quarta-feira, 9 de janeiro de 2019


Ecce Deus e a morte do “deus humano”

Paiva Netto

Em Crônicas e Entrevistas (2000), particularmente no capítulo “Ecce Deus! (Eis Deus!, Aqui está Deus!)”, lembro que Friedrich Nietzsche (1844-1900), autor de Ecce Homo! (Eis o Homem!), Assim falava Zaratustra, entre outros livros, concluiu que Deus havia morrido... Muita gente ficou abismada com sua afirmativa. Porém, sabendo ou não, o velho Friedrich valentemente combatia o deus antropomórfico; portanto, criado à imagem e semelhança do homem aturdido, isto é, o deus que persegue, que se vinga, que mata, o deus sem senso algum. Esse — Nietzsche tem toda a razão — está morto! Já virou cadáver há muito tempo e não sabe...

Deus é Amor Solidário
Pois bem. Quando chamo a atenção para Deus, Quem e/ou Quê ou Que ou Quem, faço-o no sentido de, com humildade, expor aos homens e às mulheres céticos que Ele pode situar-se superiormente à nossa mais capacitada consciência do Saber. Ainda persiste o grande problema de tentar reduzi-Lo à contingência humana, com suas limitações e enfermidades psíquicas. Parece ser mais fácil a alguns, apesar de seu estágio de pré-conhecimento das coisas transcendentais, apequená-Lo do que batalhar por elevar-se à Esfera Sublime de Sua Vivência. Entretanto, como “Deus é Amor”* Solidário, todas as fronteiras que até agora separaram a criatura do Criador ruirão, e o oceano do Amor Fraterno e da Sabedoria Ecumênica banharão terras e céus.
*“Deus é Amor” — (Primeira Epístola de João, 4:8 e 16)


José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

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ServiçoTesouros da Alma (Paiva Netto), 304 páginas. À venda nas principais livrarias.

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