segunda-feira, 3 de julho de 2017

Os 144 mil selados — o número-qualidade
“Então ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil...” (Apocalipse de Jesus, 7:4).
Paiva Netto

Muita gente se desespera ao ouvir falar nos 144 mil salvos do Apocalipse, pois pensa que está perdida: “É um número tão pequeno de salvos!...”.
Cento e quarenta e quatro mil é o número daqueles que, de geração em geração, são destacados pelo Cristo para a grande tarefa missionária de levar a Sua Boa Nova ao mundo. Eles são o suprassumo espiritual da etnia humana, tendo em vista que há muito mais do que 144 mil atuando por Jesus no planeta. Os mais adiantados, os 144 mil, Ele distribui em todas as religiões, porque a mensagem não precisa ser flagrantemente Dele para que seja cristã. Jesus fala para todas as consciências, pois Sua linguagem é a da Fraternidade real. Quem não precisa dela? Eis por que sempre surgem na Humanidade verdadeiros luminares, impulsionando-a vigorosamente ao progresso. Foi o Cristo Planetário, o Verbo de Deus, quem mandou Moisés, Lutero, Santo Agostinho, Melanchton, Erasmo, Baha, Einstein, Beethoven, Edison, Tesla, Michelangelo, Zamenhof, Stravinski, Sócrates, Platão, Allan Kardec, Muhammad, Confúcio, Buda, Zarur, Spinoza, os Curie, Lao-tsé, São Francisco de Assis, Teresa d’Ávila, Gandhi, João XXIII, Madre Teresa de Calcutá, Antonio de Pádua, Anchieta, Jean de Bolais, Chico Xavier e tantos outros, até mesmo Marx, para sacudir o capitalismo selvagem e levá-lo, pelo temor do adversário ideológico, a humanizar-se. Na Terra, não há donos da Verdade. Não pensem que nosso planeta seja a casa da mãe joana. Há Homem ao leme: é Jesus!
Vemos, então, no capítulo 7, os 144 mil escolhidos das doze tribos de Israel. Já expliquei que, em termos proféticos, Israel não se restringe à nação hebraica. Por que só os Irmãos judeus estariam salvos? Irmãos árabes, católicos, protestantes, espíritas, umbandistas, comunistas, ateus, budistas, bramanistas, xintoístas, todos podem estar incluídos entre os salvos, pois Deus vai nos julgar pelas nossas obras. O Cristo adverte no Seu Evangelho, segundo Mateus, 16:27: “Quando o Filho de Deus voltar, com os Seus Santos Anjos, dará a cada um de acordo com as suas obras”.
Muita gente tornou-se ateia por causa dos erros e abusos religiosos. Por isso, aquela minha antiga afirmação: a falência religiosa gerou o ateísmo. Mas para confortar todos os que se esforçam e querem sobrepor-se aos seus próprios dramas e auxiliar tantos no mundo, convido-os a dirigirem sua atenção para o versículo 9, no capítulo 7 do Apocalipse, o mesmo que trata dos 144 mil selados.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.


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