita a Vida. E tal assertiva reconhece que não há motivo que justifique o triste ato de pôr fim à existência, antes do prazo previsto em nossas Agendas Espirituais. Por isso, aos que erroneamente vislumbram no suicídio o alívio para suas dores, aproveito o ensejo para esclarecer: o suicida mata-se à procura da paz; todavia, depara-se com o maior dos tormentos, algo muito diferente do suposto Nada, que, por sua vez, não existe. A trajetória espiritual-humana não cessa, e nela se colhe o que se houver plantado. Admoestou Jesus, em Seu Apocalipse, 2:23: “(...) Eu sou Aquele que sonda rins e corações, e retribuirei a cada um segundo as suas obras”.

Insisto que o grande segredo da Vida é, amando a Vida, saber preparar-se para a morte, ou Vida Eterna, na hora certa, determinada por Deus. Com sabedoria, o saudoso Irmão Alziro Zarur (1914-1979) alertava: “O suicídio não resolve as angústias de ninguém”.

Essa máxima sintetiza uma crucial verdade, que já impediu, graças a Deus, incontáveis tragédias, na Terra e no Espaço, provocadas pelo enganoso crime de atentar contra si mesma ou si mesmo. Portanto, quando o sofrimento bater à porta, essa nunca será uma solução. Nos momentos mais pungentes, apelemos para Jesus, que jamais se mantém afastado de nós, pois foi Ele Quem prometeu: “Não vos deixarei órfãos; voltarei para junto de vós” (Evangelho, segundo João, 14:18).

Quando vier um pensamento de desânimo ou você se sentir abandonada ou abandonado, nesse mesmo instante é quando maior amparo estará recebendo dos Céus, basta que entre na luminosa faixa vibratória do Cristo.

Reflexão de minha autoria em Como Vencer o Sofrimento (1990):

 

Honremos o extraordinário dom que Deus nos concedeu, que é a Vida, e Ele sempre virá em nosso socorro pelos mais inimagináveis e eficientes processos. Substancial é que saibamos humildemente entender os Seus recados e os apliquemos com a Boa Vontade e a eficácia que Ele espera de nós. A permanente sintonia com o Poder Divino só nos pode capacitar o Espírito, para que tenha condições de sobreviver à dor, mesmo que em plena conflagração dos destemperos humanos.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 

sexta-feira, 18 de junho de 2021

 

Os mecanismos justos da Vida Eterna

 

Paiva Netto

 

Muitos podem considerar injusto o esquecimento temporário das vidas anteriores quando ocorre o processo do renascimento, questionando:

 

— O que vale reencarnar e esquecer o passado?

 

No entanto, conforme expliquei na série radiofônica “Ação e Reação”, no início da década de 1990, ao comentar passagens do livro homônimo de André Luiz (Espírito), pela psicografia do médium brasileiro Chico Xavier (1910-2002), a Sabedoria, a Bondade e a Justiça de Deus são realmente infinitas, porquanto o Pai Celestial tudo faz para aplacar o ódio, mesmo com atitudes ou mecanismos ainda incompreendidos por nós. E o esquecimento temporário das dívidas passadas é um deles. Imaginem se regressássemos ao corpo físico sabendo que fulano de tal nos prejudicou em outra existência ou se alguém tem conhecimento de que nós fizemos isso ou aquilo de ruim a ele... Dessa forma, a reconciliação ou o pagamento das dívidas, enfim, a derrota definitiva do mal pelo plantio do Bem demoraria muito mais.

Quando paramos para pensar, deduzimos que a melhor solução é olvidar mesmo os fatos anteriores, procurarmos saldar os débitos do pretérito e seguirmos adiante.

É verdade que alguns têm ciência, por meio das terapias de regressão de vidas passadas, sonhos e premonições, de determinados eventos, mas de certa maneira velada, porque a psicologia humana é bem diferente da do Espaço, isto é, da Psicologia além da psicologia. Um dia, serão semelhantes ou iguais à medida que o mundo evoluir e a União das Duas Humanidades, pregada pelo saudoso Alziro Zarur (1914-1979), for uma realidade para todos. Ou seja, a humanidade de baixo, esta de que fazemos parte, com a do Alto, a dos chamados “mortos”, mas que permanecem tão vivos quanto nós.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 

 

quinta-feira, 17 de junho de 2021

 

O Espírito como instrumento de progresso

 

Paiva Netto

 

O Espírito deve ser considerado — em sua Divina Dimensão, na qual o Amor, que é Deus, se mostra — como potente instrumento de progresso.

O Apóstolo dos Gentios, Paulo de Tarso, em sua Carta aos Gálatas, 5:22, 23 e 25, esclarece: “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, serenidade e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. (...) Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito”.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 

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Serviço – Jesus e a Cidadania do Espírito (Paiva Netto), 400 páginas. À venda nas principais livrarias ou pela www.amazon.com.br.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

 

LINFA CELESTE

Paiva Netto

 

Nas páginas finais de meu livro Os mortos não morrem (2018), registrei comovida súplica ao Divino Condutor de nossas vidas, a qual dedico a Você, querida Irmã leitora, à Você, prezado irmão leitor do meu blog:

 

Ó Jesus,

Socorro aos famintos,

Alegria para os tristes,

Amparo para a melhor idade,

Proteção para as crianças,

Segurança para os jovens e adultos,

A extinção das corrupções deste mundo,

A sublimação de todas as áreas do saber espiritual-humano.

O fim do fanatismo nas crenças,

O Pão Vivo que desceu do Céu para os carentes do corpo e da Alma.

Prometeste no Apocalipse, 6:6, e na Tua Palavra confiamos:

 

E ouvi uma voz no meio dos quatro seres viventes que dizia: Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho.

 

E, no versículo 4 do capítulo 9, do mesmo livro profético, anuncias:

 

— E lhes foi ordenado que não causassem dano à grama da terra, nem a qualquer coisa verde, nem a árvore alguma, e tão somente aos homens que não têm o selo de Deus sobre as suas frontes.

 

Ó Divino Mestre, Fluido Divino, inextinguível, para saciar, em qualquer tempo, por pior que seja, os sedentos da Linfa Celeste.

Disseste também no Teu Evangelho, segundo João, 4:14:

 

Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe ofereço se fará nele uma fonte a jorrar para a Vida Eterna.

 

E mais:

 

Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva (Evangelho do Cristo, segundo João, 7:37 e 38).

 

Ó Jesus, Guardião das Almas que padecem, capaz de lhes pensar e acalmar as dores. O nosso coração está confortado com os Teus lenitivos, pois Tu disseste:

 

Eu não vos deixarei órfãos e estarei convosco, todos os dias, até o Fim dos Tempos (Evangelho, segundo João, 14:18, e Mateus, 28:20).

 

Ó Sábio Professor, que esclarece mentes submersas nas confusões da vida humana e da existência espiritual nas regiões inferiores — porquanto a vida é permanente na Terra e no Céu da Terra —, em Ti depositamos o nosso futuro! Tu és a voz que todos, sabendo ou não, esperam escutar em si mesmos, como o símbolo da salvação verdadeira, após o Silêncio no Céu, por cerca de meia hora.

 

Quando o Cordeiro de Deus abriu o Sétimo Selo, fez-se grande silêncio no céu cerca de meia hora (Apocalipse do Cristo, 8:1).

 

Contigo, Senhor, suportaremos o que vier depois desse grande silêncio no Céu. E, se nos é permitido fazer-Te um pedido, que seja este: volve a Tua Visão Divina para nós, porque, sob o Teu olhar compassivo, estaremos a salvo das trevas, pois ele é luminoso, e dos seus feixes de luz, que convergem para as nossas consciências sedentas de Justiça, desce a Sabedoria Santa, de que não podemos abrir mão para estar vivos na Vida, que és Tu.

Ó Senhor, cuja Misericórdia nos sustenta, nada há de faltar, como disseste no Apocalipse e no Evangelho, aos que, em verdade, sem ambição, Te acompanharem os passos. No Teu Livro da Revelação Final e na Tua Boa Nova, não permites a menor sequer das dúvidas quanto à Tua Proteção aos que sabem, na realidade, seguir-Te a Luz. Para estes, a Tua resplandecente luminosidade basta, visto que se trata da segurança para o corpo e para a Alma de todos nós.

Perdoa-nos os erros, Senhor. Estamos procurando nos corrigir incessantemente. E, como diz o Apóstolo Pedro na sua Primeira Epístola, 4:7 e 8:

 

7 Ora, o fim de todas as coisas está próximo; sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações.

8 Acima de tudo, porém, tende Amor intenso uns para com os outros, porque o Amor cobre uma multidão de pecados.

 

Em Ti, Senhor, confiamos sempre, seguimos-Te sempre, seguros sempre, pelas estradas da vida (na Terra e no Céu da Terra), porque Tu, que nunca mentiste, afirmaste:

 

Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim (Evangelho, segundo João, 14:6).

 

Que assim seja, ó Jesus, agora e por toda a Eternidade!

Os mortos não morrem!

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 

 

terça-feira, 15 de junho de 2021

 

Idealismo com experiência

Paiva Netto

 

Sempre procurei respeitar e absorver o patrimônio da experiência dos mais velhos. Por isso, também aconselho os moços a — sem perder o espírito renovador de seu tempo — não desprezarem o esforço dos precedentes. Sem eles, não teríamos, apesar dos percalços, chegado a singular ponto de modernidade, por vezes desequilibrada, em nosso orbe (veja a poluição que enferma multidões desatentas). Contudo, façamos a enriquecedora parceria entre pessoas de todas as idades para o Bem, sem esquecer que a existência e a ação do Mundo Espiritual são insofismáveis. E ainda: que a sintonia perfeita com as Esferas Celestes é essencial, ocorrendo por meio da prece iluminada pelo Amor Fraterno — porque “Deus é Amor” (Primeira Epístola de João, 4:8), jamais ódio — e de atos dignos correspondentes a essa ligação com os nossos Anjos da Guarda. Sem tamanha medida, esse progresso constante, que passa de geração em geração, será limitado e cheio de custosos dramas, oriundos das frustrações que o desenvolvimento unicamente firmado na matéria provoca.

É urgente, por fim, compreendermos que, antes de tudo, somos Espírito. Razão pela qual a afirmativa de Jesus, a seguir apresentada, não é poesia vã, mas uma realidade que devemos, para o bem pessoal e coletivo, fixar como permanente chama de nossa trajetória: “Eu sou a árvore, vós sois os ramos. (...) Sem mim, nada podereis fazer” (Evangelho, segundo João, 15:5).

Dirigimo-nos mais uma vez àqueles que já ingressaram na Terceira Idade e fraternalmente reiteramos que jamais se aposentem da vida. Pelo contrário, sejam idosos de visão avançada, prenhes de sabedoria e com uma disposição idealística de causar boa inveja a um rapaz ou a uma moça repletos de saúde e denodo.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 

segunda-feira, 14 de junho de 2021

 

Encontrar a Luz

Paiva Netto

 

O indivíduo que não encontra a Divina Luz para a sua própria luz conserva-se na região da sombra, à margem da realidade, que vai muito além do que considera como o efetivamente concreto neste mundo. Jesus, o Celeste Professor, em Seu Santo Evangelho, consoante Lucas, 11:34 a 36, a todos endereça preciosa admoestação:

 

34 São os teus olhos a lâmpada do teu corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas, se forem maus, o teu corpo ficará em trevas.

35 Cuida, pois, que a luz que há em ti não sejam trevas.

36 Se, portanto, todo o teu corpo for luminoso, sem ter qualquer parte em trevas, será todo resplandecente como a candeia quando te ilumina em plena luz.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 

 

domingo, 13 de junho de 2021

 

Deus, a seara e o trabalhador

 

Paiva Netto

 

“O Senhor dará chuvas às sementes com que proverdes o solo e o pão que produzir a terra será nutritivo e saboroso. Naquele dia teu gado pastará em vastas pastagens.”

(Isaías, 30:23)

 

 

A vida na Pátria da Verdade (o Mundo Espiritual) não é uma abstração, mas, sim, realidade avassaladora, como o tempo provará. De suas fronteiras, desce ao ser humano incomensurável mensagem de Esperança, posto que à dor, companheira contumaz da existência terrestre, sobrevirá a luz da Eternidade, de acordo com o que houvermos semeado na Terra. A colheita lá depende de nosso cultivo aqui. Nada mais justo. Portanto, usemos bem a seara que Deus nos oferece no plano das formas, de maneira que, nesse solo fértil, plantemos a semente da transformação de nós mesmos, que resultará no amadurecimento das coletividades.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 

sábado, 12 de junho de 2021

 

Sejamos sempre como namorados!

Feliz o casal que sabe ver-se com os olhos do coração. Para ele, o tempo nunca passa. A Beleza e o Amor são eternos.

 

Paiva Netto

 

Doze de junho, Dia dos Namorados!

Quando a gente ama, as primaveras e alguns invernos (risos) vão passando, e até a aparência corporal não perde a graça. Falo de Amor, é claro!

Amor é como o cinquentenário que reuniu por tantos anos Zélia (1916-2008) e Jorge Amado (1912-2001): “Tomo da mão de minha namorada, cúmplice da aventura há mais de meio século, copiloto na navegação de cabotagem: vamos sair de férias, mulher, bem as merecemos após tanto dia e noite de trabalho na escrita e na invenção. Vamos de passeio, sem obrigações, sem compromissos, vamos vagabundear sem montra de relógio, sem roteiro, anônimos viandantes”.

O saudoso Alziro Zarur (1914-1979), poeta, costumava dizer: “O Amor é todo o encanto da vida. A vida sem Amor não vale nada”.

 

A beleza do Espírito

Se você namorar e casar só por causa da formosura e do corpo sarado, poderá dar-se mal um dia, pois a fascinação exterior passará como o vento. Contudo, se for unir-se porque tem Amor, o encanto físico com o tempo poderá não ser o mesmo; porém, você amará como amou quando jovem e com maior maturidade. O tempo ensina, ensina. Só não aprende quem não quer.

Senão, que amor é esse? Não terá passado de sentimento falso. Mas, se constituir matrimônio verdadeiramente motivado por forte bem-querer, a felicidade crescerá como as árvores seculares, porque o Amor será infinito.

A beleza é coisa primorosa. O Amor, todavia, é muito maior do que tudo isso. Ele estabelece a simpatia. E este é o atrativo que não morre, a graça eterna do Espírito. Nem a morte separa os que se amam, menos quando há suicídio.

Lembro-me de um instrutivo canto de Zarur, no seu poema “Aos Casais Legionários”: “(...) Não é o corpo que atrai: / É o Espírito que ama”.

E, se o Espírito ama — pois foi criado à imagem e semelhança de Deus —, esse Amor é permanente.

João Evangelista ensina, em sua Primeira Epístola, 4:8, que “Deus é Amor”, ao que Zarur assim completa: “e nada existe fora desse Amor”.

Nem o Amor dos namorados.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

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sexta-feira, 11 de junho de 2021

 

Decisão em Cristo Jesus

Paiva Netto

 

Quem determina o nosso destino não é a vontade alheia. É a nossa decisão em Cristo Jesus! Portanto, nada de ficarmos ansiosos quanto ao futuro. Essencial é que façamos a nossa parte, com todo o empenho, como aconselha Jesus, ao advertir que devemos orar e vigiar (trabalhar). Entretanto, concomitantemente ao esforço pela sobrevivência, Ele nos convida a ter Fé poderosa, ao afirmar, no Seu Evangelho, segundo Mateus, 6:34 e 32:

 

34 Não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados. A cada dia já basta o seu mal.

32 (...) vosso Pai Celeste sabe do que necessitais.

 

O Cristianismo não é apologia da ociosidade. A grande lição aqui é que não podemos viver sôfregos, pois, desse modo, seremos arrastados pela ambição desmedida ao abismo da avareza mais vil.

Quem quiser galgar êxito na vida cultive a Fé em Deus, mas trabalhe. A crença resoluta em nosso Pai Celestial não permite que sucumbamos. Junta-se a perseverança com as Boas Obras e se vence pela inderrotável força da Fé Realizante!

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

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quinta-feira, 10 de junho de 2021

 

Continuação sublime da existência

 

Paiva Netto

 

Prezadas leitoras e estimados leitores, aqueles que amamos não morrem jamais, mesmo já habitando o Mundo Espiritual. E essa esperança que se tornou certeza é capaz de renovar a face da Terra, com a vivência das Normas Eternas do Governo Espiritual do Cristo! Reverentes diante desse primordial conhecimento, compreendemos bem a lição do Divino Ressuscitado:

 

— A um discípulo Jesus disse: — “Segue-me!” — Ao que este pediu: — “Permite-me, Senhor, que vá primeiro enterrar meu pai”. Tornou-lhe o Cristo: — “Deixa aos mortos enterrarem seus mortos; tu, porém, vai e anuncia o Reino de Deus” (Evangelho, segundo Mateus, 8:21 e 22; e Lucas, 9:59 e 60).

 

Ora, em minhas prédicas fraternas, esclareço que o Mestre dos mestres de forma alguma demonstrou-se insensível à dor do rapaz. No entanto, desvendava-lhe que, ao se imbuir de sua missão, o moço também beneficiaria o Espírito de seu pai, que se encontrava mais vivo do que nunca, porque o necessário sepultamento seria destinado tão somente à matéria inerte.

Assim como a jornada prossegue para quem continua reencarnado, o mesmo ocorre para nossos entes queridos que nos antecederam à Grande Pátria da Verdade. Muitos permanecem invisíveis ao nosso lado, ajudando-nos; outros podem, até mesmo, precisar de nossas preces. Oremos por eles, para que, quando chegar a nossa vez, alguém ore por nós. E agradeçamos a Deus por ser Deus de vivos. Por conseguinte, repito: os mortos realmente não morrem! Isso traz nova luz à tremenda responsabilidade dos povos no planeta. A plena convicção de que não há fim é também a autêntica prova de que não haverá jamais a impunidade para os recalcitrantes no erro. Ao passo que a ventura dos que agem com Bondade, Justiça, Dignidade e Compaixão tem a marca da legitimidade pelas eras.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

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quarta-feira, 9 de junho de 2021

 

Conquistas civis

Paiva Netto

 

Ao longo das eras, o estudo do Direito tem sido aperfeiçoado, a fim de dar garantias cada vez mais sólidas à sociedade. O século 20, por exemplo, nos legou um imenso aprendizado por meio de sucessivas conquistas civis. E todos hão de concordar que, a partir do Evangelho, protagonizado por Jesus há dois mil anos, a jurisdição da Terra vem, paulatinamente, acatando o espírito de Humanidade, de Misericórdia e de Justiça, que Ele tanto testemunhou com Sua Cidadania Espiritual por onde passava e pregava.

Em homenagem a tantos protagonistas que, ao longo da História, almejaram liberdade e condições dignas de vida e em contribuição a tão significativo marco, trago-lhes, por oportuno, trecho de modesta palestra que proferi, publicada em Reflexões e Pensamentos — Dialética da Boa Vontade (1987) e no Manifesto da Boa Vontade (21 de outubro de 1991), entre outros, que visa contribuir para a formação da consciência planetária do Cidadão do Espírito:

Acreditar que possa haver direitos sem deveres é levar ao maior prejuízo a causa da liberdade. Quando situo — é importante esclarecer — os deveres do cidadão acima dos seus próprios direitos, em hipótese alguma defendo uma visão distorcida do trabalho, em que a escravidão é uma de suas facetas mais abomináveis.

Por isso, queremos que todos os seres humanos sejam realmente iguais em direitos e oportunidades, e cujos méritos sociais, intelectuais, culturais e religiosos, por mais louvados e reconhecidos, não se percam dos direitos e liberdades dos demais cidadãos. Porquanto, reitero, Liberdade sem Fraternidade Ecumênica é condenação ao caos.

Trabalhemos por uma sociedade em que Deus e Suas Leis de Amor e Justiça inspirem zelo à liberdade individual, para garantir segurança política e jurídica a todos, como nos suscita o abrangente significado do Natal Permanente do Cristo de Deus. Refiro-me ao Criador Supremo, não ao errôneo entendimento que procura fazer Dele, que é Amor, instrumento execrável de fanatismo e tirania, preconceito e ódio. Consequentemente, não faço alusão ao deus antropomórfico, caricato, criado à imagem e semelhança do homem imperfeito. (...)

As virtudes reais serão aquelas constituídas pela própria criatura — que é, antes de tudo, Espírito — na ocupação honesta dos seus dias, na administração dos seus bens e no respeito pelo que é alheio, na bela e instigante aventura da vida. Uma nação que se faça de tais elementos será sempre forte e inviolável.

Desejo que, em pleno século 21, consigamos consolidar esses ideais e expandi-los aos povos da Terra, para que sejam plenamente vivenciados. E jamais repetir os séculos anteriores naquilo em que foram um fracasso.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 

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Serviço – Jesus e a Cidadania do Espírito (Paiva Netto), 400 páginas. À venda nas principais livrarias ou pela www.amazon.com.br.